Azores Airlines Rallye: Portugueses na luta pelo pódio

Por a 31 Março 2017 15:37

Numa altura em que não estamos muito longe do meio do rali, Alexey Lukyanuk lidera com uma vantagem de 41.3s face a Ricardo Moura, tendo duplicado a margem no troço da Sete Cidades, o último da manhã, que com mais de 25 Km podia decidir muita coisa. Apesar de um problema com a válvula pop-off do seu Fiesta, o russo não deu a mais pequena hipótese aos seus mais diretos adversários, e com o abandono de Kajetan Kajetanowicz, Lukyanuk tem o caminho aberto para vencer, pois Ricardo Moura e Bruno Magalhães não têm ritmo para o russo. Contudo, e como bem se sabe, este russo não sabe andar devagar e por isso ninguém estranharia que algum erro lhe estragasse a prova. Contudo, a experiência também conta e talvez Lukyanuk já tenha aprendido com os muitos erros que já cometeu.

Os dois lugares seguintes do pódio e por inerência, os dois primeiros do Campeonato Nacional de Ralis, são ocupados por Ricardo Moura e Bruno Magalhães, que estão separados por 9.6s. Se os registos de Moura não se estranham, pois está a rodar dentro do que era esperado, já Magalhães, para quem não fazia nenhum rali em terra há mais de um ano, depressa chegou ao forte ritmo que tem apresentado. Veja-se que nas Sete cidades ficou a apenas 0.2s de Moura. Claro que quem fez a diferença foi Lukyanuk, que ‘deu’ 20 segundos a ambos: “Muito escorregadio, muito difícil manter a trajetoria, sempre a sair largo. Talvex tenha que mudar um pouco a afinação, tinha pouco aderência na traseira” disse Ricardo Moura. Já Bruno Magalhães está contente por estar na luta pelo pódio, que era o seu objetivo, mas dependia do que os adversários pudessem fazer. Nikolay Gryazin não está longe, a 12.2s de Bruno Magalhães, José António Suárez está seis segundos mais atrás, e Marijan Griebel mais onze, tiveram os três dificuldades para acompanhar os dois portugueses, para já não falar do líder. Ralfs Sirmacis não tem tido muita sorte, é sétimo depois de furar hoje em dois troços consecutivos, perdendo muito tempo.

Carlos Vieira, que apenas está a disputar o seu terceiro rali dos Açores, é o terceiro melhor português, e isso diz muito da prova dos pilotos ‘nacionais’ atrás de si. O jovem açoriano Ruben Rodrigues é 11º da geral, e apesar de conhecer bem os troços, estreia um novo carro, conseguindo mesmo assim estar na frente de pilotos como Miguel Barbosa, Pedro Meireles e João Barros: “É uma estreia de sonho, estamos divertirmos-nos perceber como funciona o DS3 R5, temos que evoluir, estamos no caminho certo e a andar com segurança e confiança. Tenho vindo a travar mais cedo do que seria natural, mas estou a ganhar confiança e a fazer quilómetros. Estamos a melhorar troço a troço, e vou percebendo o carro para melhorar” disse o jovem piloto açoriano, que está também no segundo lugar do CRA (Campeonato de Ralis dos Açores).

Miguel Barbosa está a fazer a prova esperada para quem conhece mal a prova: “Foi uma manhã de altos e baixos, fiz dois troços bastante bem, mas nas Sete Cidades nem por isso. Mal arrancámos, achei que estava furado, tinha muita falta de ‘grip’ e perdi confiança. Foi um troço muito difícil. Nos outros o ritmo foi bom. Vamos tentar melhorar nas Sete Cidades, pois acho que é o que está a faltar hoje”, disse.

Quanto a Pedro Meireles: “Hoje foi um bocadinho melhor, mas na segunda furámos, e nas Sete Cidades só tínhamos um pneu sobressalente. Por isso viemos com algumas cautelas e por isso o tempo não foi grande coisa. Estamos a melhorar. O ritmo não é o que esperávamos, só nos resta tentar melhorar…”

Quanto a Luis Miguel Rego: “Não acertámos com o setup do carro, não nos está a permitir ser rápidos, fizemos diversas alterações que não estão a fazer efeito, o carro saltava por todo o lado. Significa que não está eficaz, não tem tração. Vamos tentar minimizar e procurar encontrar o caminho certo, para ver se recuperamos”

João Barros: “Foi uma manhã com bastantes cautelas, estamos contentes pelo facto do carro estar ‘direito’, este é um rali longo, que nunca terminei, preciso mesmo de pontuar para o campeonato e estou convencido que tenho de andar um pouco mais devagar para chegar ao fim. Mas o carro está bom” disse Barros. A última especial antes da paragem na assistência foi interrompida devido ao acidente de um dupla espanhola, pois a ambulância teve que entrar, pois o navegador estava um pouco combalido e preciso de assistência.

O rali recomeça dentro em pouco para as segundas passagens…

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