Pedro Ortigão: “Está ao nosso alcance contar no futuro com a presença de grandes nomes e grandes carros do automobilismo mundial”

Por a 30 Outubro 2015 10:09

Está à porta aquela que será a primeira edição do RallySpirit, um evento que irá trazer para as estradas carros que outrora fizeram as delícias de pilotos e adeptos no desporto motorizado. A Xicane é o organizador responsável por esta iniciativa e o AutoSport conversou com Pedro Ortigão, organizador, para perceber o que é o RallySpirit

Como é que nasceu o conceito e a fórmula do RallySpirit?

O conceito já não é novo, já existe a nível internacional (ndr. como o Rallylegend em Itália), e eu, enquanto clube organizador, já tinha a pretensão de organizar uma prova deste género há uns anos, a qual ficou ainda mais marcada quando surgiu o convite do Miki Biasion para irmos ao RallyLegend, em Itália, com ele próprio e o Marku Allen a incentivarem-me a fazer uma prova desta natureza cá em Portugal. O objetivo é que dentro de alguns anos possamos estar a falar numa prova que também é uma referência a nível nacional e eventualmente internacional. Embora a comparação seja inevitável, não é possível estarmos, desde já, em pé de igualdade com outros ralis internacionais que, evidentemente, temos como referência, mas que já vão para lá da sua 10ª edição. Entendemos que está ao nosso alcance contar no futuro com a presença de grandes nomes e grandes carros do automobilismo mundial, mas que seria perfeitamente insensato, nesta fase, não consolidar as bases de uma prova que, seguramente, também terá potencial para ser vista como uma referência no futuro.”

O rali será baseado na Vila do Coronado, porque foi escolhida essa região? E há alguma possibilidade de nos próximos anos o rali evoluir para outros locais?

O rali nasce ali porque a Junta de Freguesia do Coronado não quis deixar fugir esta oportunidade. Apoiaram-nos incondicionalmente neste projeto, e tudo faremos para que a Vila do Coronado seja beneficiada com este investimento. Existe o compromisso perante a Vila do Coronado de que enquanto apoiarem a prova se irá manter ali. Contudo, evidentemente que o nosso objetivo é que a prova possa crescer, mesmo que o centro nevrálgico se mantenha na Vila do Coronado, o nosso objetivo futuro é possa visitar outros troços míticos que em tempos fizeram a história do automobilismo nacional.

Quais são os grandes atrativos deste RallySpirit?

O principal aliciante é podermos ver alguns dos carros mais míticos de todas as gerações em competição direta. Vamos privilegiar a presença de carros históricos nesta fase, 80% dos carros presentes serão históricos, embora não estejamos a excluir a presença de carros atuais, desde que sejam representativos desta geração. O nosso princípio, daí o nome RallySpirit, é precisamente conseguirmos trazer para a estrada o nosso conceito de rali.

Por isso os participantes são escolhidos por vocês?

Sim, as inscrições são por convite ou candidatura aprovada, precisamente para que haja uma seleção criteriosa por um júri que seleciona os carros que vão estar presentes. Isto para que no final não tenhamos, por exemplo, 10 Mitsubishi Lancer, que embora seja um carro de competição válido, não é o que o publico quer ver. Se tivermos um Lancer faz sentido, se tivermos 10 já não. (…) Por outro lado, se tivermos quatro Lancia Delta, que é um carro que o público já não vê correr há muitos anos, já faz sentido. Daí a escolha ser tão criteriosa, independentemente de por vezes ser complicada de fazer.

Recuando um bocadinho no tempo, aproveitávamos também para falar do Motorshow Porto. Qual o balanço que fazes da última edição?

O balanço é positivo, no final do evento conseguimos atingir os objetivos, superámos o número de visitantes da edição do ano anterior, o que é positivo. Tivemos entre 40 a 43 mil visitantes ao longo do fim de semana e em termos de pilotos conseguimos um lote qualitativo melhor, além de termos mais carros, que não é o nosso objetivo principal. Gostamos de manter a fasquia nos 50/60 carros por uma questão de espaço, quer físico, quer temporal (…).

Qual é o segredo do sucesso do Motorshow Porto, já vai na sua 14ª edição?

Penso que a fórmula foi bem criada desde o início. Temos trabalhado com o objetivo de reunir as melhores equipas e pilotos, podíamos ter caído na tentação de nos ‘vendermos’ a uma quantidade de pilotos, mas penso que isso não seria benéfico. Ao tornarmos este evento limitado em número de participantes, também por necessidade logística, tentamos fazer com que os pilotos e equipas presentes sejam os melhores.

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