Rali da Água: Kris Meeke abandona e vê liderança do campeonato ameaçada

A dupla Kris Meeke e Stuart Loudon, aos comandos de um Toyota GR Yaris Rally2, enfrentou um fim de semana desastroso no Rali da Água. Chegando à prova como líderes isolados do campeonato, a equipa da Toyota viu as suas aspirações seriamente comprometidas após uma série de incidentes que culminaram num aparatoso despiste. Este revés coloca Meeke numa posição inesperada antes do Rali Vidreiro, uma prova que no ano anterior foi marcada por forte polémica.

Desventura no Rali da Água

O primeiro dia do Rali da Água foi já um prenúncio das dificuldades, com problemas de motor a afastarem Meeke e Loudon da frente da classificação por quase dois minutos. O dia seguinte, que se esperava ser de recuperação, revelou-se ainda mais desafiador. Um furo, resultado de uma ligeira ‘saída de trajetória’ na Prova Especial de Classificação 5, foi seguido por um espetacular despiste na PEC 7, que deixou o carro no estado que se vê na foto. Segundo o piloto, devido ao furo na primeira especial da manhã, um pedaço de borracha danificou um tubo do travão que resultou no despiste. Este abandono forçado marca um ponto de viragem na campanha do piloto britânico.

Para Kris Meeke, este abandono por despiste em Chaves surge após um incidente similar no Rali de Portugal de 2024. Antes disso, o Rali da Madeira de 2023 também viu o piloto obrigado a desistir. Estes episódios pouco usuais nos anos em Portugal, sublinham este rali de infortúnios para Meeke, que agora se poderá ver – o rali ainda não acabou – numa posição bem diferente na luta pelo título, algo que certamente não esperava.

O Rali Vidreiro, palco da consagração de Meeke como campeão no ano passado, ficou infelizmente também conhecido pela intensa polémica que o rodeou. Este ano, a expetativa é que a prova na Marinha Grande se decida exclusivamente na estrada, com um espetáculo desportivo sem incidentes extra desportivos.

Apelo à resolução de questões legais

Para que o foco se mantenha apenas na competição, é imperativo que as questões pendentes nos tribunais, Castelo Branco e pilotos estrangeiros campeões em Portugal, sejam resolvidas. A persistência de litígios legais tem desviado a atenção do que realmente importa no desporto motorizado, que é a performance e a paixão pela modalidade.

A comunidade dos ralis anseia por um ambiente onde as leis desportivas se definam e prevaleçam, e onde todos possam desfrutar da emoção da corrida sem as sombras de disputas judiciais. A clareza e a resolução destes assuntos são cruciais para a integridade e o futuro do campeonato.