Rali Vinho Madeira: Mais e menos após PE4

Por a 7 Agosto 2020 14:52

Miguel Nunes e João Paulo (Skoda Fabia R5 evo) lideram o Rali Vinho Madeira ao cabo da primeira manhã de prova e têm 7.6s de avanço para os segundos classificados. O madeirense venceu os quatro troços da manhã e tem agora uma liderança que lhe permite não ter que andar nos limites, onde se arrisca mais: “Está a correr bastante bem, vencemos todos os troços, as diferenças são ainda curtas, mas é bom estar na liderança. 7.6s de avanço não é muito, mas pelo menos não nos obriga a andar muito no limite e correr demasiados riscos. Agora há que fazer alterações de pormenor para nos sentirmos ainda mais confortáveis com o carro, as vamos tentar manter a toada até final do dia”, disse.

Já Pedro Paixão e Luís Rodrigues (Skoda Fabia R5) estão a fazer um grande ralis para quem está de fora há tento tempo. Disputaram o recente Rali da Calheta, e isso foi suficiente para chegar aqui e estar a lutar pela liderança, ao andarem um registo ‘curto’ abaixo dos líderes: “A filosofia é a mesma: divertir-nos sem exageros. Vamos tentar conseguir ser mais rápidos, a pressão não está do nosso lado, o Miguel (Nunes) está fortíssimo, estamos ali caso cometa algum erro. Não vamos forçar o andamento, e mesmo que forcemos não é possível manter ritmo. Logo se vê o que acontece”, disse.

Alexandre Camacho e Pedro Calado (Citroën C3 R5) são terceiros a 12,2s. Depois do abandono na Calheta, este rali é super importante para o campeão em título, que com o passar do tempo vai ficando mais ligado ao seu novo carro: “O feeling ainda não é o ideal, mas estamos à procura de melhorar. Temos que fazer alguma coisa, tenho tido dificuldades para acompanhar os pilotos da frente, mas o carro está bom, vamos ver”, disse Camacho que está a fazer o que se antevia. Difícil de início, mas se conseguir manter-se à tona vão ter que contar com ele. Esta tarde é decisiva, pois se mantiver ou aproximar-se fica na luta, se perder mais tempo tudo fica mais difícil.

Bruno Magalhães e Carlos Magalhães (Hyundai i20 R5) estão no quarto lugar da geral, a 13,7s dos líderes, mas o seu foco está mais em manter a atual posição na frente do CPR, que em termos prática, caso se concretize, significa um triunfo. Portanto, o foco vai ser esse, tentar manter a liderança do CPR, pois os 12.0 que já levam de avanço para o segundo, Zé Pedro Fontes, são significativos: “Tivemos um começo difícil, os troços estavam húmidos em algumas zonas, o composto duro que levámos criou-nos dificuldades, mas depois nos dois últimos troços da manhã já andámos mais depressa e estamos a cumprir na íntegra o que tínhamos perspetivado. Agora é tentar fazer pequenas alterações, nada de drástico, pois não queremos correr o risco de estragar o que fizemos até agora”, disse.

João Silva e Victor Calado (Skoda Fabia R5 evo) são sextos da geral, e estão a rodar dentro do esperado: “Tem sido um regresso bom, o carro está bem, o andamento foi bom na primeira e última, mas não nas duas do meio, pois foi muito longe do que queria. Faltou alguma confiança por isso não quis exagerar. Não é fácil tirar já o máximo do carro, não é fácil acreditar que o carro vai fazer o que quero, mas sinto-me bem apesar da longa pausa, sinto-me com vontade, mas tenho consciência dos limites”, disse.

José Pedro Fontes e Inês Ponte (Citroën C3 R5) não estão a fazer o rali que queriam, são sétimos da geral, segundo do CPR, a 25,7s da frente e a 12,0s de Bruno Magalhães, líder do CPR: “O balanço não é de todo bom, não correu nada bem, estamos em segundo do CPR e não era o que queríamos. Agora há que concentrar e tentar mudar o carro, para nos tentarmos aproximar do Bruno”, disse Zé Pedro Fontes.

Quem está a realizar um rali muito abaixo do esperado é Armindo Araújo e Luís Ramalho (Skoda Fabia R5 evo) que tiveram de trazer para a Madeira o carro de testes, que não está igual ao carro que trouxeram para a Calheta em termos de diferencial, o que está a causar dificuldades à dupla que já está em oitavo da geral a 30,2s dos líderes, mas pior do que isso, em terceiro do CPR a 16.5s da frente: “Temos um problema com o diferencial no carros, este é o carro de testes, as coisas não estão a correr bem, o carro não está igual á Calheta, estamos constantemente a lutar com o carro e os tempos não saem”, disse. Agora, é entrar em limite de danos, já que falta ainda muito rali.

Também com uma prestação abaixo do esperado estão Ricardo Teodósio e José Teixeira (Skoda Fabia R5 evo) que são nonos da geral e quarto do CPR: “Não era o andamento que pretendíamos, mas perdi alguma confiança logo a abrir o rali. Numa zona a descer apanhámos um susto numa travagem, na zona da Estalagem e depois disso perdemos um pouco a concentração. O troço seguinte estava molhado e não tive confiança nos pneus. Nos dois últimos já atacámos, mas com margem. Vamos alterar as afinações para ver se me consigo sentir mais à vontade com o carro”, disse Teodósio.

Basicamente, confirma-se o que já se antevia, pois já sabíamos que Bruno Magalhães e José Pedro Fontes deveriam andar melhor nesta prova que Armindo Araújo e Ricardo Teodósio. A história recente assim o diz. Contudo, o piloto de Hyundai está longe de ter o melhor carro, Zé Pedro Fontes está a andar abaixo das possibilidades do carro. Veja-se onde estão Alexandre Camacho, sem experiência no carro e Pepe Lopéz, sem experiência na prova. Por fim, o segredo de Armindo Araújo até aqui tem sido a preparação das provas, que o levaram a dois triunfos, mas aqui algo começou a correr mal com aquele pequeno toque na Calheta, pois isso desencadeou uma sequência de eventos que o trouxe até aqui. O carro da Calheta não pode ser reparado a tempo, o carro de testes não está, como já se percebeu, ao nível esperado (diferencial) e a este nível isso faz diferença. Por fim, Ricardo Teodósio, nunca andou bem na Madeira, e apesar de se ter preparado para esta prova como nunca, já se percebeu que isso não chega, pois Bruno, Fontes e Armindo, especialmente os dois primeiros têm outros argumentos nesta prova.

É que não é o carro, as notas, a equipa, que fazem a diferença, mas sim tudo junto, e a Madeira não é a melhor prova para Teodósio.

O algarvio até pode estar a fazer melhor que noutros anos, mas está sempre a ser comparado com outros e se esses também evoluíram, o resultado é o mesmo. Falta muito rali, só passaram cerca de 25%, por isso vamos ver o que acontece.

Pedro Meireles e Mário Castro (Volkswagen Polo GTI R5 fecham o top 10, estão a fazer o rali esperado.

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