Que caminho para o WRC: térmico, elétrico, ambos e com que combustível?

Por a 29 Outubro 2022 13:52

Em declarações ao MotorSport.com, Andrew Wheatley, diretor de ralis da FIA revelou que os detalhes do futuro do Mundial de Ralis, após 2024, estão ‘decididos’ na sua grande maioria.

Há muito que a FIA pretende decidir o que fazer com o WRC para lá de 2024, e não falamos somente de carros e motores. O ‘mapa’ da disciplina em termos gerais anda a ser discutido há muito e quando este novo ciclo e carros e regras apenas começou, a FIA quer decidir rapidamente o próximo passo, de modo a que se trate de tudo atempadamente e também muito importante, deixe espaço para que uma marca ou marcas decidam vir para o WRC e tenham tempo para se preparar.

Nesse contexto a FIA já falou com os fabricantes atualmente envolvidos nos ralis, mas também com outros potenciais ‘candidatos’ de modo a definir o novo ciclo de regras que possa agradar ao máximo de construtores possível.

Ao fim ao cabo é do que se trata, pois só ‘tomando o pulso’ ao que dizem os construtores se consegue criar algo que os una, e essa é de longe a maior dificuldade de todo o processo.

No passado, tudo isto era simples, pois passava por definir limites, balizá-los, mas hoje em dia as coisas são bem mais complexas, pois a própria indústria não sabe com boa dose de certeza para onde ruma…

Em declarações ao Motorsport.com, Andrew Wheatley disse que “eu diria que 70% está delineado”, mas quando Wheatley diz que falaram com fabricantes que não estão envolvidos para tentar para onde vai o mundo automóvel, é aí que a ‘porca torce o rabo’: “ninguém tem uma visão concreta de como será o futuro”.

Como se calcula, neste contexto é muito difícil criar algo que muitos acolham. Porque se os construtores não sabem para onde vão, nunca lhes fará sentido apostar numa ‘coisa’ que ninguém sabe se é o caminho certo.

Portanto, o que a FIA tem de fazer é escolher um caminho e esperar que seja bem acolhido.

A única grande vantagem que há é que o futuro pode ser muita coisa, e não uma só, e isso abre boas perspectivas não só para os ralis mas para todo o desporto automóvel pois é e será, como sempre foi, uma plataforma fantástica para testar, desenvolver tecnologias e promover produtos.

Por fim, como se calcula, o que os adeptos veem dos carros, até pode não mudar muito, pois o que verdadeiramente importa é o que lá está dentro. O que está verdadeiramente em jogo é que combustível ou que tipo de motor os carros vão ter: térmico, elétrico, ambos e com que combustível, se for térmico.

O caminho que for escolhido, já existe como tecnologia, se qual for, mas será melhor em 2025, pois em três anos muita coisa mudará…

Agora resta esperar que a FIA acerte na ‘bala de prata’…

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