Rali do Japão: um dos desafios mais difíceis do ano no WRC

Realiza-se este fim de semana o Rali do Japão, penúltima prova do WRC 2025, e um dos desafios mais singulares do calendário, marcado por estradas estreitas, técnicas e repletas de armadilhas.

A maioria das classificativas decorre em estradas estreitas e sinuosas de montanha, muitas delas fora das vias públicas habituais. Nessa altura do ano, o piso fica frequentemente coberto de folhas, terra e resíduos arrastados pelas chuvas, o que torna a condução ainda mais exigente. Trata-se, sem dúvida, de um rali muito estreito e traiçoeiro.

Os pilotos que triunfaram em edições anteriores sublinham a importância de evitar problemas e manter a precisão ao longo de todo o percurso. Nas últimas temporadas, as condições meteorológicas variaram entre a chuva intensa e o piso húmido, testando ao limite a concentração dos concorrentes. As estradas são extremamente sinuosas, com curva após curva, muitas ladeadas por valas, muros ou lancis, o que obriga a uma condução milimétrica. Um pequeno erro pode significar o fim da prova.

É considerado por muitos o rali mais sinuoso disputado em asfalto. Se alguns ralis se dizem de “mil curvas”, o Japão poderia reclamar “cinco mil num único troço”. A natureza técnica do percurso exige um volume enorme de notas por quilómetro e uma comunicação quase contínua entre piloto e navegador. Não há grandes retas, mas sim uma sequência constante de curvas. Quando se encontra o ritmo certo, a condução pode tornar-se fluida e até divertida, embora o risco esteja sempre presente.

Nas margens das estradas há frequentemente precipícios, bermas elevadas ou canais de drenagem. Cortar demasiado uma curva pode resultar em um furo ou mesmo danos graves no eixo. As classificativas de montanha, rodeadas por árvores altas, são sombrias e húmidas, criando uma atmosfera peculiar. A luz solar raramente atravessa a copa densa das árvores, e quando chove, o piso fica extremamente escorregadio, com risco de aquaplanagem em vários pontos.

As condições climatéricas variam muito: da humidade persistente ao risco de neve, tudo pode acontecer. O asfalto, coberto por musgo e folhas, oferece boa aderência quando seco, mas torna-se traiçoeiro com a chuva. O contraste entre troços com e sem aderência é difícil de prever. Em muitos troços, a visibilidade é tão reduzida que os pilotos recorrem aos faróis mesmo durante o dia. O Rali do Japão, com o seu ambiente sombrio e imprevisível, continua a ser uma das provas mais desafiantes e fascinantes do Mundial.

1ª etapa Quinta-feira 6 de novembro

Shakedown (Kuragaike Park) 2.75 km 00:01

Início – Toyota Stadium 06:30

PEC1 Kuragaike Park SSS 2.75 km 07:05

Sexta-feira 7 de novembro

PEC2 Inabu / Shitara 1 17.08 km 22:06

PEC3 Shinshiro 1 17.41 km 23:29

PEC4 Isegami’s Tunnel 1 19.66 km 01:02

Reagrupamento – Toyota Stadium – 20 mins 02:37

Serviço B – Toyota Stadium – 40 mins 02:57

PEC5 Isegami’s Tunnel 2 19.66 km 04:35

PEC6 Inabu / Shitara 2 17.08 km 05:53

PEC7 Shinshiro 2 17.41 km 07:16

2ª etapa, Sábado 8 de novembro

PEC8 Obara 1 16.44 km 22:23

PEC9 Ena 1 21.25 km 23:34

PEC10 Mt. Kasagi 1 21.74 km 01:05

Reagrupamento – Enakyo Park – 59 mins 01:55

PEC11 Mt. Kasagi 2 21.74 km 03:35

PEC12 Ena 2 21.25 km 05:08

PEC13 Obara 2 16.44 km 06:21

Reagrupamento – SkyHall – 56 mins 07:36

PEC14 Toyota City SSS 3.05 km 08:35

Assistência flexível E – Toyota Stadium – 45 mins 09:10

3ª etapa, Domingo 9 de novembro

PEC15 Nukata 1 20.23 km 23:39

PEC16 Lake Mikawako 1 13.98 km 00:35

Reagrupamento – Okazaki Chuo Sogo Park – 15 mins 01:35

PEC17 Okazaki SSS 1 1.98 km 01:53

PEC18 Okazaki SSS 2 1.98 km 02:04

Reagrupamento – Okazaki Chuo Sogo Park – 25 mins 02:22

PEC19 Nukata 2 20.23 km 03:33

PEC20 Lake Mikawako 2[Power Stage] 13.98 km 05:15

Final – Toyota Stadium 06:45