CNR: Carlos Martins explica a sua época e perspetiva o futuro

Por a 18 Setembro 2016 20:21

Carlos Martins foi quarto classificado no Rali de Mortágua um dos poucos resultados ‘normais’ que obteve este ano, e que mesmo assim foi condicionado por várias situações. Quem o viu andar o ano passado com o Skoda Fabia S2000, esperava que este ano com o DS3 R5 pudesse fazer bem melhor, mas a verdade é que ouvindo as explicações do piloto fica-se a perceber bem melhor toda a envolvência de ser piloto de ralis com um orçamento apertado.

Só os pilotos das equipas oficiais podem dar o melhor de si sem ter que se preocupar com mais nada do que a pilotagem no seu máximo, mas a este nível nacional as coisas são bem diferentes e o simples facto de se abandonar numa prova com algo danificado no carro é logo sinónimo de acréscimo no orçamento e uma diminuição do ritmo a que se podia chegar nas provas seguintes, porque sem o acumular de quilómetros também não se aprende e evolui: “Logo nas quatro primeiras provas tive duas desistências, uma direção assistida em Castelo Branco e uma embraiagem nos Açores, e quando nós pensamos que temos um orçamento que não é baixo, e ainda falta muito campeonato e já quase 50 por cento do orçamento já foi à vida isso faz-nos equacionar se vale a pena continuar a apostar este ano ou se vale a pena deixar para o seguinte e foi isso que fiz. Falhei a Madeira, que é a prova mais cara e todas, não fazia sentido em termos de campeonato. Com duas desistências e falhar uma prova reflete-se no ritmo, porque andei muito pouco, comparado com o que andei o ano passado de Skoda, em que não tive problemas.”

“Resumindo e concluindo, vou levar isto até ao fim, mas a baixar custos, pois com um início de ano tão fraco, deixou de fazer sentido continuar a apostar e a gastar dinheiro numa coisa que não vai dar em nada. Para o ano, é outro ano, estamos cá para ver. Eu acho que era fundamental as primeiras provas terem corrido melhor! Fafe não foi mau, mas em Castelo Branco desisto, Açores desisto, Marinha Grande faço quinto lugar, com duas desistências não tenho quilómetros, não ganho ritmo. Em Castelo Branco faço dois troços, nos Açores a mesma coisa, é pouco rali e isso acaba por condicionar o ritmo” começou por dizer Carlos Martins, explicando porque não está a andar o que todos sabemos ser capaz.”

“Nesta prova de Mortágua faço o primeiro troço bom, e no segundo, cometo um pequeno erro, em que perco cerca de 15 segundos. No segundo dia há uma escolha de pneus errada, levei pneus não indicados e não conseguia andar. Na segunda passagem, cometo um erro, dou um toque numa pedra ao cortar demasiado uma curva e fico sem direção assistida, perco um minuto. Portanto tudo junto, este minuto, mais 15 do primeiro troço, os pneus errados, tudo junto é muito num rali destes, condiciona muito o resultado. De tarde conseguimos andar melhor mas o resultado já estava condicionado, já era tarde. Portanto este ano ir até ao fim, fazer o melhor possível, provavelmente a próxima prova não vou, devo ir só ao Algarve, que é perto de casa, e uma prova que eu gosto. Vou-me guardar um bocadinho mais para o Algarve. Por outro lado, eu não tenho ainda a evolução no carro, eles já têm, não faz sentido fazer crescer custos nesta altura, até porque não sabemos se a melhor hipótese não será outro carro já evoluído, manter este, evoluir este, tem que se fazer as contas todas, é chegar ao fim do campeonato, acumular quilómetros e depois logo se vê para o ano que vem” disse Carlos Martins, deixando desta forma perceber a razão pela qual um piloto que já mostrou o que podia fazer com um Fabia S200 não ter ainda feito mais com o DS3 R5. Para o ano, com tudo isto resolvido e com menos azares, Carlos Martins é piloto para, pelo menos lutar pelos pódios…

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