Diga-nos o que pensa das regras da ordem de partida do WRC

Por a 24 Agosto 2016 09:14

Foi no Rali de Portugal que Sébastien Ogier fez o maior ataque às regras que obrigam o líder do Mundial de Ralis a partir dois dias na frente, isto depois de há muito ter vindo a falar sobre o assunto, e da sua injustiça. já muito foi dito e escrito, todos têm a sua opinião, há quem defenda umas coisas, outros pensam de forma diferente. Por isso, numa altura em que estão a ser discutidas as regras do WRC 2017, neste artigo, vamos recordar tudo o que escrevemos desde essa entrevista. Dessa forma, lendo  de baixo para cima, pode recordar tudo o que foi escrito. No final, depois de ler o que pensam vários dos envolvidos no fenómeno do WRC, dê-nos a sua opinião em forma de comentário, de modo a ficar a saber o que pensam os adeptos portugueses desta questão, ficando dessa forma tudo aqui registado neste artigo. Há muitos leitores que já comentaram noutras alturas, se necessário for basta procurarem os seus comentários nos diversos artigos.

6 – WRC: ALAIN PENASSE “ESTE ANO AS REGRAS PERMITIRAM SEIS DIFERENTES VENCEDORES NO WRC. O QUE HÁ DE ERRADO NISSO?”

O Team Manager da Hyundai, Alain Penasse falou aos jornalistas no Rali da Alemanha, referindo que o WRC não precisa de alterar a ordem de partida existente: “Este ano as regras permitiram seis diferentes vencedores no WRC. O que há de errado nisso? Para mim a situação está bem. tivemos nove anos de Loeb e isso para mim foi suficiente. As regras devem permanecer como estão”, disse, voltando a um assunto que pelos vistos vai permanecer na ordem do dia no Mundial de Ralis.

5 – WRC: YVES MATTON RECEPTIVO A UMA “EVOLUÇÃO” DA ORDEM DE PARTIDA NAS PROVAS DO WRC

Depois de ter dito aos microfones do AutoSport que Sébastien Ogier se queixava em demasia da ordem de partida, uma vez que existem ralis onde esta é vantajosa, Yves Matton mostra-se agora receptivo à “evolução” da questão.

“Em primeiro lugar, se mudarmos a regra, deve ser uma solução a longo prazo uma vez que já a alterámos muito no passado”, disse ao motorsport.com. “Pessoalmente, sou a favor de uma evolução desta regra, mas fomos demasiado longe com este assunto e se mudarmos, é evitar falar sobre o assunto. Quero que no próximo ano, se a Citroën vener um rali, que todos sintam que vencemos devido à nossa performance, não por termos tido uma melhor posição na estrada ou outro acessório”.

Matton disse depois que a solução perfeita não existe: “Com certeza que nunca será perfeita. É impossível nos ralis encontrar uma solução perfeita. Mas iremos encontrar algo melhor e estou aberto à mudança”, concluiu.

Após vencer em Monte-Carlo e na Suécia, Ogier abriu a estrada nos primeiros dois dias de competição nos seis ralis de terra seguintes, falhando a vitória em todos e com isso enfrentando a maior ‘seca’ de triunfos desde 2010. Ainda assim, o francês continua a liderar confortavelmente a classificação, com 45 pontos de vantagem sobre o colega de equipa Andreas Mikkelsen à partida do próximo Rali da Alemanha, o primeiro de três ralis consecutivos em asfalto.

4 – WRC: OGIER ‘AMEAÇA’ SAIR DO WRC CASO NADA MELHORE QUANTO À ORDEM DE PARTIDA

Em declarações ao MotorSport News, o patrão da Volkswagen Motorsport, Jost Capito revelou recear que Sébastien Ogier possa deixar o WRC em 2017 se a questão da regra das ordens de partida não for alterada…para melhor, de acordo com o seu ponto de vista. O piloto francês não vence qualquer prova do Mundial de Ralis desde o Rali da Suécia, e apesar de comandar o Mundial com grande avanço, não está contente com o que diz ser uma regra injusta e da qual fala quase em todas as provas em que a sua posição na estrada não é a melhor.

No passado recente, o líder do Mundial abria a estrada somente no primeiro dia de prova, mas passou a fazê-lo nos dois primeiros dias e agora com a evolução das restantes equipas, especialmente Hyundai com o novo carro e a Citroën a partir tão de trás, vieram colocar muito mais pressão em Ogier, cuja classe já não chega para perder nos dois primeiros dias e recuperar no terceiro. Até porque este ano os pilotos que regressam em Rally2 já não partem na frente no segundo dia de prova, facto que atenuava um pouco as perdas de Ogier em ralis como México, Argentina, Portugal, Polónia, etc.

Fala-se inclusivamente na possibilidade da FIA estender a regra ao terceiro dia de prova, e isso pode ser a gota de água para Ogier. Jost Capito já avisou que o risco passa pelo WRC perder o seu Campeão: “Penso que ele pode sair do WRC. Perguntem-lhe, mas eu sei como ele pensa. Talvez isso não seja mau segundo o ponto de vista de algumas pessoas”, disse Capito ao MotorSport News.

O que pensava Ogier no Rali de Portugal

Sebastien Ogier chegou a Portugal depois de duas ‘derrotas’, no Rali do México e na Argentina e foi aí que começou a falar com mais vigor desta questão da ordem de partida. Nunca até à prova portuguesa a VW tinha perdido três ralis seguidos desde que chegou ao WRC em 2013, e em Portugal foi o que se sabe e a série continuou na Sardenha e na Polónia. Quando o questionámos quanto ao que esperava da prova portuguesa a resposta saiu célere: “Não sei, o ano passado fiz tudo o que podia. Não foi possível vencer, mas ainda assim fiz um grande rali. Se pudesse escolher já, assinava já andar ao mesmo nível e um lugar no pódio. Se puder fazê-lo penso que seria um bom feito para nós. Não vejo algo que pudesse ter feito melhor desde o início desta época! Portanto deixo para vocês julgarem porque agora é diferente. Claro que há razões, e uma delas é a ordem de partida, pois cada ano é mais difícil abrir a estrada e agora atingimos um limite em que para mim é simplesmente impossível de vencer ralis. Já o ano passado foi difícil abrir a estrada e vencer ralis de terra quando o piso está seco. Não estou lutar contra pilotos estúpidos, há imensos pilotos com bons carro e já não é possível compensar.

Achas que está a pilotar como nunca? “No final da época passada disse que estava muito contente com o nível que atingi com o passar dos anos, mas até aqui, esta época não cometi muitos erros, dei sempre o máximo. É frustrante, difícil de aceitar quando se dá muito, muitas vezes mais do que antes e não é possível vencer. É frustrante, mas eu olho para o ‘filme todo’ pois quero ser Campeão no fim do ano. Portanto, marco tantos pontos quanto possível. Qualquer desportista entende a minha frustração, porque simplesmente não é desportivismo. É difícil, porque todos à minha volta, os membros das outros equipas entendem, porque sabem que não é correto. Todos temos interesses diferentes, mas eu sou o único que sofro. Portanto, sou o único que falo. Para ser honesto, gostava que isto parasse. Espero que quem gere o desporto perceba que isto assim é demais e que devemos encontrar um melhor compromisso para o futuro. É difícil os pilotos juntarem-se e mudarem as regras porque todos temos interesses distintos, é difícil encontrar pontos comuns. Mas temos vindo a falar disso, e penso que dos concordam em mudar para algo, diria, que faça mais sentido… Mas talvez haja ralis em que és beneficiado… “Sim? Digam-me um…” Catalunha? “Há rails em todo o lado, as condições são exatamente iguais para todos! Mas eu digo-te um, o Rali de Monte Carlo. Esse é vantajoso partir à frente. Concordo totalmente. Mas é o único em que tenho uma vantagem real. A Alemanha, se estiver a chover, sim, também é vantajoso, mas se estiver seco não é vantajoso abrir a estrada no campo militar porque está o piso todo sujo. Não quero ter vantagem, o que quero é que encontremos uma regra em que em todos os ralis os melhores pilotos lutem pela vitória em condições semelhantes. E há possibilidades para o fazer e é isso que devemos procurar” disse Ogier em Portugal. Duas provas depois, a questão continua e se olharmos para os números, são tudo menos normais. Parece natural que um piloto como Ogier não vença uma prova do WRC desde o Rali da Suécia? É o que acontece…

Ogier venceu em Monte Carlo e na Suécia, já no México, primeira prova em piso de terra e o vencedor foi Jari-Matti Latvala, que partiu da oitava posição. Na Argentina, venceu Hayden Paddon, que partia da quinta posição, em Portugal o vencedor foi Kris Meeke cuja ordem na estrada nos dois primeiros dias foi o 13º lugar, em Itália, triunfou Thierry Neuville, que era oitavo na estrada e finalmente na Polónia, foi a vez de Andreas Mikkelsen, com um furo de Ott Tanak na penúltima especial. Não há dúvidas que a ordem de partida é penalizadora, e a questão agora é saber o que é mais importante para o WRC.

Matton ‘responde’ a Ogier

É lógico que as regras penalizam quem lidera o campeonato, mas a diferença para quem está em segundo não é muito grande, e assim sucessivamente. É verdade que se torna difícil vencer ralis, mas na frente da tabela do campeonato as coisas não mudam muito. Veja o que pensa Yves Matton: “Do meu ponto de vista, há duas formas de ver esta situação. E para mim é muito fácil compreendê-la porque estamos a participar no WTCC e nos turismos temos também uma grande desvantagem com o lastro, e com certeza não estou satisfeito com isso. Se olhares apenas para o aspeto desportivo, não é a melhor situação. Mas para o interesse do campeonato, não é mau. Depois, o Ogier fala muito quando diz que é uma grande desvantagem para ele, mas esquece-se de dizer que no asfalto não é uma desvantagem. Que na Suécia, dependendo do tempo, pode ser vantajoso ser o primeiro na estrada. Que na Finlândia, se estiver a chover, é melhor ser o primeiro na estrada. No final, talvez em 60% do tempo ele esteja em desvantagem, mas não a penalização não é tão elevada como ele diz. Mais: os pilotos que estão a lutar contra ele pelo campeonato têm quase a mesma posição na estrada. Se forem segundos classificados no campeonato são os segundos a ir para a estrada. E vimos também que na Argentina ele não foi capaz de bater o Paddon no último troço e que em Portugal foi batido pelo Mikkelsen nas mesmas condições”, disse.

A verdade é que a questão está a ser discutida entre as mais altas esferas do WRC e esta ‘ameaça’ de Ogier, pela boca de Capito é claramente uma forma de pressão para influenciar a decisão. Aproveitando o facto de Matton ter referido os lastros do WTCC, vem bem a propósito e também se pode falar do BOP no Mundial de Endurance e afins. São meios que as ‘regras’ encontram para permitir que o espetáculo seja o melhor possível para o público, pois sendo verdade que todos concordam que é injusto para Ogier, se calhar é bem pior para o WRC ser sempre o mesmo a vencer, porque é bem de longe o melhor piloto de todos, claramente um dos melhores de sempre da história dos ralis.

O AutoSport falou há alguns meses em ‘off’ com um responsável da FIA e aí percebemos claramente que estão bastante bem mais inclinados em privilegiar o espetáculo, mesmo correndo o risco – sabe-se agora – que Ogier vá embora. Mas esta é uma excelente questão para os adeptos debaterem. Vencer sempre o mesmo porque é de longe o melhor piloto ou as regras ‘ajudarem’ que vários possam ganhar?

3 – O QUE PENSA YVES MATTON SOBRE AS QUEIXAS DE OGIER

A exemplo do que aconteceu em Portugal, Sébastien Ogier voltou a queixar-se da ordem de partida, dizendo que “é totalmente irrealista falar de possível vitória na Sardenha”. Efetivamente, tendo em conta o tipo de prova, esta é daquelas em que partir na frente é realmente mau, pois há ainda mais terra para limpar do que em Portugal, por exemplo: “ficarei feliz se chegar ao pódio, parece-me realista apenas lutar com o Mikkelsen e o Ostberg, os pilotos que estarão logo atrás de mim”, revelou. É verdade que esta é uma situação incómoda para si, mas o que aconteceu em Portugal, com um piloto a partir muito atrás e a ter condições de vencer o rali, já não sucede na Sardenha e Yves Matton, em declarações ao AutoSport, tem uma visão muito própria sobre o tema: “Do meu ponto de vista, há duas formas de ver esta situação. E para mim é muito fácil compreendê-la porque estamos a participar no WTCC e nos turismos temos também uma grande desvantagem com o lastro, e com certeza não estou satisfeito com isso. Se olhares apenas para o aspeto desportivo, não é a melhor situação. Mas para o interesse do campeonato, não é mau. Depois, o Ogier fala muito quando diz que é uma grande desvantagem para ele, mas esquece-se de dizer que no asfalto não é uma desvantagem. Que na Suécia, dependendo do tempo, pode ser vantajoso ser o primeiro na estrada. Que na Finlândia, se estiver a chover, é melhor ser o primeiro na estrada. No final, talvez em 60% do tempo ele esteja em desvantagem, mas não a penalização não é tão elevada como ele diz. Mais: os pilotos que estão a lutar contra ele pelo campeonato têm a mesma posição na estrada. Se forem segundos classificados no campeonato são os segundos a ir para a estrada. E agora vimos também que na Argentina ele não foi capaz de bater o Paddon no último troço e que em Portugal foi batido pelo Mikkelsen nas mesmas condições”, disse.

2 – CRÓNICA: ECOS DO RALI DE PORTUGAL

Caiu o pano sobre a 50ª Edição do Rali de Portugal, num evento que terminou com um vencedor surpresa, numa prova com muitos motivos de interesse e ‘casos’ que geraram muita discussão.

Indo pela ordem cronológica dos factos, em primeiro lugar, a ordem de partida. Sébastien Ogier queixa-se dessa situação, em que o líder do campeonato abre a estrada nos dois primeiros dias de prova. Depois do México e Argentina, voltou a ser impossível vencer em Portugal, o que aconteceu pela primeira vez desde que a VW veio para o WRC no início de 2013. Há aqui questões que se devem analisar. Em primeiro lugar, só não venceu na Argentina, porque Hayden Paddon foi mais forte, pois o francês chegou ao último troço apenas 2.6s atrás. Perdeu por 14.3s o rali.

Sendo verdade que nos ralis de terra secos é desvantajoso para quem abre a estrada, mas bastava que o Rali de Portugal se tivesse realizado uma semana antes, em que choveu torrencialmente, para que Ogier tivesse tido uma vantagem avassaladora pelo facto de ser o primeiro na estrada.

Para além disso o líder do campeonato ou campeão em título têm ainda outras vantagens. No Monte Carlo, é de longe vantajoso partir à frente, como confessa o próprio Ogier. Nos ralis de asfalto só na Catalunha não faz muita diferença porque na maioria dos sítios não é possível cortar bermas e or isso sujar a estrada para os carros a seguir.

Mas são cinco os ralis de asfalto do WRC e aí o líder do campeonato (seja ele qual for, normalmente é o Ogier) nunca se queixa. Depois há ainda o Rali da Grã-Bretanha, quase sempre com lama, onde partir à frente também é vantajoso. É verdade que partir à frente é mau em sete provas do WRC, mas só se não chover. E se chover em todas? Ou em algumas? Alguém pode controlar isso? Ogier fala em partir com desvantagem. OK. E não é partir com vantagem correr contra equipas com metade do orçamento? O que gasta a M-Sport face à VW… E o orçamento da Hyundai também está longe do da VW. Nunca há sempre justiça para todos…

1 – SEBASTIEN OGIER: “ATINGIMOS UM LIMITE EM QUE É SIMPLESMENTE IMPOSSÍVEL VENCER RALIS…”

Sebastien Ogier chega a Portugal depois de duas ‘derrotas’. No Rali do México o vencedor foi Jari-Matti Latvala, e na Argentina, foi a vez de Hayden Paddon chegar ao triunfo. O ano passado, nesta prova, o piloto francês da VW perdeu para o seu companheiro de equipa, Latvala, tudo, porque, segundo diz, é muito desvantajoso o líder do WRC abrir a estrada nos dois primeiros dias de prova, e por isso, na antevisão da prova, já em Portugal, voltou a mostrar-se muito crítico dessa regra…

Sebastian, estamos de regresso ao Rali de Portugal uma prova que te deu algumas dores de cabeça o ano passado. O que esperas fazer este ano?

Ogier: “Não sei, o ano passado fiz tudo o que podia. Não foi possível vencer, mas ainda assim fiz um grande rali. Se pudesse escolher já, assinava já andar ao mesmo nível e um lugar no pódio. Se puder fazê-lo penso que seria um bom feito para nós.

O ano passado esteve seco antes do rali, mas este ano houve chuva torrencial, isso muda o estado dos troços?

Ogier: Sim, muda um pouco, em primeiro lugar tornou a vida dos organizadores mais difícil, mas eles fizeram um bom trabalho com os troços, mas estão um pouco macios. Por isso podem estar bem mais duros nas segundas passagens, mas logo veremos.

O tempo incerto pode ajudar-te?

Ogier: Sim, ainda não sabemos ao certo o que vai acontecer, mas se chover um pouco isso pode ajudar-me.

Disseste que te contentarias com um lugar no pódio neste rali mas desde que foste para a VW, nunca estiveste três ralis sem vencer. Já pensaste nisso?

Ogier: Não vejo algo que pudesse ter feito melhor desde o início desta época! Portanto deixo para vocês julgarem porque agora é diferente. Claro que há razões, e uma delas é a ordem de partida, pois cada ano é mais difícil abrir a estrada e agora atingimos um limite em que para mim é simplesmente impossível de vencer ralis. Já o ano passado foi difícil abrir a estrada e vencer ralis de terra quando o piso está seco. Não estou lutar contra pilotos estúpidos, há imensos pilotos com bons carro e já não é possível compensar.

Achas que está a pilotar como nunca?

No final da época passada disse que estava muito contente com o nível que atingi com o passar dos anos, mas até aqui, esta época não cometi muitos erros, dei sempre o máximo. É frustrante, difícil de aceitar quando se dá muito, muitas vezes mais do que antes e não é possível vencer. É frustrante, mas eu olho para o ‘filme todo’ pois quero ser Campeão no fim do ano. Porto, marco tantos pontos quanto possível.

Qualquer desportista entende a minha frustração, porque simplesmente não é desportivismo. É difícil, porque todos à minha volta, os membros das outros equipas entendem, porque sabem que não é correto. Todos temos interesses diferentes, mas eu sou o único que sofro. Portanto, sou o único que falo. Para ser honesto, gostava que isto parasse. Espero que quem gere o desporto perceba que isto assim é um pouco demais e que devemos encontrar um melhor compromisso para o futuro.

Porque os pilotos não se juntam para mudar as regras?

É difícil porque todos temos interesses distintos, é difícil encontrar pontos comuns. Mas temos vindo a falar disso, e penso que dos concordam em mudar para algo, diria, que faça mais sentido…

Mas talvez haja ralis em que és beneficiado…

Sim? Digam-me um…

Catalunha?

Há rails em todo o lado, as condições são exatamente iguais para todos! Mas eu digo-te um, o Rali de Monte Carlo. Esse é vantajoso partir à frente. Concordo totalmente. Mas é o único em que tenho uma vantagem real. A Alemanha, se estiver a chover, sim, também é vantajoso, mas se estiver seco não é vantajoso abrir a estrada no campo militar porque está o piso todo sujo. Não quero ter vantagem, o que quero é que encontremos uma regra em que em todos os ralis os melhores pilotos lutem pela vitória em condições semelhantes. E há possibilidades para o fazer e é isso que devemos procurar.

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JorgeCarvalho65
JorgeCarvalho65
7 anos atrás

Em casa onde nao ha pao, todos ralham e nao tem razao ou todos tem razao e so com equilibrio e bom Senso havera verdade desportiva. Isto sao ralis, nao e uma prova cronometrada em circuito fechado

trackback
7 anos atrás

[…] Diga-nos o que pensa das regras da ordem de partida do WRC […]

jbcosta
jbcosta
7 anos atrás

Se desta forma permite haver diversos vencedores das provas o desporto ganha, os espectadores e as marcas também, e a competitividade tende a aumentar. Se tiver em conta todos os imponderáveis quer climatéricos quer outros, assim existe mais interesse e justeza para todas as marcas.

clio001
clio001
7 anos atrás

Para o primeiro dia de prova os primeiros 10 do campeonato escolhem por ordem inversa da classificação de que lugar querem arrancar para o 1º dia. Para o dia(s) seguinte(s) é da mesma forma mas em função da classificação do rali.

Furios
Furios
7 anos atrás

Estou totalmente de acordo com o Team Manager da Hyundai estas regras permitiram haver seis vencedores em 9 provas o que nao se via a uns valentes anos,daqui a nada o WRC e igual a F1. Quanto as declaraçoes do Yves Matton penso que os testes devem estar a correr bem pois para quem primeiro diz que há ralis em que esta regra beneficia quem abre a estrada e passado pouco tempo já se mostra relutante e porque tem carro para o ano lutar pelo mundial Para terminar, se o ogier quer sair do WRC esteja a vontade, no inicio… Ler mais »

kankkunenfan
kankkunenfan
Reply to  Furios
7 anos atrás

Parece-me algo leigo no que está a falar. Então diz você: “NA ADVERSIDADE UNS DESISTEM, OUTROS BATEM RECORDES” diga-me um único piloto que tenha ganho algum titulo com esta ordem de saída? Depois, fala-me em outras marcas ganharem ralis, mas isso é ao olhar simplório de interesse só das marcas, a menos que o adepto não veja o rali seguinte. Pois cada vitória de que fala elevou pilotos ao 2º ou 3º lugar do campeonato e sabe que mais? Desses 5 pilotos que passaram pelo 2º lugar, nenhum se segurou lá. Claro que Meeke não poderá contar, porque jamais a… Ler mais »

Miguelgaspar
Miguelgaspar
7 anos atrás

Para mim o lider do campeonato, abria da primeira pec atè à ultima… lider que é lider… vai sempre á frente.

lemans1969
lemans1969
Reply to  Miguelgaspar
7 anos atrás

Eu ainda sou do tempo em que todos queriam ser o primeiro na estrada mas isso era quando as etapas dos ralis começavam ás 9 horas da manhã e terminavam, muitas vezes, às 2 ou 3 horas da madrugada, quando não mais tarde e os troços tinham um piso tão mau que toda a gente queria passar neles em primeiro lugar para não danificarem as mecânicas e perderem muito tempo devido ao piso ficar ainda mais destruído após a passagem dos primeiros concorrentes. Hoje em dia os ralis continuam emotivos mas a sua filosofia mudou radicalmente de há uns anos… Ler mais »

Não me chateies
Não me chateies
7 anos atrás

Quem criou esta regra deve ser amigo do Sebastien Loeb. Para que ninguém bata o record de vitórias do Loeb e muito menos o Ogier. Não sou a favor de regras anti desportivas, espero que os melhores ganhem senão estamos perante uma farsa. Não estou a ver obrigar o Usain Bolt a correr com pesos nas pernas para não ganhar os jogos olímpicos. Ou temos desporto ou temos um teatro tipo wrestling.

lemans1969
lemans1969
Reply to  Não me chateies
7 anos atrás

Ora aí é que está o busílis da coisa. A FIA andou durante 9 anos a dormir e permitiu que o Campeonato do Mundo de Ralis virasse a bagunçada que se sabe, deixando as coisas correrem ao sabor dos acontecimentos que quase matarem este campeonato. Para que tal não voltasse a acontecer, teve de tomar medidas que não agradam a todos mas que, no plano meramente desportivo, tem dado bons resultados. Por exemplo, nunca deveria ter sido permitido deixar que os pilotos tivessem acesso aos tempos intermédios dos seus mais directos adversários e, com isso, poderem gerir o seu andamento… Ler mais »

Não me chateies
Não me chateies
Reply to  lemans1969
7 anos atrás

O melhor exemplo seria o Bolt correr no relvado enquanto os outros correm no tartan, não só uma vez, mas em todas as eliminatórias e em todas as corridas do resto da vida dele enquanto for recordista do mundo.

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