Será que os WRC aguentam ralis de endurance?

Por a 8 Junho 2011 07:27

Se o novo conceito de ralis ‘longos’ avançar, poderão não ser apenas alguns ralis do calendário a ter que se ajustar à nova realidade. Esta questão está de momento indefinida, e para já a ideia passa por liberalizar a questão entre as organizações de modo a que coloquem de pé a prova mais interessante e apelativa possível, retirando-lhe todos os espartilhos, e não obrigar a realizar provas longas.

Ao longo da história do WRC (não dos ralis em geral), encontram-se muitos ralis cujas distâncias totais ficaram acima dos 2.000 kms, naturalmente o Safari e a Costa do Marfim, que chegaram a ter provas com 6.000 e 5.600 km respetivamente. Mas não só porque foram realizadas muitas provas com quilometragem acima dos 1.000 km sem ser em Africa. Córsega, Nova Zelândia, Argentina e Acrópole tiveram várias edições acima dos 1.000 quilómetros.

Agora, uma questão que vale a pena colocar é se os atuais World Rally Cars e carros da Classe 1 (S2000), Classe 2 (S2000 atmosféricos e R4) e Classe 3 (Produção) estão preparados para ralis com quilometragens que podem ser muito superiores. Muito provavelmente não já que a maior parte dos atuais e mais competitivos carros de ralis foram concebidos para desempenharem o seu esforço no raio de quilometragem a que se cingem atualmente as provas do Mundial.

A este propósito, Nasser Al-Attiyah, apontado como um dos pilotos oficiais da marca VW que estreará o novo Polo no próximo ano, destaca que “para uma prova como a que se fala se estar a preparar para o Rali Abu Dhabi e que pode ter algo do novo conceito de ‘longo’, será necessário preparar carros mais resistentes (com alterações ao nível das suspensões e pneus) e não necessariamente tão rápidos como os atuais World Rally Car”. Resta saber como reagirão oficialmente marcas como a Citroën, Ford e mesmo a VW (que tem que saber brevemente sob que moldes construirá o Polo) a este novo desafio…

Não é preciso recuar muito no tempo para ver o que as equipas oficiais faziam com as suas versões quando disputavam o Safari ou a Costa do Marfim. Em 1986, a Lancia, mesmo tendo a correr desde o final de 1985 o imponente Delta S4 não se coibiude levar o 037 Rally para o Quénia pois sabia bem que aí a performance passa para segundo plano em detrimento da fiabilidade, pelo que não será estranho ver as marcas construirem carros específicos para essa “provas longas”. Muito terá de suceder até aí, mas para já é um bom sinal saber que a FIA pretende fazer reviver o que de bom os ralis tinham e é ainda possível recuperar.

 

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