Rali da Madeira: Bis de Diego Ruiloba

Por a 2 Agosto 2025 18:13

Diego Ruiloba – Angel Vela (Citroën C3 Rally2) venceram o Rali da Madeira depois de mais uma bela luta com um piloto madeirense. Depois de no ano passado o jovem espanhol ter luta e batido Alexandre Camacho, desta feita suplantou João Silva e triunfou novamente com grande brilhantismo na Pérola do Atlântico. Na sua terceira participação no Rali da Madeira, duas vitórias de um piloto que está a fazer o seu caminho no WRC, e que, com o apoio da Sports & You, está a dar os passos certos para dar sequência à grande herança que os espanhóis têm no WRC.

João Silva – Luis Rodrigues, apenas a realizar a sua terceira prova com o seu novo Toyota GR Yaris Rally2 assistido pela ARC Sport, fez uma fantástica exibição, sempre pressionando Ruiloba e Simone Campedelli nas lutas da frente. Entrou para a derradeira secção da prova a 1.9s do espanhol da Sports & You, mas não conseguiu o “bocadinho assim” para o suplantar e teve que se contentar com o segundo lugar, que é o seu melhor resultado de sempre na prova. Venceu, claro, para o Campeonato da Madeira de Ralis

Simone Campedelli – Tania Canton (Skoda Fabia Rs Rally2) terminaram no lugar mais baixo do pódio depois de uma prova em que no primeiro dia tiveram dificuldade para se juntar ao trio da frente, Diego Ruiloba, João silva e Kris Meeke, terminando o 1º dia a 17.3s da frente. Entraram bem no segundo dia, aproximaram-se muito da frente, mas depois não conseguiram manter o ritmo, deixando os dois da frente sozinhos na luta. Seja como for, terminam no pódio, que é o melhor resultado da dupla na prova desde que se estrearam na ilha em 2022.

Miguel Nunes – João Paulo (Skoda Fabia Rs Rally2) andam desde 2020 à procura de novo triunfo, o que ainda não conseguiram. Nesta prova, começaram no quinto lugar, e o que conseguiram foi subir uma posição, embora nunca tenham estado muito longe do trio da frente. Ainda tentaram um forcing no início do segundo dia, mas com as lutas que se travavam à sua frente perceberam que seria difícil lá chegar e com isso terminaram na quarta posição da geral, segundo no CRM, que lideravam destacados à entrada desta prova após três triunfos em quatro ralis. Antes da prova objetivou o “melhor resultado possível” e foi isso mesmo que conseguiram.

Meeke vence no CPR

Kris Meeke – Stuart Loudon (Toyota Gr Yaris Rally2) terminaram a prova no quinto lugar da geral, andaram na luta pela liderança até que um furo na segunda passagem por Palheiro Ferreiro 2, o troço mais longo da prova, atirou-os para o sexto lugar, mudando logo nessa altura o chip: trocaram a luta pela geral pela do CPR, pensando no campeonato. Asseguraram o quarto triunfo do ano em seis provas no CPR. Desistiram no Rali de Portugal e foram segundos após uma penalização em Castelo Branco. Caso não tivessem sofrido o furo, provavelmente a luta na frente teria contado com mais um protagonista. Seja como for, parte importante para si nesta prova foi cumprida com distinção.

Outra grande prova fizeram Armindo Araújo – Luis Ramalho (Skoda Fabia Rs Rally 2). Depois de no ano passado terem vencido para o CPR na Madeira, este ano, apesar de não o terem conseguido, andaram bastante mais perto de Kris Meeke. Chegaram ao final do 1º dia a 1.4s do líder, entraram para o segundo dia a bater Meeke e a ficar a 0.3s, mas logo a seguir o irlandês reagiu e até ao fim da manhã colocou a margem em 6.1s. Araújo ainda voltou a bater Meeke no mesmo troço da manhã, mas tal como já tinha sucedido, o piloto do Toyota aumentou a diferença e confirmou a vitória no CPR.

José Pedro Fontes – Inês Ponte (Citroen C3 Rally2) terminaram a prova na sétima posição da geral, com um pódio no CPR. Apesar do resultado positivo para as contas do campeonato nacional, Fontes sairá da Madeira algo desapontado com o resultado. A sexta não correu de feição, com uma escolha de pneus menos feliz e um andamento abaixo do que desejava. Acabou com uma abordagem pramgmática, com pontos importantes para o CPR.

Daniel Sordo – Candido Carrera (Hyundai I20 Rally2) foram os oitavos na geral deste rali. O espanhol nunca escondeu o desagrado pela performance do carro e basta ver a distância a que termina dos homens da frente para entender que a sua falta de experiência não explica tudo. Um fim de semana duro para o espanhol que raramente sorriu.

Alexandre Camacho – Pedro Calado (Hyundai I20 Rally2) também não teve um fim de semana feliz. Acabou resignado com a performance do Hyundai, tal como Sordo, sem nunca encontrar o compromisso que permitisse chegar aos lugares de topo. Termina na nona posição longe dos lugares que queria.

A fechar o top 10, Miguel Caires – Jorge Henriques (Skoda Fabia Rs Rally2), num fim de semana azarado. Um pião, um problema de caixa na sexta comprometeram as ambições da dupla que acabou por não chegar aos lugares almejados.

Nas contas da Power Stage, Miguel Nunes venceu com o tempo de 6:48.0, ficando à frente de João Silva, com Kris Meeke a ficar com o terceiro tempo. Campedelli e Ruiloba completaram o top 5. No CPR, Meeke venceu a Power Stage, com Fontes em segundo e Armindo em terceiro, conquistando mais pontos para as contas do campeonato.

Nas 2RM, Giovanni Fariña – Alejandro Rodriguez (Peugeot 208 Rally4) foram os vencedores, conquistando também o triunfo na Peugeot Rally Cup Ibérica e na Peugeot Rally Cup Portugal. Nas contas da competição ibérica, Fariña reforça a liderança e está muito perto do título. Já nas contas da competição portuguesa, Ricardo Sousa – Luís Marques (Peugeot 208 Rally4) ganharam pontos importantes, assim como no CPR 2RM, onde ficou em segundo lugar, atrás dos vencedores, Anton Korzun – Pavlo Kononov (Peugeot 208 Rally4). Sousa acaba por fazer uma boa operação, à frente de Guilherme Meireles – Pedro Alves (Peugeot 208 Rally4) e Rafael Rego – Ana Gonçalves (Peugeot 208 Rally4).

A alma da ilha em festa motorizada

Aqui fazemos um parênteses para destacar o fantástico que é este rali, nomeadamente na relação da população com a prova. Aqui, sucede algo que se via muito no ‘antigo’ Rali de Portugal: as ligações cheias de gente a ver passar a caravana. No Rali da Madeira, a ilha para, literalmente, e os troços não são, de modo nenhum, o único momento do povo ver o rali. A ilha tem cerca de 260.000 habitantes, se calhar nesta altura mais alguns significativos milhares, e se calhar são muito poucos os que não viram o rali em algum momento.

A verdade é que o Rali da Madeira transcende a mera competição desportiva; é um fenómeno que capta a alma da ilha e arrasta uma multidão vibrante para as suas estradas. É muito mais do que uma etapa do campeonato; é uma celebração da cultura automobilística, da beleza natural da ilha e da paixão inigualável de um povo pelo seu rali, consolidando-o como um dos eventos mais emblemáticos do calendário desportivo nacional.

Foto: AIFA

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