Há 15 anos: Estreia internacional de Bruno Magalhães foi no Rali Sanremo

Por a 29 Julho 2022 11:06

“Aprender num dos ralis mais difíceis do calendário”. A formação da Peugeot Total decidiu participar no Rali Sanremo de 2007, prova pontuável para o International Rally Challenge (IRC), naquela que foi a estreia internacional de Bruno Magalhães e Paulo Grave, numa participação a premiar a boa temporada que esta dupla realizou no plano caseiro.

Antes da prova e consciente das dificuldades, Bruno Magalhães sacudia qualquer tipo de pressão: «Sendo esta a primeira prova que eu e o Paulo (Grave) vamos realizar fora de Portugal, é evidente que partimos sem qualquer obrigação em termos de resultado final, ou não fosse o Sanremo um dos ralis mais difíceis de todo o calendário do IRC, com troços muito específicos e adversários com profundo conhecimento do terreno, sobretudo em termos de campeonato local. A dificultar a nossa tarefa está ainda o facto de só podermos realizar três passagens durante os reconhecimentos, sendo que a mais longa das classificativas (com 43 km de extensão) será disputada à noite. Acima de tudo, partimos determinados em dar o nosso melhor para compensar a equipa pela confiança em nós depositada», analisou o piloto do 207 S2000.

Já na prova, Bruno Magalhães foi a surpresa positiva no início do rali até porque, segundo o piloto «provamos que, em condições climatéricas difíceis e em que o conhecimento do traçado não era preponderante, conseguimos obter bons tempos e rivalizar com os pilotos que estavam a discutir o pódio.»

As expectativas do piloto para a prova eram limitadas devido ao «menor conhecimento das classificativas que as poucas passagens de reconhecimento proporcionaram. Em troços cronometrados tão difíceis e estreitos tivemos ainda o inconveniente de passar nalgumas zonas quando estava bastante nevoeiro e não tínhamos a noção onde podíamos atacar livremente.»

Claro que, cumprida a primeira secção, Magalhães revelava-se muito mais satisfeito «apesar da 3ª PE não nos ter corrido como queríamos». A disputa da classificativa mais longa da prova prometia pois «entrámos ao ataque e estávamos a sentir-nos bem, melhorando bastante os tempos obtidos na primeira passagem pela zona. Estávamos bastante confiantes na obtenção dum bom “crono” apesar de termos perdido algum tempo a ultrapassar o Janos

Toth.» No entanto, tudo viria a cair por terra quando «à saída duma esquerda de quarta a fundo deparamo-nos com o carro do Tirabassi completamente atravessado e o embate era inevitável.»

Depois de recuperada a viatura e já no Super Rally restou «um dia em que não era para atacar ao máximo, sim para aprende

Líder da estrutura da Peugeot Total, Carlos Barros considerou esta «uma participação muito positiva. Apesar da pouca sorte que tivemos, cumprimos os objetivos delineados à partida e que visavam ganhar maior experiência nesta primeira prova do Bruno fora de Portugal. Para além disso, as condições climatéricas das primeiras secções jogaram a nosso favor e provamos poder nos bater com os melhores deste campeonato.»

Desportivamente «e conhecendo a qualidade da lista de inscritos, mostramos também

que um dos lugares pontuáveis estava ao nosso alcance se não fosse o incidente a que

fomos alheios. Vincamos também uma vez mais o nosso profissionalismo ao proporcionar

à equipa as condições para que voltasse à prova e treinasse uma futura participação

neste rali».

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