MEMÓRIA, Vendas influem nos orçamentos da equipas: do carro de série para o WRC…

Por a 5 Outubro 2022 16:46

Há 20 anos, era assim, hoje não mudou muito, para não dizer, nada. As únicas diferenças é que na altura o mercado automóvel era algo ‘evidente’, mas as marcas sabiam para “onde iam” e o que tinham de fazer. Hoje em dia, a União Europeia pensa uma coisa, a Ásia já está à frente com outras ideias e a América em quatro anos compromete-se com uma coisa, e nos quatro anos seguintes, muda tudo de novo. A instabilidade a vários níveis tem sido muito complicada. Por exemplo, a indústria automóvel, só em 2021, perdeu cerca de 210 mil milhões de dólares de receitas e pelos vistos as vendas globais de automóveis continuarão a crescer globalmente, mas espera-se que a taxa de crescimento dos 3,6% nos últimos cinco anos, para cerca de 2% até 2030 e isso irá ser influenciado pelo que já está a suceder há algum tempo: fatores macroeconómicos, aumento de novos serviços de mobilidade, etc.

Por outro lado em 2025, 25% dos automóveis vendidos terão motores elétricos, contra os atuais 5%, mas 95% dos carros nas estradas continuarão a depender de combustíveis fósseis, pelo menos em parte (cada vez mais híbridos) e portanto os fabricantes de automóveis terão de tornar os motores de combustão interna cada vez mais eficientes para cumprirem as novas normas.

No meio disto tudo, e este é um aspeto por vezes esquecido, apesar de essencial, a venda de automóveis continua a garantir a subsistência de uma equipa do WRC, ao mesmo tempo que beneficia dos seus resultados. Como? O patrão da Peugeot Sport, entre 1998 e 2005, Corrado Provera explicou: “Os nossos estudos de mercado indicam que os nossos modelos de série são ‘performantes’, atraentes e competitivos, pelo que o dinheiro que advém da sua venda permite-nos ter uma estrutura profissional e capaz. Como resultado, as nossas vitórias contribuem para um sentimento de orgulho, da empresa e das pessoas que compram um Peugeot, atraindo, desta forma, mais clientes. Existe uma legitimidade em estar presente no desporto automóvel, desde que se tenha um produto, ou vários, de qualidade, pois se os nossos carros não fossem de qualidade, de que nos serviria estar no ‘Mundial’ de Ralis?

É o fator inicial de qualidade e imagem dos carros de série que leva ao envolvimento de uma marca neste desporto e que, por sua vez, potencia essa imagem junto dos compradores.

Em suma, um ciclo em permanente evolução…” Os concessionários agradecem!

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