O que pensa Yves Matton sobre as queixas de Ogier

Por a 9 Junho 2016 18:08

A exemplo do que aconteceu em Portugal, Sébastien Ogier voltou a queixar-se da ordem de partida, dizendo que “é totalmente irrealista falar de possível vitória na Sardenha”. Efetivamente, tendo em conta o tipo de prova, esta é daquelas em que partir na frente é realmente mau, pois há ainda mais terra para limpar do que em Portugal, por exemplo: “ficarei feliz se chegar ao pódio, parece-me realista apenas lutar com o Mikkelsen e o Ostberg, os pilotos que estarão logo atrás de mim”, revelou. É verdade que esta é uma situação incómoda para si, mas o que aconteceu em Portugal, com um piloto a partir muito atrás e a ter condições de vencer o rali, já não sucede na Sardenha e Yves Matton, em declarações ao AutoSport, tem uma visão muito própria sobre o tema: “Do meu ponto de vista, há duas formas de ver esta situação. E para mim é muito fácil compreendê-la porque estamos a participar no WTCC e nos turismos temos também uma grande desvantagem com o lastro, e com certeza não estou satisfeito com isso. Se olhares apenas para o aspeto desportivo, não é a melhor situação. Mas para o interesse do campeonato, não é mau. Depois, o Ogier fala muito quando diz que é uma grande desvantagem para ele, mas esquece-se de dizer que no asfalto não é uma desvantagem. Que na Suécia, dependendo do tempo, pode ser vantajoso ser o primeiro na estrada. Que na Finlândia, se estiver a chover, é melhor ser o primeiro na estrada. No final, talvez em 60% do tempo ele esteja em desvantagem, mas não a penalização não é tão elevada como ele diz. Mais: os pilotos que estão a lutar contra ele pelo campeonato têm a mesma posição na estrada. Se forem segundos classificados no campeonato são os segundos a ir para a estrada. E agora vimos também que na Argentina ele não foi capaz de bater o Paddon no último troço e que em Portugal foi batido pelo Mikkelsen nas mesmas condições”, disse.

@World/ A Lavadinho/ A Vialatte

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4 comentários

  1. Kankkunenfan

    9 Junho, 2016 at 22:14

    Este JLA e a sua incompreensão do que é anti desportivo e do que é tolerável. Está a ver o seu piloto favorito? Então imagine que é ele a abrir e repare se escreveria tanto sobre este tema. Se fosse um piloto Citroen Matton falaria de outra forma, tal como foi um dos que puxou a qualifying Stage em 2012, quando nos anos anteriores Loeb só abria uma etapa!! Ai e tal mas no asfalto (erro grosso quando dizem que tem vantagem a abrir em TODOS RALIS DE ASFALTO do campeonato, se chover na Finlândia, se na Suécia chover pregos 2 minutos após Ogier sair para a estrada em todas pec etc etc.. deixem-se de parolices!! Faz disto jornalismo? E olhar para as coisas em condições normais, não? pois, talvez não, pois esta regra também não foi pensada nem aplicada de tal forma. Na história do mundial de ralis nunca algum campeão foi tão penalizado, quer gostemos de Ogier quer não. Depois comparar o lastro com abrir a estrada, também não deixa de ter a sua piada e note uma coisa “sr jornalista”! Ogier não se queixa! Vejo talvez mais vezes rali do que você. Ogier apenas responde ao que lhe perguntam. Se lhe perguntam como está a correr, claro que diz que está difícil face à sua posição. E até chora pouco, pois há um ano atrás, Paddon chorava por sair muito atrás e apanhar pedras enormes. Tal como Meeke após ter vencido no ano passado a Argentina e ter feito 4º em Portugal, chegou à Sardenha a sair dentro dos 5 primeiros. Vá rever o quanto chorou e quantas vezes mencionou palavras como “very slippery” e nada fez a não ser um 24º lugar. Esta regra não passa de uma forma de nivelar o WRC por cima, sendo que resulta em vitórias impossiveis em condições normais e isso vê-se quando chegam a 3º ou 4º do campeonato. Falo em sairem em 3º ou 4º para a estrada, imagino se saíssem em 1º! deixe-se de chorar caro JLA, não é por nada que só “os miúdos” que actualmente militam na caravana do WRC defendem esta regra. Pergunte a Prokop, Kubica (e são privados, só têm a ganhar) Ostberg, Latvala ou ao Sordo. E Ostberg tem sofrido com isso, contudo não é por sair em 2º que perde tempo no AS.pt, Ostberg apenas é lento ou o Fiesta não deve estar ao nivel dos restantes carros. Uma birra caro JLA ainda se percebe, agora não chore tanto para tentar passar o que não é verdade. Você gosta de todos, excepto Ogier. Que tal um artigo da pec de Ponte de Lima, onde Paddon e Tanak saíram de estrada em Portugal? Oito pilotos passaram lá e foi-lhes atribuído um tempo. Já o Meeke sem passar ganhou mais de 14s a Ogier, que tal ir rever na história da modalidade onde isto foi aplicado? E olhe que face ao numero de saídas de estrada de Meeke, onde saíram 2 podiam ter saído 3 ou 4. Só uma ideia, artigos descabidos por artigos descabidos, venha o diabo e escolha. É que entre Ogier e quem escreve este tipo de artigos, não sei quem é mesmo o queixinhas, palavra impecável para descrever o que Ogier diz em relação a isso.

  2. Kankkunenfan

    10 Junho, 2016 at 0:06

    Impossível que Matton tenha dito isto, adorava ver a fonte!! “Mais: os pilotos que estão a lutar contra ele pelo campeonato têm a mesma posição na estrada. Se forem segundos classificados no campeonato são os segundos a ir para a estrada. E agora vimos também que na Argentina ele não foi capaz de bater o Paddon no último troço e que em Portugal foi batido pelo Mikkelsen nas mesmas condições”, disse.” sair em 1º é igual a sair em 2º? Na Argentina Ogier após abrir todas etapas entra na ultima a quase 30s de Paddon. Paddon tinha a sua primeira vitória nas mãos e basta ver o onboard para ver como arriscou, Ogier tinha o quê para ganhar? Mais 3 pontos para se afirmar frente a um piloto que estava a ganhar a sua primeira vitória? Em Portugal, igual. Após varrer durante 80% do rali entra para a ultima etapa na frente de Mikkelsen, mas a quantos pontos de Ogier está Mikkelsen, mesmo? Ogier foi inteligente (coisa que próprio Matton dizia ser virtude de Loeb, saber quando não atacar e pensar no campeonato) até porque com a vitória na Power Stage, Ogier saiu de Portugal a perder apenas 1 ponto para Mikkelsen. Mas eu explico o porquê destes comentários caro JLA, lembra-se da noticia anterior “Rali da Sardenha: Hayden Paddon vai ‘vingar’ Portugal?” antes de a editar por completo, uma vez que o caro julgava que estávamos a ir para o rali de Portugal e não para o da Sardenha? Pois, é que se já raramente aqui venho, essa sua “peça” estava hilariante, contudo, também contradizia Matton. A uma tecla no pc que guarda essas pérolas para mais tarde recordar. Quanto aos ao sistema de negativar comentários, só mostra a visão dos leitores. É precisamente isso que a Gmbh, (engraçado, que junto com a Red Bull Media House é sob alçada tambem da “sportsman media holding”) Jarmo Mahonen e a cambada da FIA querem. Leitores como os vossos, que não percebam nada de ralis, apenas que vejam vencedores diferentes. É sempre engraçado ver um tricampeão a dizer que apenas pode lutar pelo pódio. E curioso, porque não perguntaram a Matton o que achou da retirada dos spli time onboard? Seria uma peça interessante se os verdadeiros adeptos não tivessem outros sites ou não vissem as conferências, entrevistas ou artigos de pessoas ligadas ao mundial a dar os seus pareceres. Como foi o meu caso, comentei e nem tinha lido o ultimo parágrafo. É muito simples quando se lêem disparates logo no inicio do artigo.

    • André Bettencourt Rodrigues

      10 Junho, 2016 at 18:21

      Caro Kankkunenfan, a notícia e o artigo foram efetivamente escritos e publicados pelo meu colega José Luís Abreu, mas o seu conteúdo, nomeadamente as declarações de Yves Matton, foram recolhidas por mim, numa entrevista que pode ler esta semana no AutoSport. Em parque fechado, após a vitória de Kris Meeke no Rali de Portugal, com gravador, e com outros jornalistas presentes que as podem confirmar. Cumprimentos.

      • Kankkunenfan

        10 Junho, 2016 at 22:25

        Boas, agradeço a resposta mas sendo que se trata de uma gravação e como na imprensa não é nada estranho este tipo de conteúdos, prefiro acreditar que seja mais baseado nas declarações que se podem ler no Autosport Uk de 26 de Maio, pag 32 e 33. Mas darei o beneficio da duvida, Matton está de fora, engraçado como 3 equipas pagam forte e feio para fazerem a totalidade do campeonato e uma outsider que se diz privada, pode chegar ver e vencer como se o campeonato onde militam as restantes 3 (2 oficiais) andassem a penar no campeonato. E com isso tiram todo retorno e mediatização dessa vitória. Porque não perguntou isso a Matton? Talvez porque as respostas de Matton em grande parte o resultado de perguntas sem nexo. Tal como dizer que Ogier não atacou no ultimo dia do rali de Portugal. Matton viu mal o rali (nos ralis isso é facil, só as vitórias ficam) pois Ogier furou na primeira pec do ultimo dia e sem pneu suplente iria hipotecar todo um rali para vencer a Mikkelsen? Mesmo assim venceu a Power Stage. A questão, de facto, pode não ser mesmo a imparcialidade do Jornalista JLA ou sua. A questão é mesmo não perceberem que nem schumacher ou Hamilton saíram da grelha quando campeões, Loeb até foi favorecido em 2012, algo que Ogier diz hoje “quem me dera abrir a primeira etapa como Loeb e fazer a qualificação para o segundo dia”! Veja-se ao ponto que chegou. Ponto crucial que poderiam ver bem e tratar aqui no AS (só porque foi sucessor de Loeb e não precisou de uma toda equipa virada para ele, ordens de equipa, como se viu por cá, FIA a dar-lhe benesses como a de 2012 etc) pois poderiam pôr-se do outro lado. É que hoje por exemplo, não vejo pela 2ª vez consecutiva o Paddon (que após ter vencido um rali por aqui virou um pilotaço) pilotos a fazer grandes tempos a sair de trás há muitos, até o Prokop está a voar baixinho! Mas fica a dica, para quê gastar milhões quando uma marca pode tirar retorno com algumas presenças? Se não vencerem, sobem ao pódio e não precisam de 20% do orçamento das equipas que se inscrevem na totalidade do campeonato, depois há a questão anti desportiva, que por aqui isso parece não existir. Com isso só posso acreditar que a redacção dos anos 80 ou 90 não pode ser a mesma ou ter um unico membro, não ficou um com a visão do que sempre foi o mundial de ralis. E sinceramente, Matton é a escolha perfeita para falar deste tema, sem duvida. Cumprimentos. Na verdade parece que quero mudar mentalidades acima, exagerei, mas acreditem (vão lá fora cobrir os restantes ralis, têm alguém na Sardenha ou vão publicar artigos de terceiros?) que cada vez mais se fica farto de não ver o verdadeiro valor dos pilotos traduzido nos tempos e resultados. Tanto Paddon como Meeke já abriram a boca e cairam a seguir, logo, não pode haver aqui disparate algum. É caso para dizer: “quanto mais sobes na tabela do WRC, maior é a queda”! Com Meeke no ano passado e vê-se com Paddon este ano. Quanto ao facto de nas segundas passagens os 2/3 da frente já não limparem.. é só ir ver, pois parece que a Sardenha é o maior exemplo do quanto se pode perder. Ao olhar para os que saem atrás de si, facilmente se percebe que Ogier tem de estar a andar muito para se colocar onde está. Mas sim, o que vende “é disso mesmo” a questão é que uma coisa é dizer que eu posso voltar a ler uma edição da revista AS.pt, outra é eu querer!! Por parte do que escrevi acima e porque não sei se realmente vendem mais ao “crucificar o morto” e continuar no sensacionalismo. Na grande verdade todos sabemos o poder que a Citroen sempre teve na FIA, logo Matton é o melhor exemplo para falar de ordens de saída ou de qualquer regra no actual WRC. Mas isso não interessa nada, desde que uma capa a dizer asneiras venda.. Cumprimentos

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