Campeonato de Portugal de Ralis: Seis anos a bater recordes

Por a 26 Março 2020 11:07

Por José Luís Abreu

FOTOS ZOOM MotorSport/António Silva; AIFA/Jorge Cunha

O Campeonato de Portugal de Ralis tem vivido nestes últimos anos a sua melhor fase de sempre, com muito equilíbrio, numerosos candidatos a vencer provas e títulos, e não somos nós que o dizemos, mas sim os números que o provam. Vamos perceber porquê…

É uma perceção generalizada que o Campeonato de Portugal de Ralis tem tido competições bastante mais equilibradas nos últimos anos, não só com campeonatos decididos à décima, mas também com muitas provas fortemente competitivas, com duas ou mais equipas a lutar pelo triunfo em cada prova.

Nesse contexto, fomos olhar para o Top 30 dos ralis mais equilibrados da história e esse top confirma precisamente a ideia que tínhamos. Os últimos seis anos do CPR são os mais competitivos da história da competição.

Recordando um pouco a história, que remonta a 1956 quando Fernando Stock ganhou os títulos de Ralis e de Velocidade, foi nos anos 70 que os ralis tiveram um crescimento muito grande em Portugal. Foi aí que nasceram projetos muito profissionais – a Diabolique é provavelmente o expoente máximo – donde saíram pilotos de grande talento e eventos que fizeram história nos ralis em Portugal.

Quem não se lembra de nomes como Américo Nunes (com a famosa ‘bomba verde’, o Porsche 911), Giovanni Salvi, Carpinteiro Albino e Francisco Romãozinho.

Mais tarde, nova ‘fornada’ de pilotos, como Carlos Torres, ‘Mêqêpê’, José Pedro Borges, Santinho Mendes. Foram estes primeiros nomes que semearam as raízes do que são hoje em dia os ralis em Portugal em termos de popularidade.

Do Grupo B ao Grupo A

Seguiu-se a década de 80, era em que os ralis ganharam uma dimensão que nunca tinham tido até aí, quer seja em Portugal, mas também a nível internacional, com os fantásticos Grupos B que também marcaram forte presença entre as nossas equipas.

Por essa altura apareceram nomes como Joaquim Moutinho, Joaquim Santos e Carlos Bica, isto numa altura em que já pontificavam pilotos como Mário Silva, Carlos Torres, Rafael Cid, Giovanni Salvi, todos nos míticos Ford Escort, a que se somavam os Opel Kadett de ‘Mêqêpê’ e José Pedro Borges, ou o Porsche de Américo Nunes. Curiosamente, o Campeão de 1980 foi Santinho Mendes, no seu Datsun 160J.

Em 1982 começava o período ‘Quim Santos’, que estendeu o seu domínio nos anos seguintes, até que surgiu o projeto oficial da Renault, em 1984, um ano marcado pela forte polémica. Moutinho levaria o seu Renault 5 Turbo ao título em 1985, e no ano seguinte a caravana do CNR fazia-se com carros como o Ford RS200 de Joaquim Santos, Renault 5 Turbo de Joaquim Moutinho e o Lancia 037 Rally de Carlos Bica.

A Renault aproveitou bem a mudança para o Grupo A com dois 11 Turbo para Inverno Amaral e Manuel de Mello Breyner, mas a corrida ao armamento voltou a fazer-se e Carlos Bica deu início a um longo período em que com os seus Lancia Delta Integrale, tudo venceu, sem que as duas rodas motrizes do Ford Sierra RS Cosworth conseguissem fazer alguma coisa. Em 1991, Bica chegou ao tetra, saiu de cena e quem aproveitou foi Joaquim Santos.

A família Bica voltaria à carga agora com Jorge Bica, Campeão em 1993, seguindo-se depois um novo longo período dominante, o de Fernando Peres (Ford Escort Cosworth) que venceu em 1994, 1995 e 1996, chegando ao tri.

A era dos WRC

Dando sequência aos períodos dominantes, seguiu-se a Peugeot, em 1997, com Adruzilo Lopes e o seu fantástico Peugeot 306 Maxi, que tinha bons opositores, por exemplo os Mégane da Renault, mas não dava hipóteses ao vencer oito ralis, repetindo o feito em 1998, ano em que apareceu o primeiro Toyota Corolla WRC, a que se juntou ao Ford Escort WRC de Peres, viaturas que marcariam uma nova era na competição portuguesa. As coisas mudariam favoravelmente para o lado dos WRC mas nesse ano Adruzilo Lopes voltou a não dar hipóteses.

Pedro Matos Chaves aproveitou bem o competitivo Toyota Corolla WRC e o bem estruturado projeto da Toyota para ser campeão em 1999 e 2000, sendo que neste último se viveu um dos mais competitivos ‘Nacional de Ralis’ com Adruzilo Lopes (Peugeot 206 WRC), Rui Madeira (SEAT Cordoba WRC), Pedro Matos Chaves (Toyota Corolla WRC) e Fernando Peres (Ford Escort WRC) a compor um plantel de luxo, e a contribuir para um dos campeonatos mais interessantes de que há memória. A Peugeot e Adruzilo Lopes foram campeões em 2001, e 2002 marcou a despedida dos WRC do CNR.

Citroën e Armindo Araújo

A Citroën surgiu com Armindo Araújo e o novo Saxo Kit Car, a dar grande espetáculo e os anos seguintes foram marcadas por grandes lutas.

Nesta altura, os ralis mudaram muito em Portugal com a saída dos WRC, passando a ser os S1600 e Grupo N a pontificar e nesse contexto, Armindo Araújo brilhou. Com bons carros na sua gama de competição, a Renault (Clio S1600) e a Peugeot (206 S1600) juntaram-se à Citroën (Saxo Kit Car) com equipas oficiais, a Volkswagen apoiou os irmãos Meireles com os Polo S1600, havia vários Mitsubishi Lancer bem pilotados e claro, com ingredientes destes, o campeonato foi de exceção, dos mais bem disputados em muito tempo, com Armindo Araújo a mostrar cada vez mais que estava talhado para altos voos.

Em 2005, Armindo Araújo foi para a Mitsubishi Portugal, o CNR perdeu equipas oficiais, mas ganhou bons privados, mas esta seria uma fase de menor competitividade, pois Armindo Araújo e a Mitsubishi dominaram por completo o CNR em 2005 e 2006.

Os tempos dos S2000

No ano seguinte, apareceram os S2000, e novamente equipas oficiais: Peugeot (Bruno Magalhães) e Fiat (Zé Pedro Fontes), com o piloto do Peugeot 207 S2000 a não dar hipóteses, o que voltou a fazer em 2008 e 2009, sempre com o Peugeot 207 S2000, notando-se nessa altura que o CNR estava pouco competitivo.

A Peugeot Portugal alavancou fortemente os ralis em Portugal, ajudou ao aparecimento de grandes valores lusos, desde 1996, foi a única marca presente a nível oficial, e de forma ininterrupta, nos ralis em Portugal, mas decidiu sair. Com isso, os protagonistas passaram a ser os privados, com Bernardo Sousa (Ford Fiesta S2000) a dominar o CNR, batendo Vítor Pascoal, novamente segundo com o 207 S2000. Ricardo Moura deu nas vistas e confirmou esse ascendente no ano seguinte, sendo campeão pela primeira vez, numa fase muito pobre do CNR. A crise em Portugal estava no auge e se 2011 tinha sido mau, 2012 foi ainda muito pior, com Ricardo Moura a ser novamente campeão. Aproveitando o embalo, Moura foi novamente campeão em 2013, mas foi aqui que se começou a notar nova curva ascendente do CNR, com vários S2000 a surgir na competição. Ricardo Moura (Skoda Fabia S2000) foi Campeão, mas quatro pilotos diferentes venceram provas.

O arranque dos R5

Sabendo da importância do que é um projeto ‘diferente’, talvez devido à sua formação em Ciências de Comunicação e Marketing, o Porsche 997 GT3 de Zé Pedro Fontes valorizou imenso o CNR de 2014, mas foi Pedro Meireles (Skoda Fabia S2000) o campeão.

Foi este o ano que a FIA introduziu os R5, uma medida que transformou por completo os ralis ‘nacionais’, pois permitiu que de forma crescente fossem aparecendo projetos novos, suportados em carros de várias marcas diferentes, mas competitivamente muito similares, o que permitiu que fosse a qualidade dos pilotos, equipas e respetivos projetos a fazer a diferença na estrada. Ao correrem com carros muitos equilibrados, isso acabou por seduzir cada vez mais pilotos a rumar ao CPR, pois o se no passado alguns projetos tiveram o efeito eucalipto, que pela sua qualidade quase tudo ‘secaram’ à volta, vencendo, com o surgimento dos R5 essas diferenças atenuaram-se muito.

Claro que os projetos oficiais, por contarem com os melhores, pilotos e estruturas, não deixaram de se superiorizar, mas a própria definição do que são os R5 abriu claramente espaço para que outros se munissem de condições similares, o que atirou para os píncaros a competitividade do agora, Campeonato de Portugal de Ralis.

A primeira equipa oficial ‘R5’

Em 2015 surgiram vários projetos com carros de topo no CNR, num ano em que Zé Pedro Fontes, com a equipa oficial da Citroën/DS, a ser Campeão na última prova, batendo Ricardo Moura (Ford Fiesta R5). João Barros (Ford Fiesta R5) era outro bom exemplo do aparecimento de novos valores no campeonato português de ralis. O ano de 2015 terminou com sete R5 em prova…

Por tudo isto, o ano de 2016 teve um plantel ainda mais forte, ainda que José Pedro Fontes tenha voltado a não dar hipóteses. João Barros, Ricardo Moura e Miguel Campos, não realizaram todo o campeonato, e foi Pedro Meireles quem deu luta a Fontes, protelando ao máximo a decisão do título. Miguel Barbosa veio para os ralis e venceu uma prova do CPR e Ricardo Teodósio mostrou estar cada vez mais forte.

O ano dos 0.4 pontos

O ano de 2017 ficará marcado para sempre na história dos ralis, já que Carlos Vieira, piloto da Sports&You, alcançou um título memorável que só ficou resolvido nos ‘metros’ finais da competição sendo este um recorde que provavelmente nunca será batido, já que bateu Pedro Meireles por 0.4 pontos.

Para além disso, seis pilotos podiam vencer ralis, algo que não sucedia há muito.

O ano de 2018 ficou marcado pela entrada de uma equipa nova no panorama nacional dos ralis, o Team Hyundai Portugal e logo com o campeão em título, Carlos Vieira, e Armindo Araújo, que regressou após um período de cinco anos afastado dos ralis.

O CPR iniciou-se com duas dezenas de R5, uma realidade nunca vista no principal campeonato de ralis português, que ao longo da sua história teve sempre bons carros de topo, mas nunca tinha congregado tantos e tão bons pilotos e carros ao mesmo tempo, algo que deixava cada vez mais claro a excelente medida da FIA com a criação da categoria onde estavam inseridos os R5 nos ralis. Desde que esta nasceu, os campeonatos nacionais depressa começaram a beneficiar desse facto. O espetáculo foi aumentando gradualmente, e os ralis têm neste momento um elan que claramente não tinham há meia dúzia de anos.

Depois de alguns anos menos bons, com uma competição baseada em Grupos N, os R5 trouxeram novo fôlego e apesar das dificuldades que continuam a existir para colocar de pé bons projetos, a verdade é que a principal competição de ralis em Portugal era quase um oásis no desporto motorizado em Portugal.

Tudo começou a mudar em 2014, quando o principal escalão dos ralis assistiu à chegada de modelos ‘state-of-the-art’ e ao incremento no número de carros e pilotos verdadeiramente competitivos e com intenções de disputar o título absoluto, a maioria deles ao volante de carros das categorias R5 e S2000, que configuram um espetáculo diferente, por exemplo, dos ‘velhinhos’ Grupo N que quase monopolizaram o campeonato num passado não muito distante.

João Barros, ao volante do Ford Fiesta R5 foi o primeiro piloto português a adquirir um carro daquela categoria, e desde aí o crescimento não mais parou. Já lá vão seis anos…

Vamos esperar que a crise que aí vem decorrente do coronavírus não arrase com tudo isto, mas esse é um fator totalmente inesperado e que não vai criar só problemas em Portugal, mas sim no mundo motorizado todo. Contudo, isso é assunto para outra altura.

Tempo de recordes

Há uma forma muito fácil de provar que os tempos dos R5, basicamente os últimos cinco/seis anos, têm sido muito competitivos em Portugal. Já vos falámos do recorde do campeonato de 2017, mas há outros números que comprovam a tese. Por exemplo, sabia que os três ralis mais equilibrados da história do CPR/CNR tiveram lugar nos últimos seis anos? Já lá vamos.

Se olharmos para o número de triunfos por ano, percebemos que houve um caminho. Em 2014, Pedro Meireles venceu quatro ralis, José Pedro Fontes, três e João Barros, um, mas em 2019, cinco pilotos ganharam provas, quatro deles duas cada um (José Pedro Fontes, 2; Ricardo Teodósio, 2; Armindo Araújo, 2; Bruno Magalhães, 2 e Ricardo Moura, 1).

Se vir os quadros abaixo percebe que era muito mais fácil o CPR bipolarizar-se em 2014, 2015 e 2016 do que daí para a frente, quando não só passou a haver mais pilotos a vencer provas, como se chegou ao ‘cúmulo’ de em 2019 quatro pilotos dividirem equitativamente entre si oito provas do campeonato.

Em termos totais, José Pedro Fontes venceu ralis em todos os últimos seis anos totalizando 16 triunfos (CPR). Segue-se Pedro Meireles com nove vitórias, Ricardo Moura com oito, Armindo Araújo com seis, Carlos Vieira e Ricardo Teodósio com três, João Barros e Bruno Magalhães com duas e Miguel Barbosa com um triunfo.

Passando para o número de especiais ganhas, aqui sobressai um nome: José Pedro Fontes. É de longe o piloto que mais provas especiais de classificação vence, seguido de Ricardo Moura.

Mas é no equilíbrio das provas que percebemos que os últimos anos o CPR foi mais competitivo e para isso basta perceber que no top 10 das provas mais equilibradas do CPR, doze delas são nos últimos seis anos, sendo que três ocupam os três lugares do pódio, o Rali Cidade de Guimarães 2014 quando 0.3s separaram Pedro Meireles de Ricardo Moura. O mítico Rali Vidreiro/Centro de Portugal 2019, o tal em que Ricardo Teodósio correu ‘entrapado’ devido a um acidente em testes, que lhe podia ter custado o campeonato, com José Pedro Fontes a bater o algarvio por 0,6s. Por fim o Rali Vinho da Madeira 2016, quando José Pedro Fontes bateu Alexandre Camacho por 1.0s, um rali que teve como fator decisivo… uma pedra.

São essas três histórias que vamos agora recordar, sendo que depois de ter arrancado em Fafe a competição deste ano, pela frente temos agora um longo hiato causado pela COVID-19, que a todos obriga a recolhimento. Não sabemos para já quando a competição irá ser retomada, e esperamos que as consequências de tudo isto não sejam dramáticas para a competição lusa, pois foi percorrido um longo caminho, que era uma pena agora vê-lo dissipar-se.

Rali de Guimarães 2014: O último a rir

Pedro Meireles conseguiu na cidade-berço a segunda vitória consecutiva no Campeonato Nacional de Ralis e de forma ainda mais emocionante do que tinha sucedido anteriormente, nesse mesmo ano, em Fafe. Apenas 0,3s (após 103 km cronometrados!) separaram o vimaranense do tricampeão Ricardo Moura tendo esta sido uma das melhores provas de sempre. Poucas vezes tinha assistido a uma prova tão emotiva como a que aconteceu em Guimarães, onde quatro pilotos se envolveram numa luta sem tréguas pela vitória e num rali decidido por apenas três décimos de segundo, a diferença mais curta de sempre no principal escalão da modalidade em Portugal. Depois de João Barros se atrasar, Ricardo Moura e Pedro Meireles entrarram para a última classificativa separados por 3.1s, favoráveis ao açoriano, mas nos 13.4 quilómetros finais, disputados já ao cair da noite, Meireles recuperou 3.4s e venceu o ‘seu’ rali por três décimos de segundo, a mais curta diferença de sempre no campeonato nacional.

Rallye Vidreiro Centro de Portugal 2019: Por um piscar de olhos

José Pedro Fontes e Inês Ponte Grancha venceram o Rallye Vidreiro Centro de Portugal depois de uma acesa e equilibrada luta com Ricardo Teodósio e José Teixeira, com Bruno e Hugo Magalhães a fecharem o pódio. Foi uma prova de altos para uns, baixos para outros, mas também de muita superação.

Com a luta pelo título ao rubro, este rali afigurava-se de capital importância para clarificar melhor os números da competição. A história desta prova começou oito dias antes do seu início, quando num teste de preparação, Ricardo Teodósio teve um forte acidente que o atirou para o hospital com fraturas em duas costelas e fissura numa outra. A força mental e a perseverança de Teodósio levaram-no a uma prova de superação, lutando até ao fim pelo triunfo, que foi para José Pedro Fontes e Inês Ponte por 0.6s.

Rali Vinho Madeira 2016: Pedras no caminho

José Pedro Fontes obteve a sua primeira vitória no Rali Vinho Madeira. O campeão nacional em título não se deixou afetar pelo incidente da pedra que envolveu Bruno Magalhães e levou ao cancelamento da 18ª especial. Entrou ao ataque e ganhou a derradeira classificativa, batendo Alexandre Camacho. Subiu a segundo e receberia uma vitória já no Funchal depois da desclassificação de Bruno Magalhães. Após muito equlíbrio entre três pilotos, a duas classificativas para o fim do rali o inesperado aconteceu. Passada a confusão provocada pelo cancelamento da 18ª especial, os três pilotos foram para os últimos quilómetros separados por 9,7 segundos, com Camacho a apenas 6,5s de Magalhães e aí Fontes ganhou. A probabilidade de Bruno Magalhães ser penalizado era grande e havia a possibilidade de Fontes vencer o rali. Arriscou e venceu depois de passar Alexandre Camacho na classificação. Com a decisão do colégio de comissários de penalizar Bruno Magalhães em 35 segundos, Fontes venceu.

TOP 30 (RALIS MAIS EQUILIBRADOS)

POS PROVA DIF. PROTAGONISTAS

1 Rali Cidade de Guimarães 2014 0,3s Pedro Meireles vs Ricardo Moura

2 Rali Vidreiro/Centro de Portugal 2019 0,6s José Pedro Fontes vs RicardoTeodósio

3 Rali Vinho da Madeira 2016 1,0s José Pedro Fontes vs Alexandre Camacho

4 Rali Estrela e Vigorosa 1992 1,0s Fernando Peres vs Jorge Bica

5 Rali Serras de Fafe 2014 1,3s Pedro Meireles vs Martin Kangur

6 Rali Alto Tâmega 1987 2,0s Joaquim Santos vs Manuel Mello Breyner

7 Rali Nordeste Transmontano 2005 2,3s Miguel Campos vs José Pedro Fontes

8 Rali de Castelo Branco 2017 2,6s José Pedro Fontes vs Carlos Vieira

9 Rali Cidade Oliveira do Hospital 1995 3,0s Paulo Meireles vs Jorge Bica

10 Rali Solverde 1996 3,0s Fernando Peres vs Adruzilo Lopes

11 Rali TargaVieira do Minho 2012 3,0s Ricardo Moura vs Pedro Peres

12 Rali de Mortágua 2018 3,5s Armindo Araújo vs Pedro Meireles Pedro

13 Rali Vidreiro – Centro de Portugal 2015 3,9s Ricardo Moura vs José Pedro Fontes

14 Rallye Casino de Espinho 2017 4,0s Carlos Vieira vs José Pedro Fontes

15 Rali James Póvoa do Varzim 1982 4,0s António Rodrigues vs Joaquim Moutinho

16 Rali Cidade Oliveira do Hospital 2000 4,0s Rui Madeira vs Pedro Chaves

17 Rali Vinho Madeira 2014 4,0s Bruno Magalhães vs José Pedro Fontes

18 Rali Vinho Madeira 2003 4,8s Miguel Campos vs Bruno Thiry

19 Rali de Amarante Baião 2018 5,0s José Pedro Fontes vs João Barros

20 Rali de Castelo Branco 2018 5,2s Ricardo Teodósio vs José Pedro Fontes

21 Rali Centro de Portugal 2010 5,8s José Pedro Fontes vs Miguel Campos

22 Rali Casinos do Algarve 2004 5,9s Miguel Campos vs Ricardo Teodósio

23 SATA Rali Açores 2014 6,2s Bernardo Sousa vs Kevin Abbring

24 Rali Vinho Madeira 2013 7,3s Giandomenico Basso vs Bruno Magalhães

25 Rali da Figueira da Foz 1986 8,0s Joaquim Santos vs Joaquim Moutinho

26 SATA Rali Açores 1999 8,0s Grégoire de Mévius vs Pedro Chaves

27 Rali de Mortágua 2019 8,9s Ricardo Teodósio vs Armindo Araújo

28 Rali Rota do Sol 1987 9,0s Joaquim Santos vs Manuel Mello Breyner

29 Rali dos Açores 2018 9,3s Ricardo Moura vs Bruno Magalhães Bruno

30 Rali Serras de Fafe 2016 9,6s José Pedro Fontes vs Pedro Meireles

VITÓRIAS CPR

2014

1 Pedro Meireles 4

2 José Pedro Fontes 3

3 João Barros 1

2015

1 Ricardo Moura 4

2 José Pedro Fontes 3

3 Pedro Meireles 1

2016

1 José Pedro Fontes 5

2 Ricardo Moura 1

3 Pedro Meireles 1

3 João Barros 1

2017

1 Pedro Meireles 3

2 Carlos Vieira 3

3 Bruno Magalhães 1

3 José Pedro Fontes 1

3 Barbosa Miguel 1

2018

1 Armindo Araújo 4

2 Ricardo Moura 2

3 José Pedro Fontes 2

4 Ricardo Teodósio 1

2019

1 José Pedro Fontes 2

3 Ricardo Teodósio 2

3 Armindo Araújo 2

3 Bruno Magalhães 2

5 Ricardo Moura 1

VITÓRIAS EM PEC

2014

1 José Pedro Fontes 23

2 Ricardo Moura 15

3 Pedro Meireles 8

4 João Barros 8

5 Rui Madeira 7

7 pilotos venceram PEC

2015

1 José Pedro Fontes 42

2 Ricardo Moura 30

3 João Barros 10

4 Carlos Vieira 6

5 Pedro Meireles 4

7 pilotos venceram PEC

2016

1 José Pedro Fontes 37

2 Ricardo Moura 17

3 Miguel Campos 8

= Pedro Meireles 8

= João Barros 8

9 pilotos venceram PEC

2017

1 Carlos Vieira 31

2 Pedro Meireles 17

3 Ricardo Moura 13

4 Miguel Nunes 11

5 Miguel Barbosa 9

10 pilotos venceram PEC

2018

1 José Pedro Fontes 28

2 Armindo Araújo 21

3 Miguel Barbosa 19

4 Ricardo Moura 13

5 Ricardo Teodósio 12

10 pilotos venceram PEC

2019

1 José Pedro Fontes 24

2 Bruno Magalhães 22

2 Armindo Araújo 22

4 Ricardo Teodósio 19

5 Ricardo Moura 13

8 pilotos venceram PEC

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