Que troços para o Rali de Portugal 2015?

Por a 10 Julho 2014 11:05

Um dos pormenores que Carlos Barbosa, presidente do ACP preferiu não revelar para já, dado que há ainda muitos detalhes a serem tratados até que se chegue à versão final do próximo Rali de Portugal, foi o itinerário da prova, mas o simples facto de terem sido divulgadas as Câmaras Municipais que vão colaborar com o ACP permite ter uma ideia das possibilidades de troços, sendo que este é um exercício puramente teórico, pois o percurso está para já no segredo dos deuses.

Assim, Matosinhos tem a ver obviamente com a partida e chegada do rali, mas já Valongo não tem historial em troços do antigo Rali de Portugal, pelo que devido à proximidade que tem e a ligação através da A4, é bem possível que se trate do shakedown da prova. Depois, basta uma olhada rápida para o mapa de Portugal para perceber que as autarquias se agrupam em três zonas mais ou menos distintas. As três Câmaras Municipais de Ponte de Lima, Viana do Castelo e Caminha já foram palco no passado de imensos troços do antigo Rali de Portugal, e sem querermos ser demasiado detalhados, à ideia vêm logo troços como Arcos-Portela, São Lourenço da Montaria, ambos em Ponte de Lima, enquanto Viana do Castelo pode trazer-nos o troço de Santa Luzia, cujo final (ou início) tinha uma fantástica paisagem com vista para o mar. Caminha faz recordar de imediato o troço de Orbacém, outro clássico. Se estivéssemos a falar de uma dupla passagem por três troços, estavam encontrados.

Passando para a zona de Amarante, Baião e Mondim de Basto, aqui as hipóteses multiplicam-se, mas não é difícil recordar Amarante, o troço que decidiu o Rali de Portugal de 1998, onde Colin McRae assegurou a vitória no Rali de Portugal por 2,1s. Carvalho de Rei e o Fridão também fazem parte do município e o Fridão fez parte da edição de 2001, a última no Norte. Baião significa o regresso do troço da Aboboreira e quando falamos de Mondim de Basto, falamos também do troço com o próprio nome (por exemplo, versão de 2001) do Marão e também da Senhora da Graça.

Rumando a Fafe, não subsistem dúvidas, ficando por saber se o ACP mantém a versão de seis quilómetros do Fafe Rali Sprint, pois de Vila Pouca para trás está tudo quase perfeitamente asfaltado, ou, por exemplo, pode ligar o troço de Fafe a Luilhas, fazendo os concorrentes percorrer os cerca de 2 km de asfalto que separam os troços, pela povoação de Lagoa, ou utiliza a versão da Demoporto, que termina junto à barragem de Queimadela. Nesta zona as partes sem asfalto são cada vez menos, mas para realizar um troço grande, esta era uma possibilidade. Se calhar desnecessária, porque um pouco mais acima em Vieira do Minho, há a Serra da Cabreira, e aí há estradas de terra para (quase) fazer um rali do mundial inteiro, passe o exagero e fique a ideia. Por fim, Guimarães também faz parte, e neste caso ou o ACP descobriu um troço de terra novo, pois não parece provável que o mini-troço de Veiga (lembram-se dos carros a saltarem a linha do comboio?) ou o troço da Penha possa ser utilizado, pois está tudo asfaltado, aliás o Rali Cidade de Guimarães percorre, e bem essas estradas. Por fim Lousada, que tanto poderá receber a mítica super-especial como reeditar o antigo troço de Lousada-Barrosas, que com o passar dos anos pode ter visto as suas estradas asfaltadas, pelo que a mais forte possibilidade é mesmo a pista da Costilha.

Há muitos e bons percursos para mostrar ao mundo do WRC, resta agora saber o que a equipa do ACP escolheu, algo que só sucederá dentro de algum tempo, uma vez que, tal como já referimos, o percurso não foi agora apresentado porque há ainda muitos detalhes a resolver e não fazia sentido apresentar um percurso que não fosse o final.

Os troços realizam-se todos a norte do rio Douro, e se falarmos em ‘trevos’, então deveremos ter uma etapa na zona de Ponte de Lima, Caminha e Viana do Castelo, o segundo entre Amarante, Baião e Mondim de Basto e o terceiro, Guimarães, Fafe, Vieira do Minho e Lousada, que também ‘cabe’ no trevo Amarante, Baião e Mondim de Basto.

De fora do traçado de 2015 está a zona de Arganil, que pode receber um etapa do percurso em 2016, caso a FIA autorize a extensão do traçado, pois se as coisas não correrem a contento no Norte, em algumas zonas… Arganil está à espreita. Na foto, o troço de Ponte de Lima de 1993 (ex-S. Lourenço da Montaria).

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