O ‘caso’ polémico do Rali Casinos do Algarve

Por a 20 Novembro 2014 13:55

Houve uma situação bastante negativa, e mesmo incompreensível no Rali Casinos do Algarve, fruto de uma decisão do Colégio de Comissários Desportivos que levou a que diversas posições da classificação geral do rali tivessem sido alteradas. A história conta-se em poucas linhas. No primeiro troço do segundo dia, o quinto, Marco Cid teve uma ligeira saída e ficou a bloquear a estrada. Só dois concorrentes chegaram ao final, Carlos Fernandes e João Correia, sendo que este último fez um pião e perdeu 24 segundos para o seu adversário. O troço foi neutralizado, como devia, e o Colégio de Comissários Desportivos tinha que atribuir um tempo aos concorrentes que não completaram a especial.

E foi aqui que a porca torceu o rabo, pois ao ser aplicado o ponto 18.16.2 das Prescrições Específicas dos Ralis, que diz (…para a atribuição desse mesmo tempo a todas as equipas afectadas, o CDs deverão escolher como tempo de referência, por Grupo, aquele que lhes pareça mais razoável, de entre todos os tempos efetuados pelas equipas que, anteriormente à interrupção ou paragem definitiva, hajam completado a PEC, em condições normais de competição.)

Só dois concorrentes tinham terminado, e cada um pertencia a um grupo, pelo que o CCD entendeu atribuir tempos de acordo com os grupos dos concorrentes o que resultou em casos injustos, porque os dois tempos a atribuir estavam separados por 24 segundos. Estava armada a confusão. Gil Freitas teria obtido um pódio com o seu Porsche e Daniel Nunes venceria entre os duas rodas motrizes e não foi nada disso que sucedeu. O jovem piloto do Peugeot 208 R2 estava extremamente agastado com a situação, e não foi o único, pois o próprio vencedor da classe concedeu que o vencedor justo era Daniel Nunes. Independentemente da boa aplicação da regra, será que o bom senso não se deveria ter sobreposto? Ninguém percebeu a injustiça que estava a ser cometida? A letra do regulamento tem que ser cega? Não é preciso recuar muito no tempo para encontrar uma decisão do CCD que se tenha baseado no bom senso e não na letra cega dos regulamentos, que pelos vistos têm que ser revistos para evitar estas situações.

Daniel Nunes, um dos principais prejudicados, estava naturalmente muito enervado no pódio final e aproveitou para dizer o que lhe ia na alma, dizendo mesmo que não corrida mais. Um dos responsáveis da equipa, Vítor Calisto, explica o seu ponto de vista: “Após a interrupção do quinto troço, apenas dois pilotos fizeram esse troço em condições normais. Normalmente, os Comissários Desportivos, atribuem aos restantes concorrentes o mesmo tempo do último concorrente a concluir o troço, só que desta vez foi tomada uma outra decisão, com base na rigidez dos regulamentos e não no bom senso desportivo, tendo em conta a forma como estava a decorrer o rali. Com esta decisão totalmente descabida e antidesportiva, um primeiro lugar nas duas rodas motrizes que o Daniel Nunes obteve com grande mérito na estrada, acabou por se traduzir num segundo lugar que apanhou de surpresa até o próprio organizador da prova que nos pediu desculpa pelo sucedido”.

No entender de Vitor Calisto “não se pode brincar deste forma com o esforço que uma pequena equipa como a nossa faz para se manter a correr. A verdade desportiva foi alterada e foi uma tremenda injustiça que coloca em causa se valerá a pena continuar a trabalhar com tanto profissionalismo em prol desta modalidade. Para nós o Daniel Nunes e o Rui Raimundo foram os vencedores das duas rodas motrizes na Taça de Portugal, e acreditamos que quem manda no desporto automóvel em Portugal possa ainda corrigir decisão tão injustiça e lesiva dos nossos interesses e do automobilismo em geral”.

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