Pedro Meireles: “Acho que não foi aqui que perdi o campeonato…”

Pedro Meireles chegou ao Rali Casino do Algarve bem na frente da classificação, mas um domínio total de Carlos Vieira inverteu a situação. Meireles sabia que não tinha armas para lutar com Vieira no asfalto algarvio, mas tinha esperança que o piloto do Citroën não conseguisse vencer o número de classificativas suficientes para ser campeão. O rali também não lhe correu bem, nunca conseguindo reagir para tentar dar a volta ao texto. Também no European Rally Trophy, o furo que sofreram no início da tarde foi fatal para as suas aspirações…

AS: Que balanço final fazes desta prova?

PM: “O Rali não teve muita história, o Carlos (Vieira) esteve sempre a um nível que nós não conseguimos apanhar, teve um ritmo diferente do nosso, nós também entrámos muito ‘macios’, mas eu tinha a sensação que era difícil chegar lá. Infelizmente este não foi o nosso rali. Nesta hora só temos que dar os parabéns aos novos campeões nacionais pelo excelente rali e pela conquista do campeonato e um muito obrigado a todos os patrocinadores, à minha equipa de assistência AR Vidal, aos que me acompanham nos ralis, à família e amigos e também a todos os adeptos desta modalidade porque sem eles nada disto acontecia…

AS: Permitires a decisão no asfalto não foi o melhor para ti…

PM: “Acho que não foi aqui que perdi o campeonato. Basicamente eu tinha a noção que é difícil andar no asfalto perto do Carlos e perto dos Citroën DS R5 e consegui no Vidreiro, mas aqui devido à especificidade dos troços, tinha a noção que não ia conseguir, mas o campeonato por mim, não foi perdido aqui” (ndr, foi em Mortágua quando perdeu no ‘seu’ terreno, com carros iguais)

AS: Tendo em conta o que viste de manhã, ainda pensaste reagir…

PM: “Na parte da tarde íamos arriscar mais um bocado, mudámos muito o carro, mas tivemos logo um furo na primeira especial da última ronda e depois tivemos um problema com um tubo dos travões que ficou preso, e o pedal estava sempre a ir ao fundo e nós decidimos não arriscar mais e tentar chegar ao fim. Arriscávamos dar cabo do carro”.

AS: Deste tudo o que tinhas?

PM: “Acho que podia ter feito um bocado mais do que fiz, mas como a distância era grande a motivação também não foi a melhor…