Duelo de ‘gigantes’ na Madeira

Giandomenico Basso foi o grande vencedor do Rali Vinho Madeira, prova que dominou, fruto de um forte andamento, nunca permitindo aos adversários grandes veleidades, nem mesmo a Bruno Magalhães, que mesmo realizando uma grande prova, não teve argumentos para Basso, e só um erro deste perto do final, permitiu uma boa luta, e fazer com que o rali tivesse emoção até ao fim.

A verdade é que o nível a que estes dois homens chegaram nesta prova foi muito alto, o que valoriza ainda mais a terceira posição de Alexandre Camacho, que apesar de conhecer muito bem as estradas e ter um bom carro, falta-lhe o ritmo que Magalhães e especialmente Basso têm das provas que habitualmente realizam.

Provavelmente o mesmo terá faltado a Bruno Magalhães para lutar taco a taco pela vitória, já que a única diferença que houve entre os dois pilotos é que Basso corre constantemente com adversários do seu nível, e numa competição com o nível do IRC, enquanto Bruno Magalhães só de vez em quando o faz. É que correr no CPR tem pouco a ver com o IRC, onde há perto de uma dezena de pilotos sempre com grande andamento.

Giandomenico Basso: “Um erro podia ter-nos tirado a vitória mas, felizmente, acabei por chegar ao Funchal muito feliz com esta vitória. O calor fez-nos sofrer, como ainda complicou um pouco a mecânica do Fiat. Espero que se tenham divertido, tal como eu fiz ao longo deste excelente Rali. Parabéns ao Magalhães e ao Alexandre Camacho, acho que eles foram excelentes.”

Para Bruno Magalhães, só mesmo um Basso de ‘excepção’ o bateria neste prova: “Finalmente terminei um Rali Vinho Madeira sem qualquer tipo de problemas e no segundo lugar. Só me posso dar por satisfeito. Fui o melhor português e lutei com todas as armas pela vitória, mas o Basso está imparável. Estou, no entanto, muito feliz”

Para Alexandre Camacho este é o segundo pódio consecutivo no Rali Vinho Madeira: “Acho que foi um excelente rali. Andámos muito fortes, apesar de não ter entrado muito bem na prova. Só posso agradecer à minha equipa, pelo trabalho que tiveram ao longo do rali, bem como antes do seu início, já que o carro apresentou alguns problemas. Acho que é bom conseguir dois pódios seguidos no RVM.”

Já Nicolas Vouiloz, que habitualmente anda na frente no IRC, percebeu o que é não ser ‘especialista’ numa prova como o RVM: “Foi impossível andar com os mesmos andamentos do Bruno Magalhães e do Alexandre Camacho. Acho que estive bem, mas fiquei muito longe dos meus objectivos. Valeu pelos pontos.”

Para Kris Meeke, que se estreava na Madeira: “Foi um rali difícil e muito complicado. Era a minha primeira vez, com tudo o que isso significa numa prova deste tipo.”

Freddy Loix este muito apagado: “Acho que não vim muito bem preparado para este rali. Houve mudança de Setup do carro e este não se adaptou a este tipo de piso. Já não faço ralis de asfalto deste que estive aqui no não passado.”

Grande destaque para Miguel Nunes, o segundo melhor madeirense em prova: “Estamos muito satisfeitos por chegar ao final. Acho que foi um bom rali, dentro das nossas possibilidades. Estamos felizes!”

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