WRC: Ogier acaba seca de seis meses com vitória na Alemanha

Por a 21 Agosto 2016 12:34

E vão três. Não é um número de vitórias muito usual nos últimos anos para Sébastien Ogier em pleno mês de Agosto, com nove provas realizadas, mas é um facto. O campeão do mundo voltou a ganhar após seis meses sem sentir o gosto da vitória. Numa prova imaculada, o piloto da Volkswagen superou a concorrência e ofereceu nova vitória à marca no rali em que o responsável da equipa, Jost Capito, se despede para rumar à Fórmula 1.

Ogier encabeçou uma classificação em que o pódio foi completado por homens da Hyundai. Num grande espectáculo durante todo o fim-de-semana, Dani Sordo e Thierry Neuville fizeram segundo e terceiro, respectivamente, pela diferença mínima. O espanhol superou o belga por apenas um décimo de segundo. Já Ogier acabou mais confortável, com 20,3 segundos de vantagem sobre Sordo.

“É um óptimo sentimento. Senti muito a falta de ganhar. Foi muito tempo. Tive a hipótese de vencer aqui e aproveitei. É bastante bom para o campeonato. Tivemos uma batalha fantástica com o Andreas, o Thierry e o Dani. Tivemos de andar depressa para os bater. Esta vitória é para o Jost (Capito). Eu disse-lhe que esta seria para ele”, afirmou Sébastien Ogier.

O Rali da Alemanha começou por ser liderado por Sébastien Ogier. Num troço caótico com vários abandonos – Latvala por quebra da caixa de velocidades do Polo, Éric Camilli após acidente e várias equipas do WRC2 que também ficaram pelo caminho – o francês entrou da melhor forma. Mas foi Andreas Mikkelsen que, de seguida, se impôs e passou para a frente. O norueguês comandou ao longo do dia, primeiro com Neuville mais perto e, depois, novamente com Ogier. Na etapa de abertura, quase ninguém passou pelos troços sem erros ou problemas, tal a exigência das classificativas definidas numa região vinhateira da Alemanha.

No segundo dia, Mikkelsen começou melhor mas acabou por perceber que nas especiais em terreno militar, o poder de ataque de Ogier era impossível de suster. O campeão do mundo apostou, essencialmente, na especial mais longa do dia. Os 40,8 km de Panzerplatte foram percorridos por duas vezes e tornaram-se decisivos. Na primeira vez, Ogier bateu Mikkelsen por 13,5 segundos. Na segunda, deixou o norueguês a 13,1 segundos. Se no início da etapa era segundo a 4,3s do líder, no final de sábado, o campeão do mundo dispunha de uma vantagem confortável para gerir no domingo. Eram 33,4 segundos que o francês tinha para gerir. E fê-lo com naturalidade para conquistar novo triunfo e consolidar o primeiro lucarna classificação do mundial que lidera com 169 pontos.

Com a questão do primeiro lugar resolvida, as atenções centraram-se pelos lugares secundários do pódio. Andreas Mikkelsen, que liderou, acabou em queda. No final de sábado ainda era segundo, mas o norueguês não aguentou a rapidez de Sordo e Neuville no asfalto alemão. Apesar das tentativas, ao ponto de ficar sem travões (que acabaram por pegar fogo) no derradeiro troço, Mikkelsen acabou em quarto. Pelo contrário, Sordo andou grande parte do rali em quarto. Subiu a terceiro na derradeira especial do segundo dia e terminou a secundar Ogier naquele que foi um bom regresso do espanhol depois de ausência no Rali da Finlândia por lesão. Thierry Neuville também se mostrou habitualmente competitivo e não fossem alguns erros no primeiro dia, teria a possibilidade de discutir o triunfo e repetir o feito de 2014. Assim, teve de se contentar com o terceiro posto.

Resignado com a sua prestação, Hayden Paddon acabou em quinto. “Creio que seria o lugar em que terminaria mesmo sem problemas”, revelou o neozelandês. Para o piloto da Hyundai, o importante foi ter ganho experiência e ter percebido que ainda precisa de melhorar bastante nas provas de asfalto. Quem mostrou alguma velocidade num piso que não é o seu preferido foi Ott Tanak. O estónio fez alguns tempos interessantes e ficou satisfeito por ter “percebido melhor o funcionamento dos pneus”. Mas um problema de alternador no Fiesta durante a segunda etapa impediu-o de se classificar melhor do que o 33º posto da geral.

Sempre com dificuldades em andar depressa, Mads Ostberg voltou a somar pontos devido à constância das suas prestações. O norueguês cometeu alguns erros e sentiu dificuldades em acompanhar mesmo os adversários mais directos. O sexto lugar a mais de quatro minutos reflecte essa impotência.

No WRC2, Esapekka Lappi voltou a mostrar que não é apenas rápido em ralis de terra. O finlandês da equipa oficial Skoda mostrou grande andamento e aproveitou a oportunidade para somar o máximo de pontos neste campeonato. Jan Kopecky ficou em segundo e Armin Kremer foi terceiro num pódio totalmente ocupado por carros da marca checa.

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