LEMBRA-SE DE MICHÉLE MOUTON: A melhor de todas
Há 46 anos, no AutoSport, o jornalista Fernando Petronilho titulava que a vitória no Rali de Espanha foi a «consagração definitiva de Mouton/Conconi» E adiantava: «Com este triunfo, Michèle Mouton e Françoise Conconi entraram, sem a menor dúvida, na alta roda do desporto automóvel internacional.» Não podia estar mais certo: então com 26 anos, a francesa lançou-se em definitivo para os resultados que, pouco depois, quase a transformaram na primeira senhora a vencer uma prova no Campeonato do Mundo de Ralis.
Estudante de Direito durante um ano, Michèle depressa se fartou e trocou os livros pelo uniforme de enfermeira, num lar para deficientes. Mas foi o seu pai, dono de uma companhia de seguros e ele mesmo piloto amador, que lhe incutiu o vício dos automóveis. Começou no banco do lado direito, mas era a pilotagem que lhe dava mais gozo. Os resultados não se fizeram esperar: campeã francesa em 1974 e 1975, tornou-se piloto oficial da Audi e a primeira mulher a ganhar um rali do Mundial – San Remo, em 1981. No ano seguinte, terminou vice-Campeã do Mundo, depois de ter ganho em Portugal, na Acrópole
e no Brasil, com um Audi Quattro. Foi também a primeira mulher a triunfar na Rampa de Pikes Peak, em 1985 mas, no ano seguinte, decidiu abandonar os ralis, chocada pela morte de Henri Toivonen, na Córsega. Em sua homenagem, criou a Corrida dos Campeões, hoje uma fórmula de grande sucesso, que originou mesmo algumas imitações em diversos países nos últimos anos.


















