Para o futuro do WRC, há uma opinião que é geral: “custos têm que baixar”

Por a 19 Maio 2023 11:29

A FIA, o Promotor do WRC e as equipas andaram numa roda viva na semana do Rali de Portugal depois do diretor técnico da FIA François-Xavier Demaison ter aberto da ‘Caixa de Pandora’ com as declarações que fez ao Dirtfish quanto ao putativo futuro a médio prazo do WRC e a possibilidade do sistema híbrido acabar no WRC.

As conversas alargaram-se muito para lá da questão técnica e há mesmo quem diga, Cyril Abiteboul, que “a melhor tecnologia é a que serve os interesses do desporto”, significando isto que as conversas não se devem centrar somente na tecnologia, embora isso seja importante. Entre muitas coisas que se falaram, uma delas, é o corte nos custos.

Não é novidade para ninguém que um ‘player’ começa a dizer que uma ‘coisa’ é cara quando o retorno que obtém dela é curto ou inexistente. Richard Millener, chefe de equipa da M-Sport, tem uma opinião muito clara a dizer disso: “o principal objetivo deve ser ‘comercializar’ melhor o desporto. Custou milhões à Liberty Media fazer o que estão a fazer, mas vejam o retorno que estão a ter agora com a F1″. E tem toda a razão.

A falta de atenção que o WRC tem vindo a ter, de há uns bons anos para cá, nada tem a ver com a tecnologia, mas sim com tudo o que envolve o Mundial de Ralis.

Os orçamentos são só uma parte importante disso tudo, porque se os orçamentos das equipas descerem muito, isso pode fazer com que mais construtores achem que “agora já vale a pena”. É como nós quando gostamos e queríamos comprar uns sapatos ou umas calças, mas esperamos pelos saldos. Passe expressão e fique a ideia.

Existia a ideia de tornar os novos Rally1 mais baratos que os últimos WRC. Não aconteceu.

Por isso na FIA já se dá como exemplo o sucesso dos Rally2, pois com os regulamentos que limitaram o preço dos carros estes têm sido um enorme sucesso. Basta ver o número de Rally2 que correm em todos os campeonatos e isto já começou a crescer há 10 anos. Portanto, este é um caminho, tornar o desporto, começando pelos carros, mais barato.

“Temos de baixar os custos” é algo que ninguém contrapõe. Mas pelos vistos que se está a chegar à conclusão que é preciso atuar em várias áreas do Mundial de Ralis e não só nos carros ou no seu custo: “é tudo uma questão de retorno do investimento que será comparado com as diferentes opções desportivas que os fabricantes de automóveis têm”, disse Abiteboul.

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kkk698
kkk698
1 ano atrás

Oxala, não vão pelas ideais do CEO sa Stellantis, e do CEO da Renault.
Pois a verificar se esses pressupostos , vão ter rallys as moscas, e não sei mesmo, se muita gente não vai protestar, tendo mesmo a possibilidade de boicotar qualquer teste.
Não vale tudo, pra enganar os aficionados.
Pensem bem!

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