Nacional de Ralis 2014 arranca em força

Por a 22 Fevereiro 2014 09:00

O Campeonato Nacional de Ralis volta à sua designação antiga e parece também ter recuperado o ‘velho’ estatuto de competição mais popular do panorama nacional. Em contra-ciclo com a Velocidade, o principal escalão dos ralis assistiu à chegada de modelos ‘state-of-the-art’ e ao regresso de nomes consagrados que tentarão chegar a um título que é de Ricardo Moura desde 2011

Festa do povo. O epíteto parece um cliché quando se fala de ralis em Portugal mas o certo é que a modalidade que leva o automobilismo às populações – e não o contrário – parece viver um período de fulgor depois de meia década de relativo declínio. Declínio, entenda-se, puramente competitivo pois a presença maciça de espectadores nos troços nunca deixou de ser marca registada dos ralis nacionais, fossem eles do CNR/CPR, Open, Regionais e dos agora omnipresentes Rali Sprints. Primeiro porque, ao contrário das provas em Circuitos, aqui não é preciso pagar bilhete; mas mais do que tudo, porque a tradição de um campeonato que deu os primeiros passos em Portugal em 1956 criou raízes profundas em solo luso…

Mas como se chegou, então, ao contexto do Campeonato Nacional de Ralis versão-2014? Primeiro, com a mudança operada na Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, que catalisou diversas alterações que seriam, no mínimo, difíceis de implantar com a presidência anterior. Mudou o nome do campeonato (quase consensual), mudaram as categorias (pouco consensual – há designações que confundem mais do que esclarecem o adepto comum), mudou uma pequena parte do calendário (Castelo Branco in, Algarve out), mudou o número de provas que compõem a pontuação final de cada piloto (seis), aboliu-se a Power Stage e introduziu-se a inovadora atribuição de meio ponto por cada vitória em especiais.

Depois, e talvez mais importante, assistiu-se a um incremento no número de carros e pilotos verdadeiramente competitivos e com intenções de disputar o título absoluto, a maioria deles ao volante de carros das categorias R5 e S2000, que configuram um espectáculo diferente, por exemplo, dos ‘velhinhos’ Grupo N que quase monopolizaram o campeonato num passado não muito distante. Ter uma prova de arranque (circunstancial, é certo) com quatro modelos S2000 e três R5 apenas está ao nível dos melhores campeonatos nacionais um pouco por toda a Europa, principalmente quando quase todos os protagonistas da época passada se deverão manter em 2014 e quando outros estão a chegar… com intenções de ganhar.

R5 vs S2000: o tira-teimas

Não é difícil perceber que o pelotão que alinhará no Rali Serras de Fafe poderá ser algo diferente daquele que fará toda a época nacional. O ucraniano Oleksii Tamrazov e o estónio Martin Kangur deverão apenas ser wild cards em Fafe e também há pilotos que poderão mudar de viatura ao longo do ano (ex.: Ricardo Moura ou José Pedro Fontes). No topo da lista surge, naturalmente, o tricampeão Ricardo Moura, que mantém o Skoda Fabia S2000 que levou ao título em 2013 mas que ainda coloca a hipótese de adquirir um mais recente R5. A dupla Moura/António Costa forma um binómio quase perfeito com a equipa ARC Sport, continuando a ser a referência num campeonato que recebeu outros protagonistas com aspirações. Entre estes, está João Barros, ao volante do Ford Fiesta R5. O piloto foi o primeiro português a adquirir a nova máquina da M-Sport, em outubro, e desde então, esteve em permanente rodagem com o modelo que marca a sua estreia num 4×4. Contra si, o ex-campeão nacional de karting terá a menor experiência em ralis quando comparado com adversários diretos como Moura, Pedro Meireles, Adruzilo Lopes ou José Pedro Fontes mas, nesse sentido, até poderá beneficiar do jogo de equipa de Rui Madeira que fará parte da sua equipa, num segundo Fiesta R5 na primeira e terceira prova do campeonato. Também Pedro Meireles tem de ser incluído no lote de candidatos, embora o piloto de Guimarães só tenha ainda confirmado a presença neste rali. A maior adaptação ao Fabia S2000 poderá agora dar outros argumentos a Meireles, já que Ricardo Moura e Bernardo Sousa foram regularmente mais rápidos em 2013.

Diogo Salvi terá, naturalmente, objetivos mais moderados nesta sua estreia com o Fiesta R5, apostando sobretudo em terminar e acumular experiência com um carro mais competitivo do que o Mitsubishi que usou nas últimas épocas.

Adruzilo, Fontes, Teodósio…

O regresso a full time de José Pedro Fontes e Ricardo Teodósio só comprova como o CNR continua a ser atrativo para os principais pilotos nacionais. Sempre consciente do potencial de retorno que cada competição oferece, Fontes inverteu a sua tendência dos últimos anos e pretende agora dedicar-se mais ao CNR do que à Velocidade, indo a jogo, numa primeira fase com o Subaru Impreza que tão bem conhece, enquanto aguarda por um novo carro mais competitivo que continua por definir. Teodósio, por outro lado, será igualmente um candidato às vitórias no grupo RC2N (Produção), tentando conciliar a eficácia necessária com o espetáculo que o tornou notoriamente popular. Mas o grande favorito entre os carros de Produção é Adruzilo Lopes, que bem gostaria de pilotar um dos S2000 ou R5 mas que conseguiu imiscuir o Impreza R4 da ARC Sport entre os S2000 durante a última época. O campeão do Open também dará o ‘salto’ para o CNR, sendo necessário contar com o Evo IX R4 de Carlos Martins na Produção, depois do piloto de Serpa se ter estreado com um Peugeot 207 S2000 no final da época passada. Em suma, o CNR 2014 terá nomes sonantes e carros competitivos… como o povo gosta.

Horário

Sábado, 22 de fevereiro

Itinirário CPR CRN

Partida (Fafe/Praça Feia Velha) 09h30 a) 

Assistência (Parque Cidade) 09h33 a) 

PE 1, Montim 1 (8,77 Km) 10h00 

PE 2, Lameirinha 1 (20,92 Km) 10h19 

Assistência (Parque Cidade) 10h59 

PE 3, Montim 2 (8,77 Km) 11h26 

PE 4, Lameirinha 2 (20,92 Km) 11h45 a) 

PE 5, Luilhas 1 (14,02 Km) 12h20 a) 

Chegada (Pr. Feira Velha) 12h55 a)

Partida (Fafe/Praça Feira Velha) 13h45 a)

Assistência (Parque Cidade) 13h48 a) 

PE 6, Luilhas 2 (14,02 Km) 14h53 a) 

PE 7, S. Pedro 1 (8,11 Km) 15h37 a) 

PE 8, Luilhas 3 (14,02 Km) 16h11 

PE 9, S. Pedro 2 (8,11 Km) 16h44 

Assistência (Parque Cidade) 17h10 a) 

Chegada (Pr. Feira Velha) 17h45 a) 

Pódio (Fafe) 17h50 a)

Nota: a) 3 minutos após o último concorrente do CNR

Mapa Lameirinha – CLIQUE AQUI

Mapa Luilhas – CLIQUE AQUI

Mapa Montim – CLIQUE AQUI

Mapa S. Pedro – CLIQUE AQUI

Mapa Geral das PEs – CLIQUE AQUI

Mapas de acesso as ZE’s – CLIQUE AQUI

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