WRC: Kalle Rovanpera vence Rali Safari

Por a 31 Março 2024 13:11

Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1) regressam aos triunfos o que já não sucedia desde o Rali da Grécia do ano passado. Depois do erro na Suécia, o piloto finlandês, bicampeão em título, dominou por completo a prova e ofereceu a primeira vitória do ano à Toyota.

Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) foram segundos, e repetiram a mesma classificação de 2021 no Rali Safari. Em 2023 o japonês só tinha ido ao pódio na Finlândia, e este ano ainda não tinha tido uma classificação de grande relevo, 7º no ‘Monte’.

Num contexto em que vários dos favoritos se atrasaram, Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1 Hybrid) aproveitaram bem as oportunidades conseguindo novamente um pódio, que é basicamente a missão dos pilotos da M-Sport este ano, aproveitar o que deixam os pilotos mais rápidos das duas melhores equipas. Ao lutarem pelos triunfos nas provas, expõem-se mais e tendo em conta que vários se atrasaram, ou mesmo abandonaram o dia, e Fourmaux aproveitou, chegou ao terceiro lugar que não mais viria a perder.

Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) foram quartos, numa prova complicada em que o furo do primeiro dia os atrasou irremediavelmente. Para Evans, este quarto lugar é o pior do ano, já que é a primeira vez que fica fora do pódio, ainda que tenha terminado o rali na frente de Thierry Neuville, não que isso lhe tenha valido de nada tendo em conta o sistema de pontos, já que perdeu três pontos para o belga da Hyundai e está agora a seis no campeonato.

Logo no primeiro dia, Kalle Rovanperä começou por fazer uma grande prova e chegou ao final do primeiro dia confortavelmente na frente, numa etapa em que a Toyota colocou os seus três carros nos três primeiros lugares. Kalle Rovanperä construiu uma vantagem de 56,9 segundos, estando imparável uma vez que ele e o copiloto Jonne Halttunen alcançaram os tempos mais rápidos em todos os seis troços do dia à volta do Lago Naivasha.

No segundo dia, terminaram-no com 2m08.9s na frente de Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) depois de um dia em que a Hyundai perdeu dois carros de Esapekka Lappi/Janne Ferm (Hyundai i20 N Rally1) e Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 N Rally1 Hybrid), com Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 N Rally1 Hybrid) a atrasar-se bastante.

Neste contexto, Kalle Rovanperä ficou com as portas do triunfo abertas e assim foi, ‘navegando’ calmamente até ao fim da prova, conseguindo a sua segunda vitória no Rali Safari.

Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) terminaram em segundo e logo no primeiro dia ajudou a Toyota a fazer 1-2-3, numa tarde desastrosa para a equipa rival Hyundai Motorsport, depois dos seus pilotos Esapekka Lappi e Ott Tänak se terem retirado.

Depois disso, nunca mais meteu um roda fora do sítio e ao contrário de Elfyn Evans, que cedeu terceiro lugar a Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1 Hybrid), o japonês terminou no segundo lugar, igualando o seu melhor resultado de sempre, o segundo lugar, curiosamente também conseguido no Safari, em 2021.

Já Adrien Fourmaux, inicialmente teve de se debater com uma afinação de suspensão demasiado otimista para o terreno, mas ainda assim aguentou bem o quinto lugar com um dia relativamente limpo.

No segundo dia de prova, Fourmaux sobreviveu a uma delaminação do pneu dianteiro esquerdo na última especial mas ficou no bom caminho para garantir o terceiro lugar no Quénia, o que conseguiu, não cometendo qualquer erro em se expondo demais a qualquer azar, mesmo fazendo quartos e quintos tempos. Cumpriu à risca o objetivo da M-Sport, que passa por aproveitar tudo o que os pilotos da Toyota e Hyundai deixarem em aberto.

Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) foram quartos, no primeiro dia contribuiu para um Toyota GR Yaris 1-2-3, era segundo a quase um minuto de Rovanpera depois de ter começado o rali em sexto, fruto de um furo lento, logo no início do segundo parou no troço para mudar uma roda devido a um furo, e com isso caiu para o quinto posto depois de perder 1m50s. Depois disso, aproveitou o atraso de Neuville para o passar na PEC11, terminou o segundo dia já com a posição definida pois as margens eram grandes para trás e para a frente. No super-domingo o ‘triunfo’ foi dos Hyundai, pelo que, contas feitas, sai do Quénia ainda mais longe de Neuville no campeonato apesar de ter terminado 5m57s à sua frente na prova.

Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 N Rally1 Hybrid) foram quintos, mas saíram do Quénia com mais pontos que elfyn Evans, quarto, e com isso distanciaram-se no campeonato. No primeiro dia, Neuville atrasou-se devido a um furo num dia mau para a Hyundai, que viu Esapekka Lappi e Ott Tänak abandonarem.

O belga tornou-se a única esperança da Hyundai, mas os problemas com danos nos pneus na PEC3 com a borracha a saltar e a fazer um buraco na carroçaria do seu Hyundai, obrigando-o a usarem óculos de proteção e máscaras anti-pó na última especial da manhã. De tarde aproximou-se do pódio, surgiu como a ameaça mais próxima de Rovanperä no segundo dia, mas isso durou pouco depois de o seu Hyundai i20 N Rally1, ter tido um problema no sistema de combustível durante a primeira especial da tarde, cedeu ainda mais tempo ao longo das restantes duas especiais, e terminou o dia em 5º a mais de 11 minutos da liderança. No domingo, foi segundo atrás de Tanak, venceu a Power Stage pelo que aumentou a liderança para Elfyn Evans no campeonato.

Gus Greensmith/Jonas Andersson (Skoda Fabia RS Rally2) foram sextos, vencendo facilmente o WRC2, já que Oliver Solberg/Elliott Edmondson (Skoda Fabia RS Rally2) tiveram vários furos e atrasaram-se cedo. No final do primeiro dia, Solberg era terceiro a 3m37.5s e atrás de Kajto Kajetanowicz/M. Szczepaniak (Škoda Fabia RS Rally2) que rodava 14.5s mais à frente,  no final do segundo recuperou, mas com Greensmith sempre a controlar a diferença que baixou um pouco mais até final mas não de forma significativa. É o primeiro triunfo de Greensmith, na sua primeira prova do ano no WRC2.

Oliver Solberg/Elliott Edmondson (Skoda Fabia RS Rally2) no primeiro dia foi muito prejudicado por problemas de pneus, já que teve vários furos, não conseguindo melhor que o segundo lugar no WRC2. Tendo em conta os problemas, um belo resultado.

Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 N Rally1 Hybrid) terminaram o rali no oitavo lugar da geral e continuam a sua malapata. No primeiro dia no primeiro dia Lappi tinha sido o adversário mais próximo de Rovanperä a meio do dia, mas uma falha na transmissão deixou o seu i20 N de fora na primeira especial após a assistência. Isso elevou Tänak ao segundo lugar, até que a sua máquina parou no troço seguinte, com a direção partida após embater numa rocha.

No segundo dia Tänak enfrentou mais problemas, que incluíram um pino do capot solto, um intercomunicador avariado e excesso de pó no interior do seu Hyundai. Caiu para 15º, ainda subiu até ao oitavo lugar, mas depois do quarto lugar em Monte Carlo e o mau resultado da Suécia, oitavo lugar não era o que esperava do Safari, mas o seu ano continua de mal a pior e as coisas tardam em endireitar-se. Falta muito campeonato, mas neste regresso à Hyundai as coisas não lhe estão a correr da melhor forma. É verdade que teve muito azar na 6ª feira, já que foi bater numa pedra lá ‘colocada’ pelo carro que passou à sua frente. É também muito azar junto…

Esapekka Lappi/Janne Ferm (Hyundai i20 N Rally1) terminaram o rali fora do top 10.

No primeiro dia, tiveram uma boa manhã, e embora os finlandeses tenham sido cautelosos, subiram do quinto para o segundo lugar da geral no final da PEC4 Kedong 1 mas o desastre aconteceu na primeira especial após a assistência do meio-dia com os finlandeses retiraram-se com um problema de transmissão na PEC5 Loldia 2. Com o atraso, o resultado ficou completamente estragado. No domingo ainda tiveram problemas de transmissão, que ainda piorou o que já era mau.

Grégoire Munster/Louis Louka (Ford Puma Rally1 Hybrid) terminaram o rali na 15ª posição.

A dupla da M-Sport terminou sem problemas, em sexto o primeiro dia, etapa em que só apanharam um susto com zebras a atravessar a estrada, mas tudo se precipitou no segundo, na PEC8 quando danificaram a suspensão do Ford, perdera muito tempo acabando por desistir. Voltaram no último dia só para levar o carro até ao final. Sempre melhor nas segundas passagens, com mais confiança, mas ainda a um ritmo baixo para os Rally1.

Thierry Neuville chegou ao Quénia com três pontos de avanço para Elfyn Evans, com Adrien Fourmaux em terceiro com 29, com Ott Tanak em quinto com 21 e Takamoto Katsuta com 12, entre os concorrentes que fazem todo o campeonato, e o belga, apesar de ter terminado o rali muito atrás de Elfyn Evans, somou mais três pontos que o galês da Toyota. Se durante o sábado e o super-domingo, Evans somou mais, foi na Power Stage que tudo estragou, já que somou apenas um ponto face aos cinco de Neuville que tudo arriscou. Uma diferença de quatro pontos só num troço! As regras são iguais para todos, e todos jogam com elas, sendo esta a forma que a Hyundai aproveitou para minimizar os estragos de uma classificação em que o melhor carro foi quinto classificado.

A competição prossegue dentro de duas semanas e meia na Croácia e depois é o Rali de Portugal de 9 a 12 de maio, a segunda prova de terra do ano.

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christopher-shean
christopher-shean
1 mês atrás

Bela foto…

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