CPR, Rali de Portugal: Contas ‘caseiras’

Por a 19 Maio 2021 13:04

Depois de não se ter realizado o ano passado o Rali de Portugal volta ao calendário do CPR, este ano logo como segunda prova do calendário. Com Arganil na ’ementa’, as equipas lusas têm pela frente a prova mais dura do ano…

O Rali de Portugal é, como sempre foi, uma prova dura para as mecânicas. Apesar dos concorrentes do Campeonato de Portugal de Ralis terem pela frente ‘apenas’ a primeira etapa da prova portuguesa do Mundial de Ralis a verdade é que se trata de Arganil e a sua reconhecida dureza num dia com mais de 120 Km cronometrados e sem assistência. Depois do shakedown de quinta-feira, os concorrentes vão para a assistÊncia, rumam a Coimbra à tarde, a Cerimónia de PArtida é à noite, na sexta-feira de manhã, ‘metem’ pneus e aí vão eles para a Lousã, Góis, Arganil, novos pneus em Arganil, novamente Lousã, Góis, Arganil, seguem para Mortágua, daí para a Lousada, onde termina a prova do CPR. Assistência, só à noite já na Exponor. Significa isto que fazem 122.88 Km de troços, Serra do Açor e Lousã pelo meio, sem qualquer tipo de assistência. Para piorar a questão, a sua ordem de partida deverá situar-se a seguir ao WRC3, o que significa que o primeiro português deve passar por volta do 30º lugar com o respetivo ‘dano’ nos troços feito por 10 WRC e 20 Rally2.

Obviamente que a rapidez é importante, mas estes são troços de Mundial, fazer cinco troços num só dia com uma média de 19 Km não é habitual para a maioria dos concorrentes, exceção feita a quem andou no WRC e Europeu de Ralis: Armindo Araújo, Bruno Magalhães, e no passado, Bernardo Sousa. O campeão em título não esconde que gosta de troços longos, mas para todos esta vai ser uma prova mais de gestão do que velocidade pura.

Se olharmos para os itinerários dos ralis do ano passado, o troço mais extenso em Fafe tem 16.42 Km, os restantes rondam entree os 7 e 11 Km de extensão. Castelo Branco, que é em asfalto, tem um troço de 16 Km que se repete duas vezes e mais três entre 12 e 14. Na Madeira todos os troços rondam entre 8 e 11.37 Km, o Rali do Alto Tâmega foi a prova com troços mais extensos de 2020, troços entre 14 e 19.40 km, ainda que grandes partes em estradas que são quase auto estradas. No Vidreiro, troços curtos e rápidos, entre 8 e 13 Km, e por fim na Aboboreira, entre 10 e 16 Km já este ano, com o mais extenso, com 19.

Será para as equipas lusas que concorrem no CPR uma prova bem diferente do habitual, o que torna o ‘nosso’ CPR uma competição me que há um pouco de tudo. São apenas nove os concorrentes do CPR no Rali de Portugal, sete deles podem vencer, apontar um favorito claro é difícil, e o Rali Terras d’aboboreira não dá pistas claras, pois é um rali completamente diferente.

Ricardo Teodósio (Skoda Fabia Rally2 evo) venceu o Rali Terras d’Aboboreira, mas no Rali de Portugal ainda não fez melhor do que um terceiro lugar no CPR (2019). Armindo Araújo (Skoda Fabia Rally2 evo) é bem melhor talhado para este tipo de provas, pois nos tempos do PWRC aprendeu muito bem a gestão adequada a fazer neste tipo de troço, quando se anda lá muito atrás. Mas não contamos com grandes diferenças entre os concorrentes nacionais – azares e contratempos à parte – e este deverá ser um rali que se vai manter em aberto durante a segunda passagem pelos troços de Arganil, embora tudo deva já chegar resolvido a Lousada.

Miguel Correia (Škoda Fabia Rally2 evo) fez uma excelente exibição na Aboboreira e vai ocm muita confiança para o Rali de Portugal, onde não nos admiramos que repita o pódio. Bruno Magalhães (Hyundai i20 R5) também sabe bastante bem o que fazer neste tipo de provas. Os troços não são muito lentos, pelo que o Hyundai não sofrerá tanto, mas há zonas dos troços de Góis e Arganil bem complicados para o Hyundai, especialmente a subida do Pai das Donas para o Voo Livre, em Arganil, e a zona inicial de Góis, até ao começo da descida.

Bernardo Sousa (Skoda Fabia R5) nunca competiu nos troços de Arganil, quanto muito conhece o de Mortágua, pelo que vai descobrir uma prova completamente nova para si. Foi quinto na Aboboreira, mas o tipo de rali que tem pela frente é bom para, no mínimo, repetir o resultado.

José Pedro Fontes (Citroën C3 Rally2) não esteve bem na Aboboreira, mas tem experiência e rapidez suficiente para fazer uma boa prova no Rali de Portugal.

Mas é uma prova bem azarada para si, já que a correr na prova desde 1998, em oito ralis, só terminou duas vezes.

Pedro Meireles e Mário Castro não vão estar à partida do Rali de Portugal: “Alguns problemas físicos impedem-me de competir nesta prova tão exigente, ao volante do Volkswagen Polo GTI R52, disse. já é malapata com o Rali de Portugal, pois há dois anos a prova não lhes deixou saudades nenhumas já que o seu Volkswagen Polo GTI R5 ardeu por completo.

Paulo Neto (Škoda Fabia R5) vai ter que puxar pela memória para se recordar dos Rali de Portugal que passavam por Arganil entre 1992 e 1994. Outros tempos, outros carros, mas quem lá passou não esquece as estradas difíceis.

Por fim um dos pilotos que, desconfiamos, pode fazer um grande Rali de Portugal é Diogo Salvi (Skoda Fabia R5). O seu teu de pilotagem adequa-se muito bem aos troços desta prova, e o oitavo lugar em 2019 no Rali da Turquia deixam a ideia que pode fazer uma boa prova neste rali.

42 Araújo Armindo Ramalho Luís Škoda Fabia Rally2 evo Portugal

43 Magalhães Bruno Magalhães Carlos Hyundai i20 R5 Portugal

45 Teodósio Ricardo Teixeira José Škoda Fabia Rally2 evo Portugal

46 Fontes José Pedro Ponte Inês Citroën C3 Rally2 Portugal

47 Sousa Bernardo Calado Victor Škoda Fabia R5 Portugal

48 Correia Miguel Costa António Škoda Fabia Rally2 evo Portugal

53 Neto Paulo Hugo Vítor Škoda Fabia R5 Portugal

55 Salvi Diogo Carvalho Jorge Eduardo Škoda Fabia R5 Portugal

57 Villas-Boas André Magalhães Gonçalo Citroën C3 Rally2

58 Ramos João Fernando Janela José Škoda Fabia R5

75 Miranda Hélder Pereira Hugo Renault Clio RS R3T

80 Almeida Pedro Magalhães Hugo Peugeot 208 Rally4 Peugeot Rally Cup Ibérica

83 Cunha Ernesto Raimundo Rui Peugeot 208 Rally4 Peugeot Rally Cup Ibérica

86 Fernandes Carlos Cardoso Valter Peugeot 208 Rally4 Peugeot Rally Cup Ibérica

88 Campos Miguel Lopes Paulo Peugeot 208 Rally4 Peugeot Rally Cup Ibérica

90 Sousa Ricardo Marques Luís Peugeot 208 Rally4 Peugeot Rally Cup Ibérica

92 Lopes Hugo Neves Tiago Peugeot 208 Rally4 Peugeot Rally Cup Ibérica

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