‘ESTÓRIAS DO WRC’: O estranho arranque do Mundial de Ralis

Por a 5 Fevereiro 2014 17:24

O Campeonato do Mundo de Ralis viu a luz do dia em Janeiro de 1973, com a realização do Rali Monte Carlo e, logo aí, conheceu o sabor da polémica. A queda de um forte nevão deixou a classificativa do Burzet impraticável. Mesmo com a entrada em cena dos limpa-neves, a estrada continuava intransitável e os acidentes não se fizeram esperar. A saída de estrada do Ford Capri de Klaus Fritzinger levou à evacuação do seu navegador, Gunter Schons, numa ambulância, obrigando à interrupção do troço, quando apenas seis dezenas de concorrentes o haviam completado. 140 equipas aguardavam o seu reinício à entrada da Classificativa. Quatro horas e meia depois, de forma totalmente inesperada, a organização ditava a desclassificação dos concorrentes retidos, alegando excesso de penalização. A confusão instalara-se. Não encontrando outra forma de manifestar a sua indignação, os lesados resolveram dirigir-se na manhã seguinte a Digne, barrando a estrada de modo a que os concorrentes ainda em prova excedessem igualmente o limite de penalização. Confrontada com os protestos, a organização viu-se obrigada a acalmar os ânimos, oferecendo aos 140 concorrentes a inscrição para o rali do ano seguinte. Mas, com o eclodir da crise petrolífera, o Monte Carlo de 74 não se realizou e, em 75, a oferta já não foi válida…

A vitória de Jean-Claude Andruet na prova monegasca daria o mote para o domínio da Alpine-Renault nesta primeira temporada do WRC. Dotada de um excelente naipe de pilotos, a equipa francesa encarou com elevado profissionalismo a contenda, preparando com rigor as particularidades de cada prova. O Rali de Marrocos não foi excepção. Consciente da dureza que iria encontrar, a equipa aceitou a sugestão de David Stone, que havia sido navegador de Ove Andersson, e rumou a um campo militar em Inglaterra para testar a fiabilidade das pequenas berlinette. Meses antes, já a Ford havia visitado o mesmo local para preparar o Safari e, no primeiro dia, o Escort havia durado apenas duas horas. Depois de fazer o trabalho de casa, voltou ao local, cedendo novamente ao fim de meio-dia de ensaios. Só à quarta tentativa, a marca da oval conseguiu cumprir na íntegra o programa de testes. Inicialmente, os franceses não conheceram melhor sorte e, depois de alguns dias em Dieppe a efectuar vários reforços no Alpine-Renault, voltaram àquele sítio demolidor para completar a jornada. A vitória de Darniche na prova marroquina premiou o sofrimento daqueles terríveis dias no campo militar inglês.

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