Q&A, Armindo Araújo: “Se for possível fazer ralis vamos ter grande atenção dos media”

Por a 12 Maio 2020 15:41

Armindo Araújo foi um dos convidados da Eleven Sports para o debate sobre os ralis. Fique com o essencial das suas palavras.

Vai haver quem determine as medidas para os ralis arrancarem, e quando as equipas se deslocarem, confias que tudo esteja pensado?

“A questão da segurança não se coloca, pois uma organização, a partir do momento que colocam a prova na estrada vão dar às equipas a segurança suficiente para se fazer prova. Não quero por ninguém em risco, todos nós vivemos momentos diferentes do habitual, o nível de risco aumentou, mas é como ir ao supermercado, à bomba de gasolina, as regras da sociedade mudaram, e a parte desportiva tem que arcar com as contingências. Para mim, a FPAK dá-me garantias e havendo consenso nós sabemos que vamos para um evento com condições mínimas para o disputar. Acho que todos temos que colaborar para uma solução”.

Como estão as coisas com os teus patrocinadores?

“Represento duas das grandes empresas nacionais, a Altice e a Galp e acho que devemos aproveitar momento que estamos a passar, pois todas estas grandes empresas viram investimentos ser cancelados, por exemplo os grandes festivais, futebol, cultura, etc.. Tudo caiu, e toda a forma de promoverem as suas marcas os programas caíram. Há dias falava com a administração da MEO, em que me foi dito que era muito importante, em condições de segurança, tentarmos manter o campeonato vivo, já que seria redirecionado muita da aposta de marketing da MEO e se nós conseguirmos recomeçar o campeonato, sendo eu um embaixador ativo da MEO, os holofotes viravam-se e o nosso desporto e os ralis poderiam beneficiar com isso, pois poderia ajudar a capitalizar o nosso desporto.

Estás a falar de grandes eventos, como festivais de música?

“As marcas fortes querem estar com os grandes programas. Há 15 anos ninguém via as grandes empresas a apostar nos festivais e hoje em dia todos têm apoios dessas grandes marcas. Alguém trabalhou bem todas essas marcas e por isso nós temos que criar o nosso ‘festival’ e criar também um produto muito atrativo. Contudo não podemos esquecer uma coisa. Nós temos vários patamares de ralis em Portugal e estamos a falar da 1ª Liga, e eu não posso pedir a um piloto do Regional que possa jogar nesta primeira liga que estamos a preparar, nós temos que saber diferenciar os patamares dos ralis em Portugal, claro que estando a falar da 1ª Liga temos que ter tudo o que é bom e um grande espetáculo, esse espetáculo custa e tem valores diferentes de um espetáculo de Regional, todos têm o seu mérito, mas temos de saber o que estamos a falar. Estou convencido que se este ano for possível fazer ralis vamos poder ter grande atenção parte dos media e por players de investimento em Portugal a olhar para os ralis, e isso pode ajudar-nos a capitalizar o ano de 2021 e anos seguintes”.

O que será preciso fazer para avançar?

“Com bom senso, arrancamos com determinadas regras para 2020, e agora não se pode mudar tudo. Houve um consenso de como poderemos ajustar campeonato, o problema foi acautelar interesses de todos os intervenientes. Porque haviam proposta que defendiam os pilotos e punham muito em causa as organizações dos ralis e tivemos que expor uns aos outros as dificuldades, para defendermos a modalidade e quando nós conseguimos encontrar uma solução que defendesse toda a gente, foi ai que decidimos apresentar uma proposta à FPAK para que a federação entendesse que nós queríamos o bem geral e não o bem dos pilotos. Eu acho que a solução é defender toda a gente, a proposta foi para o bem geral e não o bem dos pilotos e acho que isso nunca aconteceu antes nos ralais. Quando apresentámos a proposta ele próprio ficou contente e relaxado com a nossa postura, pois não fomos egoístas sem querer saber dos interesses dos outros.

Acho que tem que haver muito bom senso, se ainda for possível fazer ralis em 2020, mas mantendo as regras base daquilo que temos definido, porque nós pilotos vendemos um produto aos patrocinadores e não podemos alterar o produto todo. E é este bom senso que a federação tem que contrabalançar entre todos os intervenientes e foi com este bom senso que a reunião de pilotos foi muito importante para para arranjarmos soluções interessantes para todos.

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