WRC: Elfyn Evans venceu Rali de Portugal

Por a 23 Maio 2021 13:17

Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) venceram o Rali de Portugal, num triunfo que tem mão portuguesa, já que o Engenheiro de Elfyn Evans, É Rui Francisco Soares. Parabéns ao piloto, navegador, engenheiro e equipa.

Elfyn Evans/Scott Martin venceram o Rali de Portugal, pois foram quem estava em melhores condições de aproveitar o azar de Ott Tanak e Martin Jarveoja, sabendo depois disso gerir as emoções e a pressão de Dani Sordo e Borja Rozada, para vencerem o Rali de Portugal com todo o merecimento. Se até ali, a dupla estónia da Hyundai parecia estar a preparar-se para repetir a vitória de 2019 no Rali de Portugal, um contratempo mecânico, uma peça da suspensão direita traseira que cedeu, levando a dupla aos desespero e ao abandono.

A prova de Elfyn Evans foi exemplar, chegaram ao final do primeiro dia de prova apenas a seis segundos de Tanak, escolheram bem os pneus, e escaparam de problemas, terminando o dia bem posicionados.

Durante  segundo dia de prova, nova performance consistente foi premiada com a liderança ao fim da tarde, quando Tanak desistiu. Sempre sólidos e consistentes, com um trio de segundos melhores tempos em troços, quando o líder foi forçado a parar, Evans apanhou as rédeas da prova, terminando o dia com 10.7s de avanço, depois de Dani Sordo reagir na super especial da Foz. No domingo, à promessa de Sordo em atacar forte, Evans depressa tirou o triunfo da ideia do espanhol. Basicamente ’cilindrou-o’ em Felgueiras, ganhando sempre tempo ao espanhol até à PowerStage, definindo aí o vencedor da prova.

Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai i20 Coupe WRC) terminaram o rali na segunda posição, depois de não terem conseguido responder à prestação de Evans no dia decisivo. Entraram na prova com uma excelente posição na estrada, e fizeram o melhor uso dela, passando para a frente do rali logo no segundo troço da prova, levando essa liderança até à saída de Arganil, mas em Mortágua, um erro num gancho, deixaram o motor do Hyundai calar-se e com isso caíram para o terceiro lugar, numa especial em que Ott Tanak passou para a liderança da prova, seguido de Thierry Neuville. Neuville abandonou em Mortágua, troço em que Sordo se deixou passar por Elfyn Evans. Durante o dia de sábado, bem tentou, mas Evans nunca lhe permitiu veleidades, sendo o galês que era segundo quando Tanak baqueou. No último dia de prova não foi capaz do mesmo ritmo de Evans, que esteve absolutamente imparável. Ainda assim, um belo segundo lugar no regresso e na estreia do novo navegador. 

Já se sabia que Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) teriam dificuldades nesta prova, já que arrancar na frente no primeiro dia era meio caminho andado para se atrasar demasiado, e esse cenário esteve em cima da mesma muito tempo. Saíram de Arganil em sétimo a 41.0s da frente, mas com uma fantástica prestação em Mortágua, não só venceram o troço como reduziram para 22.7s o tempo que os separava da frente e isso foi um grande balão de oxigénio para a dupla. Do quinto lugar na altura, ainda foram buscar Takamoto Katsuta, ganhando depois mais um lugar com o abandono de Ott Tanak. E não fez as escolhas certas de pneus, como confessou no final do dia. Curiosamente, ser primeiro na estrada, também lhe permitiu poupar pneus, porque com tanta terra para limpar os pneus ‘roçam’ menos na parte dura e isso é um ponto positivo.

Ainda não foi desta que bateu o recorde de Markku Alén, mas não pode sair descontente de Portugal, pois um pódio sem que Tanak e Neuville lhe ganhassem pontos é muito positivo. 

Takamoto Katsuta/Dan Barritt (Toyota Yaris WRC) foram quartos classificados e alcançaram em Portugal a sua melhor classificação de sempre no WRC. Até aqui, era o sexto lugar no Rali de Monte Carlo. O quarto lugar ainda não reflete o que é o seu andamento, mas o jovem japonês tem vindo a evoluir consistentemente e convém lembrar que à chega a Portugal tinha apenas nove ralis com um World Rally Car. Duvidámos nos primeiros tempos que o japonês se  pudesse tornar num grande piloto no WRC, mas confessamos que Tommi Makinen teve olho e Katsuta está a trilhar um caminho muito positivo. Teve altos e baixos, é verdade, mas a forma como se bateu face a Ogier mostra evolução.

Provavelmente, Gus Greensmith/Chris Patterson (Ford Fiesta WRC) gostavam que houvesse mais provas no calendário como o Rali de Portugal, pois no nosso país mostrou que não é assim tão mau piloto (no contexto do WRC) como por vezes parece. Igualou o seu melhor resultado de sempre no WRC, que obteve o ano passado na Turquia, mas em Portugal, apesar de ter beneficiado de abandonos, andou bem, no seu contexto. Terminou o primeiro dia em sétimo, fez por exemplo o terceiro tempo na Lousã 1, fez segundo na Lousã 2. Danificou uma roda em Góis 1 e perdeu 50s. Basicamente passou metade do dia no top 3 das especiais o que não foi nada mau. No segundo dia, esteve menos bem, mas foi um problema com o acelerador que o fez perder muito tempo e com isso pode dar-se por muito feliz com o quinto lugar em Portugal, que não é uma posição natural, mas que foi merecida pela persistência. 

Depois da bela exibição da Croácia, pode dizer-se que a M-Sport está a descobrir uma nova estrela: Adrien Fourmaux. Há quem já o compare a Loeb e Ogier, mas passe o exagero que só se pode comprovar bem mais lá para a frente, a verdade é que fez uma prova muito interessante em Portugal, cumprindo quase à risca as indicações de Malcolm Wilson. Não cometeu erros complicados, levou o carro até ao fim, fez um rali positivo. Foi quarto à geral na PE3, teve performances consistentes. Alguém se lembrou de Teemu Suninen? Nós não! Um furo e um pião no primeiro dia, atrasaram-no, no segundo dia, ao abrir a estrada, percebeu as dificuldades, e aí perdeu mais tempo, terminando atrás de Greensmith.

Ott Tanak e Martin Jarveoja (Hyundai i20 WRC) não mereciam o que lhes sucedeu em Amarante 2, mas os ralis são assim mesmo. O que fizeram até aí ter-lhes-ia permitido vencer o Rali de Portugal com toda a naturalidade, mas não foi isso que aconteceu. Tudo o que fizeram foi bem feito. Segundo revelou o piloto, não tocaram em lado nenhum que justificasse a quebra da suspensão. 

Terminaram o primeiro dia na frente, depois de chegarem à liderança em Mortágua, quando o motor do i20 WRC de Sordo se ‘calou’. Curiosamente chegaram à frente com o piloto a confessar que o carro estava longe de estar ao seu gosto. Desistiram 3.5km do final dos 37.92 km de Amarante 2 com a suspensão traseira direita danificada. Inglório.

Thierry Neuville e Martijn Wydaeghe (Hyudnai i20 WRC) foram outros dos azarados do Rali de Portugal mas neste caso por culpa própria. E tudo começou nos reconhecimentos em que uma nota exageradamente otimista duma curva em Mortágua redundou num capotanço e mitos danos na suspensão traseira, e como se provou mais tarde, até no chassis, que ficou torto. 

Até aí a Hyundai Motorsport parecia dominante, com Tänak e Sordo a vencerem cinco troços em seis, Neuville era terceiro, atrás dos dois colegas de equipa no fim da primeira passagem pela Serra do Açor. A dupla tentou reparar o carro na ligação, mas não conseguiu e na assistência percebeu que era preciso mais tempo pelo que o belga voltou a retirar o carro da prova no segundo dia.

Outra dupla a quem não correu nada bem o Rali de Portugal foi Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC). Depois do acidente da Croácia o jovem poderia aproveitar bem a sua ordem na estrada, mas a posição em que estiveram mais cima foi em quarto na PE2, Góis. Falharam na afinação do carro, e o jovem nunca teve confiança para andar mais. Precisa de mais experiência de Arganil! Só na tarde de sábado deu um ar da sua graça com um segundo lugar em Cabeceiras de Basto, mas logo a seguir desistiu devido a um problema mecânico. Esperava-se muito mais, mas não lhes correu nada bem esta prova.

WRC: ‘Filme’ do Rali de Portugal

PE1: Ott Tanak começa na frente

Apesar de terem feito um ‘meio-pião’ e deixado o motor do seu carro ‘calar-se’, Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC) foram os mais rápidos na especial de abertura do Rali de Portugal, batendo Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC), que também viu o motor do seu Hyundai ‘calar-se’ momentaneamente, num gancho, por 0.4s.

Um décimo mais atrás ficaram Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 Coupé WRC). Três Hyundai nos três primeiros lugares. Bom começo para a equipa coreana.

Grande tempo para Gus Greensmith/Elliott Edmondson (Ford Fiesta WRC), quartos, com o mesmo tempo de Neuville. Quatro separados por 0.5s.

Os Toyota começaram de forma mais lenta, com Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) em quinto, na frente de Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC), que cederam 2.9s, ficando ainda assim na frente de Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC) e Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC), que perderam, 5.1s. Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (Ford Fiesta WRC) foram nonos na frente de

Pierre-Louis Loubet/Vincent Landais (Hyundai I20 Coupé WRC). Tal como se esperava, sair na frente penalizou Ogier.

PE2: Dani Sordo é o novo líder

Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) venceram a segunda especial do Rali de Portugal, 3.6s na frente de Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC), que por sua vez bateram Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 Coupé WRC) por 1.9s. Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC) foram quartos e os melhores dos Toyota.

Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC) foram quintos na frente de Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC), com Gus Greensmith/Elliott Edmondson (Ford Fiesta WRC) a terminar na frente de Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC). Por aqui se pode perceber as dificuldades do piloto que abre a estrada.

Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (Ford Fiesta WRC) cederam 11.2s.

Desta forma, Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) são os novos líder do Rali de Portugal, 3.2s na frente de Ott Tanak. Tal como sucedeu há dois anos, o espanhol a dar cartas no primeiro dia. Esperemos é que não lhe aconteça o mesmo que em 2019, quando teve problemas mecânicos no seu Hyundai e atrasou-se.

Pierre-Louis Loubet/Vincent Landais (Hyundai I20 Coupé WRC) parou na parte final do troço.

PE3: Três Hyundai nos lugares do pódio

Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) venceram a primeira passagem pelos 18.82 Km de Arganil, batendo Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC) por 3.5s, continuando a tirar o melhor partido possível da sua posição na estrada. Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 Coupé WRC) foi terceiro a 4.4s, com Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (Ford Fiesta WRC) a começar a fazer grandes tempos, naquela que é, lembramos, a sua estreia num WRC em pisos de terra. Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) foram quintos na frente de Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC) com Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) a perderam mais 15.3s. Mau tempo para Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC), que cederam 17.0s nesta especial.

Gus Greensmith/Elliott Edmondson (Ford Fiesta WRC) furaram e perderam quase um minuto. Pierre-Louis Loubet/Vincent Landais (Hyundai I20 Coupé WRC) saíram de estrada em Góis e abandonaram.

Na geral, a dupla espanhola tem agora 6.7s de avanço para os seus colegas de equipa, com três Hyundai nos três primeiros lugares, terminada que está a primeira passagem pelos troços.

O melhor Toyota, o de Evans, já está a 17.6s enquanto Ogier já cedeu 31.0s em três troços. Há dois anos, por esta altura, tinha perdido 23.1s para Tanak. Terminou o dia a 25.8s da frente. Será que repete a boa segunda passagem de há dois anos. O problema é que tem de abrir novamente a estrada em Mortágua, num troço ‘virgem’.

Aí vai perder novamente mais tempo. Nas segundas passagens pela Lousã, Góis e Arganil deve andar em tempos mais perto da frente, porque os troços estão mais limpos fruto destas primeiras passagens.

P4: Kalle Rovanpera vence na Lousã 2

Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC) venceram a quarta especial do Rali de Portugal, Lousã 2, batendo Gus Greensmith/Elliott Edmondson (Ford Fiesta WRC) que está aqui a demonstrar que o Rali de Portugal é a sua prova favorita.

Terceiro lugar para Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) que deixaram atrás de si Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 Coupé WRC) e Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC), o que significa que na classificação geral, o espanhol aumentou mais um pouco a margem que o separa dos seus dois colegas de equipa, tendo agora 7.6s de avanço para Tanak, e 10.0s exatos para o belga.

Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC), são quartos a 18.5s, dois segundos na frente de Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC).

Seguem-se Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC) que nesta especial passaram Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (Ford Fiesta WRC). Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) já cederam 33.2s e pelo menos em Mortágua, vão voltar a ceder tempo. Apanham a estrada mais limpa nestes três troços, mas e Mortágua será a sua vez de limpar, de novo.

Os Hyundai continuam a dar cartas, a Toyota está com dificuldades. Evans mantém-se à tona, mas Ogier já está a ficar demasiado longe para recuperar. Falta muito, vamos ver como termina o dia.

PE5: Três Hyundai, seguidos de quatro Toyota

Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) venceram a segunda passagem por Góis, batendo

Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 Coupé WRC) por 0.6s, com Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC) em terceiro a 0.9s. Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC) foi quarto a 1.2s, em mais um troço de quase 20 km com margens curtíssimas entre os quatro primeiros.

Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC) perdeu um pouco mais neste primeiro troço da tarde, 4.4s, o que significa que na geral, Thierry Neuville é o novo segundo classificado na frente do estónio que ficou agora a 12.0s da frente.

Grande prova estão a fazer Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC), que passaram Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) na geral e são agora o Toyota melhor classificado no quarto lugar da geral, agora a 21.7s da frente. Três Hyundai, seguidos de quatro Toyota, pois Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) voltaram a passar Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (Ford Fiesta WRC) na geral.

Gus Greensmith/Elliott Edmondson (Ford Fiesta WRC) são nonos a pouco mais de um minuto.

PE6: Hyundai cada vez mais juntos na frente

Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC) venceram a segunda passagem por Arganil, bateram

Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 Coupé WRC) por 0.3s, com Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) a 1.4s. Os líderes da prova, Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) perderam 2.7s e na geral os espanhóis têm agora 8.2s de avanço para Neuville, com Tanak 1.1s mais atrás. Três Hyundai separados por 9.3s.

Os toyota rodam um pouco mais atrás, com Elfyn Evans a passar novamente para a frente de Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC). 4.9s separa três Toyota, o de Evans, Katsuta e Rovanpera, com Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) 15.1s atrás de Rovanpera. Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (Ford Fiesta WRC) na geral rodam 10.0s atrás de Ogier e 21.2 na frente de Gus Greensmith/Elliott Edmondson (Ford Fiesta WRC).

PE7: Ott Tanak é o novo líder

Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) deixaram o motor do seu carro calar-se nesta especial, perderam 21.7s e com isso perderam a liderança para Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC), que foram quartos no troço a 9.0s de Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC), que finalmente deram ‘sinal de vida’.

Até aqui a Hyundai dava cartas, mas de repente, perdeu dois ‘trunfos’, um deles, definitivamente, pois Thierry Neuville saiu de estrada e perdeu muito tempo, já não contando para as lutas na frente, e agora Sordo, que caiu para segundo.

Estavam decorridos cerca de 15 Km da especial, quando Thierry Neuville alargou um pouco mais a trajetória com o seu Hyundai i20 Coupé WRC e saiu de estrada, ficando com o carro tombado. Demorou um pouco a conseguirem colocar o carro em cima das quatro rodas e continuaram, mas já com muito tempo perdido.

Elfyn Evans que seguem logo atrás foram apanhados no pó pelo que o CCD vai ter de atuar para repor o tempo perdido a Evans: “Foi uma nota demasiado rápida, tentei, tirá-lo, mas já não consegui”, disse o piloto que perdeu 3m25.9s na especial. Vai vair muitas posições e o seu dia deve estar terminado, ainda que neste momento estejam a tentar reparar o problema na suspensão.

Desta forma e com Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 Coupé WRC) a caírem, para já, para o nono lugar, os novos terceiros classificados, são, surpreendentemente, Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC) que distam agora 8.6s de Sordo.

Contudo, os ‘verdadeiros’ terceiros classificados serão, provavelmente, Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) quando os Comissários ‘devolverem’ o tempo perdido atrás de Sordo.

Quando tudo voltar ao normal, Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) serão quintos na frente de Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC), com a dupla francesa agora a 22.7s da frente. Depois de um dia muito difícil, a esperança regressa às hostes da Toyota, que passa a ter três carros a 25.0s do melhor Hyundai.

Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (Ford Fiesta WRC) furou em Mortágua e Gus Greensmith/Elliott Edmondson (Ford Fiesta WRC) passou novamente para a frente do seu colega de equipa.

PE7: Elfyn Evans a 2.7s da liderança de Tanak

Tal como se esperava a Direção de Prova ‘devolveu’ a Elfyn Evans o tempo perdido atrás de Thierry Neuville e com isso a Hyundai deixa de ter dois carros na frente, pois elfyn Evans passa a ser o segundo classificado atrás de Ott Tanak. Dani sordo está três décimos mais atrás e a 3.0s do seu compaheiro de equipa, com Takamoto Katsuta em quarto a 12.0s e Sébastien Ogier a 22.7s. Kalle Rovanpera é sexto a 25.0s. A Hyudnai chegou a ter três carros nos lugares do pódio, mas no fim do dia está tudo bem mais equilibrado. Seis pilotos em 25.0s.

Os 18,16 quilómetros do troço de Mortágua, último antes da super especial de Lousada e do cair do pano sobre o primeiro dia do Vodafone Rally de Portugal, foram pródigos em acontecimentos e deles emergiu um novo líder: Ott Tanak (Hyundai).

Thierry Neuville, até então sempre bem posicionado para discutir a vitória, perdeu todas as hipóteses de repetir o sucesso conquistado em 2018 na prova portuguesa do Mundial ao bater forte na parte final desta classificativa, danificando seriamente a suspensão traseira do Hyundai. Ao perder aí 3 minutos e meio, o belga passava a ser uma carta fora do baralho e de forma involuntária ainda atrasou Elfyn Evans (Toyota), um dos grandes rivais na discussão dos primeiros lugares, obrigado-o a levantar o pé perante a falta de visibilidade provocada pelo pó levantado pelo seu carro. Mas o azar do galês foi anulado, e muito bem, pela direção do rali, que atendendo ao sucedido decidiu atribuir-lhe o mesmo tempo de Ogier, piloto mais rápido nesta classificativa, o que significou fazer subir o piloto da Toyota ao segundo lugar, a 2.7s de Tanak.

Contudo, o drama estendia-se, ainda, a outro piloto da Hyundai que era, até à entrada de Mortágua, o líder da prova: Dani Sordo. Primeiro, teve problemas de motor e depois os seus pneus [duros] estavam já demasiado gastos, pelo que se viu impotente para manter a concorrência à distância.

Deste modo, Sébastien Ogier acabou o dia, apesar de ser o primeiro a “abrir” a estrada, a perder menos tempo do que alguma vez poderia imaginar: 22.7s.

No que toca aos portugueses, Armindo Araújo (Skoda) não deixava créditos por mãos alheios, conservando, antes da chegada à pista de Lousada, uma margem de 12,6s sobre Bernardo Sousa (Skoda), com Ricardo Teodósio (Skoda) já a 1m21.7 do primeiro lugar e Bruno Magalhães (Hyundai) a 1.47.9

PE8, Lousada, DIA 1

Ott Tanak lidera prova equilibrada

Ott Tänak terminou o primeiro dia do Rali de Portugal seis segundos na frente de Elfyn Evans. A Hyundai chegou a ter três carros nos lugares do pódio, durante a manhã, mas uma saída de estrada de Thierry Neuville em Mortágua e um erro de Dani Sordo – deixou o carro ir abaixo num gancho – levaram a que o dia da Hyundai tenha terminado bem menos sorridente do que estava a meio. Ainda assim, o estónio superou um dia algo complicado para liderar o Vodafone Rally de Portugal.

Tänak venceu o troço de abertura da prova, mas esteve constantemente a queixar-se que o carro não estava como pretendia. Um furo da parte da tarde relegou-o para trás de Thierry Neuville, antes de recuperar a posição devido aos dramas tardios dos seus dois colegas de equipa. Os esforços de Thierry Neuville e do co-piloto Martijn Wydaeghe para reparar o carro foram em vão.

Tanak, demorou a encontrar o ritmo, mas está agora bem posicionado para repetir o que fez em 2019 nesta prova, com a Toyota, vencer: “foi um dia exigente, tanto que aconteceu. Estou ansioso por um pouco de descanso antes de recomeçarmos amanhã. Não estava a funcionar bem esta manhã, foi um pouco como uma luta, não natural”.

A gestão dos pneus foi crucial. As borrachas macias da Pirelli eram a opção preferida para as superfícies arenosas desta manhã, antes dos pneus duros entrarem em jogo esta tarde, quando os troços estavam mais duros para as segundas passagens. Evans sentiu falta de confiança, uma vez que os pneus macios deixaram os Toyota Yaris WRC algo instáveis. Fugiu dos problemas e saltou de quarto para segundo depois dos problemas de Sordo e Neuville, terminando o dia a seis segundos de Tanak e três segundos na frente de Sordo.

Takamoto Katsuta teve um dia muito positivo, o japonês melhora a olhos vistos, e aproveitou bem o seu melhor dia no WRC para se manter em quarto no seu Taoyta Yaris WRC, à frente de Sébastien Ogier.

Ogier, líder do campeonato, chegou a estar a mais de 40 segundos da frente no sétimo lugar, depois de ter lutado com pouca aderência e a estrada muito suja de manhã e em parte da tarde, mas o tempo mais rápido em Mortágua foi o culminar duma recuperação, ‘ajudada’ pelos problemas dos homens da Hyundai, que promoveram Ogier à quinta posição, a 24.0s da frente, portanto, pronto para atacar a partir duma melhor posição de partida amanhã.

Foi um Kalle Rovanperä sem brilho que marcou presença hoje em Portugal. O jovem finlandês foi inicialmente perturbado pela subviragem do Yaris WRC, mas ajustou o carro e ganhou um troço de tarde, antes que problemas com os pneus o obrigassem a recorrer à borracha macia usada.

Um furo custou 45 segundos a Gus Greensmith, mas o britânico esteve hoje como há muito não se via no WRC. A posição não mudou muito, mas a exibição foi bem melhor do que o habitual.

O seu companheiro de equipa, Adrien Fourmaux é oitavo depois de ter perdido mais de 30s com um pião e um furo em Mortágua. Deixou bons apontamentos, tendo andado bastante bem em vários troços, para quem se estreia de World Rally Car na terra.

Quase metade da distância competitiva do rali está prevista para amanhã, sábado. Dois loops idênticos de três troços na Serra da Cabreira e em Amarante.

PE9: Ott Tanak com uma ‘mudança’ acima…

Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC) venceram a primeira especial do segundo dia do Rali de Portugal, bateram Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) por 7.5s, e com isso depressa estenderam a sua vantagem na liderança da prova para 13.5s. O estónio chegou ontem ao fim do dia na frente do rali sem se ter sentido muito bem com o que o carro lhe ‘transmitia’, mas no final deste primeiro troço revelou que está muito mais contente com o carro hoje, o que pode significar que depressa se vai colocar fora do alcance dos adversários. É esperar para ver…

Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) foram terceiro na especial, e estão agora um pouco mais longe de Evans, com Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) a fazer o quarto tempo, a 11.5s de Tanak. Não parece que vai conseguir chegar muito mais à frente, mas já foi suficiente para passar Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC), que eram quartos classificados. E por apenas 0.1s.

Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC) continua a perder terreno e Gus Greensmith/Elliott Edmondson (Ford Fiesta WRC) voltou a começar bem o dia.

No WRC 2 Esapekka Lappi/Janne Ferm (Volkswagen Polo GTI R5) bateu Teemu Suninen/Mikko Markkula (Ford Fiesta Rally2) por 4.6s e com isso aumentou a sua liderança para 14.4s. Nikolay Gryazin/K .Aleksandrov (Volkswagen Polo GTI R5) perderam 15.9s e e são terceiro a 18.1s.

PE10: Ott Tänak reforça liderança

Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC) venceram mais um troço e acrescentaram 4.8s à sua vantagem face a Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC), que se cifra agora em 18.3.s. Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) tiveram problemas com os pneus e agora têm os 37.92 Km de Amarante pela frente. Aliás, as palavras de Evans no fim deste troço levam a crer que vai atacar em Amarante, mas Tanak parece estar para já, inalcançável, por isso vamos ver…

Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) fizeram um meio pião e com isso voltaram a perder a posição para Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC).

A especial seguinte, tendo em conta a sua extensão, vai clarificar por completo o que se pode esperar do resto deste rali. Se Ott Tanak reforçar a sua posição, de tarde pode começar a gerir. Mas primeiro tem que passar por Amarante.

PE11: Grande luta pelo segundo lugar, Tanak ‘intocável’

Com Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC) a vencer mais um troço e a dilatar a sua liderança para 19.2s, face a Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC), a atenção vira-se agora também para a excelente luta pelo segundo lugar entre o galês e Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC), com o piloto da Toyota a ganhar mais 1.5s ao espanhol, colocando agora a margem em 6.1s.

Decorridos que estão os três troços da manhã deste Rali de Portugal, ficou desde já claro a toda a gente que dificilmente alguém conseguirá bater Ott Tanak neste rali:

Ontem, todas as equipas se depararam com o facto da Pirelli ter trazido poucos pneus macios para esta prova, pois se estivesse calor, os pneus duros seriam bem mais adequados, mas com o tempo ‘fresco’ que tem estado os macios são mais adequados, mas também se desgastam mais depressa, e essa gestão é primordial para o resultado, como disse Tanak no final do dia de ontem: “Foi difícil encontrar um bom compromisso com os pneus. Foi difícil manter os pneus vivos e temos de fazer o mesmo hoje”, sublinhou.

Para já está a fazê-lo na perfeição, pois começou o dia com 6.0s de avanço para Evans e neste momento já tem 19.2s. As coisas estão longe de estar decididas, mas tudo vai depender do desgaste e dos pneus novos ainda disponíveis para cada equipa. Logo ao fim do dia, o ‘filme’ será mais evidente.

Já se percebeu que não será desta que Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) bate o recorde de Markku Alén, pois chega a mais de meio do rali a mais de um minuto do líder, Tanak.

Está a meio segundo de Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC), mas a quase quarenta segundos de Dani Sordo, e era importante para si chegar ao pódio.

Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 Coupé WRC) teve problemas mecânicos e penalizou.

No WRC2, Esapekka Lappi/Janne Ferm (Volkswagen Polo GTI R5) voltaram a distanciarem-se de Teemu Suninen/Mikko Markkula (Ford Fiesta Rally2) colocando agora a diferença nos 14.0s. Nikolay Gryazin/K .Aleksandrov (Volkswagen Polo GTI R5) continuam em terceiro, mas a quase minuto e meio.

PE12: Elfyn Evans distancia-se de Dani Sordo

Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) bateu Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC) por 0.6s na segunda passagem por Vieira do Minho, com Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) a ficarem em terceiro a 4.3s, o que significa que o piloto da Toyota dilatou a margem que o separa de Sordo, com a diferença para Tanak a ser agora 18.6s, enquanto o terceiro classificado está agora a 10.4s. Parece, cada vez mais estar encontrado o pódio do Rali de Portugal, mesmo que nos ralis tudo pode acontecer…até Às verificações técnicas finais.

Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) é quarto a 40.4s do pódio, e pelo que tem vindo a fazer não parece poder conseguir chegar mais acima. Ganhou neste troço a posição a Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC), que perderam 12.7s, mas deverá ficar por aí. De resto nada mudou no top 10.

PE13: Posições mais definidas…

Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC) venceu mais uma especial do Rali de Portugal, batendo Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC) por 1.9s, com Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC) em terceiro a 2.8s.

Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) foi quarto, 0.9s na frente de Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) seguindo-se Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC), Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (Ford Fiesta WRC) e Gus Greensmith/Elliott Edmondson (Ford Fiesta WRC) que teve problemas com o pedal do acelerador.

Com estes resultados, as margens ampliam-se.

Tanak tem agora 22.4s de avanço para Evans, que está mais preocupado em distanciar-se de Sordo, que já está a 11.3s. Ogier já percebeu que não chega mais à frente, e também entrou em modo de gestão.

Sordo já está mais interessado em nada arriscar, porque em condições normais Ogier já não chega ao pódio e Ogier não vai arriscar para estar em prova amanhã e aí sim poder atacar na PowerStage de Fafe. Tanak já percebeu que não vai ser ‘atacado’ e Evans olha mais para trás do que para a frente.

PE14, Reviravolta: Tanak parou, Elfyn Evans lidera

Os ralis são mesmo assim! Depois duma prova fabulosa e quando se preparava para vencer confortavelmente o Rali de Portugal, após uma prova dominadora Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC) danificaram a suspensão do seu carro, ainda não sabemos como, se foi induzido ou simplesmente partiu, e tiveram de parar a alguns quilómetros do final do troço de Amarante.

Desta forma, os novos líderes são Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC), agora com 16.4s de avanço para Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC), que nesta especial perderam mais 5.1s para o piloto da Toyota.

Tínhamos escrito que Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) já não deviam chegar ao pódio, mas para já estão no provisório, ainda que apenas com 2.5s de avanço para Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC).

Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC) tiveram um problema mecânico no seu carro e com isso Gus Greensmith/Elliott Edmondson (Ford Fiesta WRC) são agora quintos classificados na frente de Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (Ford Fiesta WRC).

Nesta altura, Richard Millener e Malcolm Wilson já devem estar a dizer aos seus pilotos para fugir de toda e qualquer armadilha…

PE15: Dani Sordo recuperou 5.7s, temos rali até ao fim

Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) bateu Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) na super especial do Porto por 5.7s e de repente, em 3.3 Km, ao invés de Game Over, temos ‘Game On’, pois 10.7s de avanço para duas passagens por Felgueiras e Fafe e uma por Montim é mais do que suficiente para o espanhol poder tentar vencer e com isso terminar em beleza um fim de semana que começou bem para a Hyundai e de repente ‘ficou sem’ dos seus dois pontas de lança, Thierry Neuville primeiro e hoje Ott Tanak. Será que depois de tanto azar, a Hyundai ainda vai sorrir no final. Só amanhã vamos saber, mas o que parecia ser um cumprir de calendário até ao fim, em dois troços, o maior e o mais pequeno, viraram tudo do avesso e por isso temos rali até ao fim. Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC) foi segundo na frente de… Esapekka Lappy, mostrando que aqui os Rally2 não devem muito aos WRc, quando bem pilotados.

Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) foi quarto e tem agora apenas 1.5s de avanço para o seu colega de equipa japonês.

DIA 2: Elfyn Evans, Dani Sordo…ou alguma surpresa?

As tradições são como os recordes, um dia são batidos, ou acabam. Ott Tanak estava a preparar-se para acabar com um tradição recente do Rali de Portugal, já que depois de se ter mudado para o Norte, em 2015, nunca o vencedor foi o mesmo em dois anos consecutivos (2015: Jari-Matti Latvala, 2016: Kris Meeke, 2017: Sébastien Ogier, 2018: Thierry Neuville, 2019: Ott Tanak). É verdade que não houve prova em 2020, mas esse ano não conta. Alteremos a questão para ‘edições’ e por isso Tanak não esteve muito longe de terminar com essa tradição. Mas já não vai fazê-lo. Agora, será Elfyn Evans, ou Dani sordo, a dar sequência à tradição. Em duas edições seguidas, o vencedor do Rali de Portugal não é o mesmo. Ou será que Sébastien Ogier ainda casa alguma surpresa e bate o recorde de cinco ralis de Portugal ganhos que partilha com Markku Alen? Não parece muito provável, mas também não parecia que Tanak fosse perder este rali…

Em teoria, a discussão da vitória no Vodafone Rally de Portugal será entre Elfyn Evans (Toyota) e Dani Sordo (Hyundai), separados apenas por uma dezena de segundos. Cinco troços, duas passagens por Santa Quitéria, ou Felgueiras, se preferir, duas por Fafe e uma por Montim. Nada está decidido, vai ser um domingo apaixonante.

Este dia de sábado foi pródigo em surpresas, a última das quais sucedeu na super especial da Foz-Porto, pelo simples facto de o líder ter cedido nada menos que 5.7s ao piloto espanhol em pouco mais de três quilómetros. O próprio Evans não escondia a sua surpresa, mas a verdade é que feitas as contas viu esfumar-se, do pé para a mão, uma boa parte dos 16.4s acumulados até à última passagem pelo troço de Amarante.

Aliás, foi nessa especial que aconteceu o grande golpe de teatro desta segunda etapa, quando o líder Ott Tanak ficou fora de combate a partir do momento em que a suspensão traseira direita do Hyundai cedeu. Depois de Thierry Neuville no dia anterior, a Hyundai sofria um duro golpe e via a sua ‘armada’ reduzida a Dani Sordo.

É certo que a Toyota também ‘perdeu’ Kalle Rovanpera, mas ainda lhe sobram, além de Evans, o campeão mundial em título, Sébastien Ogier, que nos troços da região do Douro e Minho passou pouco mais que despercebido, e o japonês Katsuta Takamoto.

A desistência de Tanak atenuou a desilusão de Ogier que embora já ocupe agora um lugar no pódio, acumula um atraso considerável e pouco mais poderá aspirar, em condições normais, à conquista de uns pontos suplementares no caso de terminar bem posicionado a Power Stage [Fafe 2].

Perante tamanha hecatombe, a M-Sport/Ford tem agora os Fiesta dos jovens Adrien Fourmaux e Gus Greensmith no ‘top 6’, preparando-se para sair de Portugal com um resultado muito interessante. Precisamente o que diziam ser possível antes da partida. Parecia sonhar alto, afinal não…

A fechar o segundo dia, a super especial da Foz (3,3 km) proporcionou um bonito espetáculo televisivo – a super especial foi interessante, ao contrário do que parecia na teoria – e se Sordo brilhou ao mais alto nível, não deixa de ser curioso o facto de entre os dez pilotos mais rápidos figurarem 5 da categoria WRC2.

Já no que toca à armada lusa, depois de ontem ter assinado a vitória no Campeonato de Portugal de Ralis, Armindo Araújo continuou a rodar com ritmo forte para terminar o dia na liderança da classificação dos homens da casa com um tempo total de 3:24:07,4s, o que o coloca em 18º da geral, a 16:58,3s da frente.

PE16: Elfyn Evans ‘dobra’ vantagem!

Sabe-se que o Toyota Yaris WRC é um carro muito bom para troços sinuosos, mas Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) ‘darem’ 9.6 em 9.18 Km de Felgueiras 1 é notável e um sinal muito forte ao que vai o piloto da Toyota que passa a ter 21.3s de avanço para Dani Sordo. Uma diferença totalmente inesperada ainda que Dani Sordo tenha revelado no final que “não quero cometer erros e ao mesmo tempo colocar pressão nele”. Ora bem, não colocou pressão nenhuma, o galês esteve brilhante, e poderá ter aqui definido o resultado final, pois em condições normais não será nada fácil ao espanhol recuperar a margem com que agora ficou. Foi tão surpreendente os 5.7s que ganhou na super especial quanto os 9.6s que perdeu em Santa Quitéria/Felgueiras. Ambos levam dois pneus duros e quatro macios pelo que não será por aí que pode haver grandes diferenças. Seja como for, faltam quatro troços.

Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (Ford Fiesta WRC) foram segundos atrás e Evans, com Gus Greensmith/Elliott Edmondson (Ford Fiesta WRC) logo a seguir, na frente de Sordo. Nota-se claramente que Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC), Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC), Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC), Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC) e Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 Coupé WRC) se estão a poupar para a PowerStage.

No WRC 2, Mads Østberg/Torstein Eriksen (Citroën C3 Rally2) venceram o troço, mas Esapekka Lappi/Janne Ferm (Volkswagen Polo GTI R5) foram segundos e têm agora 1m11.6 de vantagem para Teemu Suninen/Mikko Markkula (Ford Fiesta Rally2) que fez um pião nesta especial e perdeu 34.5s

PE17: Elfyn Evans volta a vencer e dilata margem

Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) ganharam mais 1.4s a Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) em Montim, pelo que a margem entre ambos sobe novamente, agora para 21.7s. A dupla espanhola não tem conseguido igualar o andamento de Evans, mas falta ainda duas vezes o troço de Fafe e nova passagem por Felgueiras, pelo que nada está ainda decidido, tal como percebemos ontem pelo que sucedeu a Ott Tanak. Exemplos não faltam. Seja como for, a dupla da Toyota está a dar uma bela demonstração de capacidade e a não dar a mínima hipótese à dupla espanhola, que começou o dia a 10.7s da frente e já está a 21.7.s.

PE18: Dani Sordo ‘concede’ derrota…

Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 Coupé WRC) venceram a primeira passagem por Fafe na frente de Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC), que começam a ‘aquecer’ para a Powerstage – estes tempos explicam-se pelo facto de terem tentado perceber onde está a aderência, pois quanto mais depressa fizessem este troço, melhor saberiam o que precisam de ‘atacar’ na PowerStage, onde os pontos contam .

Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) foram terceiros na frente de Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) e Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC), com a margem entre ambos na frente a subir para 22.0s.

O espanhol já admitiu a derrota aos microfones da WTC TV. Em condições normais, não recupera 22.1s a Evans nos dois troços que faltam, Felgueiras e nova passagem por Fafe, como PowerStage.

De resto, Gus Greensmith/Elliott Edmondson (Ford Fiesta WRC) voltou a passar Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (Ford Fiesta WRC), que apanharam um valente susto na primeira vez que fizeram o Salto da Pedra Sentada com um WRC, pois foi à berma e ‘safou-se’ à justa de um acidente.

PE19: Tudo à espera da PowerStage, Elfyn Evans tem triunfo na mão

Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) venceram a segunda passagem por Felgueiras, batendo Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (Ford Fiesta WRC) por 4.0s, com

Dani Sordo/Borja Rozada (Hyundai I20 Coupé WRC) a 4.2s.

Com Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC) e Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 Coupé WRC) a perderem mais de 30 segundos, estão claramente a poupar-se para a PowerStage, ‘arrastando-se pelos troço.

Na geral, Evans vai para a PowerStage de Fafe com 26.2s de avanço para Dani Sordo, ficando agora por saber se vai arriscar algums coisa, algo que não é nada provável.

Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) são uns confortáveis terceiros, na frente de Takamoto Katsuta/Daniel Barritt (Toyota Yaris WRC) que se prepara para alcançar o seu melhor resultado de sempre no WRC.

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2 Comentários
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christopher-shean
christopher-shean
2 anos atrás

Tou contente pelo Britânico Evans (e não “Ivans”…) e Gus Greensmith claro! O Japonês também foi surpresa e ao escrever isto, espero que o Paulo Neto consiga ser 2º português! Como não sou portista, não comento o 3º! A próxima prova vai ser interessante…

christopher-shean
christopher-shean
Reply to  christopher-shean
2 anos atrás

Recebi um “voto” negativo… deve ser de um portista: estava a brincar ref. ao 3º André Villas-Boas! (Parabéns) E claro Parabéns ao Armindo.

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