Incêndios em Portugal: Troços do Rali de Portugal afetados

Por a 26 Agosto 2025 20:37

Nas últimas duas semanas, Portugal foi novamente mergulhado num cenário de tragédia, com uma vaga de incêndios rurais de proporções catastróficas a consumir vastas áreas do Centro e Norte do país. O que começou com múltiplos focos de ignição, potenciados por uma onda de calor extremo, baixa humidade e ventos fortes, rapidamente evoluiu para incêndios incontroláveis que se estenderam por uma imensa extensão de território, deixando uma cicatriz profunda na paisagem e nas comunidades.

No passado, os fogos já tinham afetados troços da prova portuguesa do WRC, Góis, por exemplo, e desta feita foi a vez da Lousã e ‘metade’ de Arganil. O troço da Lousã foi completamente devastado com a passagem do fogo pela Serra da Lousã e Arganil ardeu em cerca de cinco quilómetros. Toda a zona inicial, os saltos a descida para o Sardal, ardeu, e um pouco para lá do gancho do Sardal.

Na Lousã, a zona de Vilarinho foi muito afetada (a parte final do troço) bem como toda a zona inicial. Foi muito falada a aldeia do Xisto do Talasnal, que não fica longe da EN 236, por onde o fogo andou muito.

Como é lógico, isso em nada afeta os troços, que estarão prontos para o Rali de Portugal de 2026 se o ACP assim o entender, mas a paisagem dificilmente estará muito verde, como é hábito.

Esta é apenas uma curiosidade, pois o que é verdadeiramente dramático é o que passaram as populações e vão continuar a passar muitas das pessoas afetadas.

Como se sabe, a crise começou em meados de agosto, com ignições quase em simultâneo em distritos como Coimbra, Viseu, Guarda, Vila Real e Castelo Branco. As condições meteorológicas adversas criaram o que os especialistas descrevem como uma “tempestade de fogo”, com projeções que galgavam estradas e aceiros, tornando o combate extremamente difícil e perigoso.

Regiões como o Pinhal Interior, a Serra da Estrela e zonas de Trás-os-Montes foram particularmente fustigadas. Aldeias inteiras foram evacuadas à pressa, muitas vezes no meio da noite, com as populações a deixarem para trás as suas casas e uma vida de trabalho. As imagens de chamas a lamberem as habitações, de animais a perecerem e de florestas a serem reduzidas a cinzas dominaram os noticiários, reavivando as memórias dolorosas de outras grandes tragédias, como a de 2017.

Em suma, a vaga de incêndios de agosto de 2025 deixou um rasto de destruição ambiental, económica e social. Mais do que um desastre natural, foi vista pela opinião pública como o resultado de décadas de negligência na gestão da floresta e de falhas na estrutura de comando da proteção civil. O drama cíclico repetiu-se, e com ele regressaram as mesmas perguntas que ficam sempre por responder: desta vez, serão tomadas as medidas estruturais necessárias ou voltaremos a assistir à mesma tragédia no próximo verão?

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1 comentários

  1. [email protected]

    26 Agosto, 2025 at 20:57

    Pois… ver as zonas de Arganil & Lousã ardidas faz-me doer o coração.
    E obviamente para não falar em como isto afecta as populações locais!
    Nem tudo foi fogo posto, claro, mas os incendiários apanhados em flagrante (ou com provas irrefutáveis) deviam ser atados a uma árvore…

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