‘ESTÓRIAS’ DO WRC: Os dois pé esquerdos de Carlos Sainz

Por a 9 Fevereiro 2014 17:18

Com o fim do Grupo B, a responsabilidade de representar o escalão máximo no WRC passaria para os carros de Grupo A, menos intrigantes no que ao visual diz respeito, menos atraentes do ponto de vista da performance, mas mais próximos dos carros de série e sobretudo menos irrequietos. O WRC assistia a uma nova revolução em todas as frentes. Do Japão, marcas como a Toyota, Mitsubishi e mais tarde a Subaru ameaçavam o domínio dos construtores históricos e, no capítulo dos pilotos, os escandinavos conformavam-se com o facto de os latinos também voarem. O Rali dos 1000 lagos de 1990 materializou de forma sintomática esta evolução. Ao subir a rampa do pódio da prova finlandesa, Carlos Sainz afrontava o domínio inquestionável dos nórdicos no seu rali. Mas quem viu, ao vivo ou em imagens, o espanhol a celebrar a vitória em cima do capot do Celica, terá certamente reparado que “El Matador” calçava duas botas diferentes. A do lado esquerdo, nitidamente diferente do que é habitual, dava mostras de proteger um pé ainda inchado, na sequência de um acidente sofrido durante os reconhecimentos, onde o muleto da dupla espanhola embatera de frente com o carro de um espectador, inexplicavelmente parado após uma das muitas lombas do percurso. A lesão quase o impossibilitara de alinhar na prova, mas o médico e o fisioterapeuta da equipa fizeram o milagre da recuperação e Sainz, mesmo cheio de dores, respondeu com a magia da consagração…

O espanhol viria, oito anos depois, a falhar a conquista do terceiro título mundial, num dos episódios mais dramáticos da história desta competição. A 500 metros do final do Rally RAC, o motor do Corolla WRC calou-se e o campeonato haveria de fugir para Tommi Makkinen, que desistira logo nos metros iniciais, recebendo por telefone e de forma incrédula, a notícia de que acabara de conquistar o seu terceiro ceptro mundial. À volta do Toyota, um Sainz sereno, com os olhos a brilhar, era a imagem do desalento, enquanto Luís Moya, o seu navegador, extravasava a ira com gritos e pontapés enquanto atirava o capacete contra o óculo traseiro do carro japonês…

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