Campeonato de Portugal de Ralis: Ponto da situação

Por a 5 Agosto 2021 09:51

O Campeonato de Portugal de Ralis 2021 tem sido marcado por alguns altos e baixos entre os seus principais protagonistas, naquele que tem vindo a ser mais um campeonato bem competitivo. Vamos conhecer, um a um, o que tem sido a prestação de cada uma das equipas

As três primeiras provas mostraram uma bipolarização clara do CPR, com Armindo Araújo e Ricardo Teodósio a destacarem-se da concorrência. O algarvio venceu na prova de abertura, o Rali Terras d’Aboboreira, mas o Campeão de Portugal em título reagiu bem e venceu o Rali de Portugal e também a primeira prova de asfalto do ano, o Rali de Castelo Branco.

Os sete pontos que separam ambos justificam-se pelas duas vitórias face a uma de Teodósio e também pelo facto deste não ter ido além do terceiro lugar no Rali de Portugal.

Terceiro no campeonato, Bruno Magalhães já dista 32 pontos de Armindo Araújo, e está a fazer uma prestação bem diferente de 2020 por esta altura. Há um ano, tinha obtido dois segundos lugares e um triunfo, o que lhe permitia estar virtualmente empatado no comando do CPR. Mas as coisas são bem diferentes este ano e isso justifica-se totalmente pelo carro que guia. Venha o Hyundai i20 N Rally2 e certamente outro galo cantará.

Em Castelo Branco não lhe foi possível, mas José Pedro Fontes tem agora no Rali da Madeira uma boa possibilidade de alterar a senda de resultados que vem fazendo. É quarto no campeonato com dois sextos lugares nas provas de terra e um terceiro no asfalto de Castelo Branco. Bernardo Sousa é quinto, tem feito um bom campeonato, para quem esteve fora tanto tempo e que guia um carro bem atrás da principal concorrência. Miguel Correia, é sexto, fruto do abandono no Rali de Portugal, mas tem andamento para mais. O Rali da Madeira será um excelente exame para atestar a sua competitividade face à concorrência mais direta. Outro piloto que costuma andar bem na Madeira é Pedro Meireles, para já, sexto no campeonato.

Com o campeonato a chegar a meio, este é o momento que ‘sim ou sopas’: Ou se confirma a luta a dois na frente, ou Bruno Magalhães e José Pedro Fontes aproveitam esta prova para encurtar distâncias. Seja como for, vamos recordar como tem sido a prestação individual até aqui e projetar o que aí pode vir.

1º ARMINDO ARAÚJO 76 pontos

Enquanto os adversários vão tendo alguns altos e baixos, Armindo Araújo é o piloto que mais consistente tem sido. Depois de ter tido luta até ao fim pelo campeonato interrompido perto do final, este ano perdeu a primeira prova devido a más escolhas de afinações, mas desde aí tem sido pouco menos que perfeito. Será curioso perceber como vai encarar este Rali Vinho Madeira, sendo certo que o seu primeiro objetivo é sair de lá na posição em que está no campeonato: primeiro.

Isso significa que não pretende correr grandes riscos, mas deverá manter um ritmo que o coloque em condições de aproveitar oportunidades, dependendo do evoluir da prova. Desde o regresso que nunca fez melhor que 3º na Madeira, no CPR, e ter sido o melhor Portugal, seria preciso recuar a 2006. A sua prova mais azarada o ano passado foi precisamente o Rali da Madeira, mas este ano já vai ‘avisado’.

No Rali Terras d’Aboboreira, foi segundo a 8.3s do vencedor, mas entrou para o último troço a 2.2s de Teodósio, terminando o rali em segundo depois de passar Miguel Correia na última especial. O teste pré-prova fez a equipa enveredar por um caminho errado de afinações e num CPR tão equilibrado, isso fez a diferença. Quando tentou remediar, já era tarde.

No Rali de Portugal, esteve igual a si próprio. Como bem sabemos, os tempos que passou no WRC deram-lhe uma experiência inigualável em Portugal em termos do que é gerir mecânica, pneus e andamento em troços extensos, e na prova portuguesa do WRC liderou de fio a pavio apesar da boa réplica de Bernardo Sousa. Teve a prova completamente controlada, e tinha trunfos na manga para usar, se o madeirense o exigisse. Não foi preciso. Tudo estava pensado: Atacou em Mortágua, ‘deu’ 7.9s a Bernardo Sousa e resolveu a questão.

No Rali de Castelo Branco, venceu pela terceira vez consecutiva a prova. Que foi equilibrada, mas que ficou decidida quando José Pedro Fontes fez um pião quando liderava. Armindo estava a 1.3s da frente, ficou com 12.1s de avanço para Teodósio, e não os desperdiçou.

Curiosamente, na zona onde Fontes fez o pião, Armindo também não teve vida fácil. São assim os ralis, a linha que separa a vitória da derrota é por vezes muito ténue.

2º RICARDO TEODÓSIO 69 pontos

Ricardo Teodósio já esteve este ano nos três lugares do pódio. No ano passado não conseguiu lutar até final pelo título, mas arrancou muito bem para este CPR, vencendo com muita garra na Aboboreira, mostrando a todos que quer repetir o feito de 2019. Não venceu qualquer prova em 2020, mas começou em 2021 a triunfar.

Na Aboboreira Ricardo Teodósio bateu Armindo Araújo por 8.3s, regressando aos triunfos o que já não sucedia desde o Rali de Mortágua 2019. O rali foi equilibrado, três equipas entraram para o último troço separadas por 2.2s e aí Teodósio esteve imparável, depois de um rali em que as diferenças nunca foram substanciais. O segredo esteve também no ajuste de notas para o último troço.

No Rali de Portugal, começou cedo a ‘perder’ a prova. Ainda na assistência escolheu pneus duros, esperava um dia quente o que não sucedeu. Por isso lutou sempre com falta de tração mas ainda assim salvou um terceiro lugar. Uma decisão tomada antes de começar a carregar no acelerador condicionou todo o evento. Foi o resultado possível.

No Rali de Castelo Branco, Teodósio foi segundo na frente de Fontes. Tal como Armindo, aproveitou o pião do piloto do Citroën, para se colocar mais à frente. O algarvio ainda fez um forcing final, mas terminou a 6.4s. Antes, concluiu que estava a travar cedo demais, o que descobriu na análise da telemetria. Só com isso perdeu 14.5s. A Madeira nunca foi a sua ‘praia’, é o pior rali para o seu habitual estilo mais fogoso, mas é uma prova muito importante para a luta no campeonato. Será para si, imperioso que fique à frente de Armindo Araújo. Se o consegue, é outra história.

3º BRUNO MAGALHÃES 44 pontos

Bruno Magalhães está este ano, na mesma altura, com três ralis realizados do CPR numa posição bem diferente no campeonato. O ano passado, era segundo, mas ‘em cima’ de Armindo, tendo depois passado para a frente da competição no Alto Tâmega, mas este ano em três provas, duas de terra e uma de asfalto, já dista 32 pontos do líder.

É claramente no carro que guia que está o ponto fraco, pois enquanto a concorrência tem carros com evoluções mais recentes, o seu Hyundai i20 R5 está ‘velho’ e a precisar de reforma. Era suposto ao Team Hyundai Portugal receber o carro para esta prova, mas a Hyundai MotorSport atrasou o desenvolvimento e o carro só vai estrear em Ypres, uma semana depois do Rali da Madeira. Seja porque perspetiva for, seria melhor para Bruno Magalhães ter um carro novo ‘desconhecido’ do que este carro ‘velho’ que já não chega para fazer muito melhor. É sempre possível a Bruno Magalhães vencer na Madeira, à geral duvidamos, mas no CPR, talvez, mas para que isso suceda, é preciso o ‘melhor’ Bruno, e que a concorrência não esteja perfeita, senão será difícil. Contudo, reforço: é possível. Não é por acaso que Bruno Magalhães é o piloto nesta lista de inscritos com mais triunfos à geral no Rali Vinho Madeira.

Na Aboboreira, foi quarto do CPR, e curiosamente o piloto estava satisfeito com o carro, pois o piloto da Hyundai lembrava-se bem do que sofrera nesta mesma prova uns meses antes. Bruno Magalhães falou mesmo no final do rali em salto enorme de competitividade, e isso mostra o quão contente esteve com um carro que lhe permitiu ser apenas quarto.

No Rali de Portugal, não fez um único troço em condições normais e com isso novo quarto lugar. Mostrou algum andamento a espaços, mas

Com alguns pequenos problemas que teve no carro – a barra estabilizadora partiu-se várias vezes – não pode fazer melhor. Quarto lugar foi o resultado possível. Em Castelo Branco, Bruno Magalhães deu tudo o que o carro permitia e foi novamente quarto. Logo a abrir perdeu de imediato 9.3s, no fim do dia já estava 18.7s da frente. Game Over! Se aos adversários as coisas correrem de forma mais ou menos normal, dificilmente pode fazer melhor. Vamos ver na Madeira.

4º JOSÉ PEDRO FONTES 37 pontos

José Pedro Fontes esteve muito perto de vencer o Rali de Castelo Branco. Teve azar, apanhou uma parte húmida que quase surpreendeu também Armindo Araújo, fez um pião e perdeu as hipóteses de vencer. Na terra, já se sabe que não tem andamento para os dois melhores classificados no campeonato, mas no asfalto outro galo canta, até porque é o seu piso de eleição.

Na Madeira, sem a pressão de lutar pelo título do CPR, competição em que já está muito atrasado, poder perfeitamente apostar tudo na luta pelo triunfo na prova à geral, o que já conseguiu em 2016, e por inerência, ser o melhor do CPR. Não será fácil, pois os especialistas locais correm naquelas estradas de olhos fechados, mas Fontes já mostrou que anda bem na Madeira, e se não entrar mal na prova, como por exemplo sucedeu o ano passado, pode ter aí o impulso para se manter na luta. Depois do que fez em Castelo Branco, em nada admiramos que ande muito bem na Madeira, até porque o seu novo Citroën C3 Rally2 está um pouco mais competitivo este ano como se vê pelo WRC3 e WRC2.

Na Aboboreira tiveram uma prova muito abaixo das possibilidades, com um ritmo muito curto para as necessidades. Não teve problemas, foi mesmo falta de andamento. Foi apenas sexto no CPR. No Rali de Portugal, capotou logo no primeiro troço, na Lousã, perderam 3m34.0s e ficaram sem qualquer hipótese de um bom resultado. A partir daí, foi minimizar as perdas. De referir que até ao capotamento, estavam com um bom ritmo. Foi sexto do CPR.

No Rali de Castelo Branco, merecia muito mais do que teve. Terminou em terceiro, mas fez um pião quando liderava, perdendo 19.6s, e a possibilidade de vencer. Travava uma boa luta com Armindo Araújo. Tal como em 2020, um incidente roubou-lhe a possibilidade de lutar pelo triunfo até ao fim.

5º BERNARDO SOUSA 36 pontos

Bernardo Sousa regressou aos ralis este ano, e em boa hora o fez pois é uma clara mais valia para o campeonato. É verdade que não tem armas iguais aos adversários mais fortes, mas o segundo lugar no Rali de Portugal mostra bem que se conseguir diminuir as diferenças técnicas, a sua capacidade de pilotagem permite-lhe, com o devido ritmo, andar ao nível dos principais adversários, mas nas diversas vezes que com ele falámos nas provas já realizadas, fica a sensação que está a dar tudo o que tem e não tem, ficando a frustração de que isso não chega, pois os adversários também são fortes e estão melhor equipados.

Talvez este seja o ano de encurtar margens, readquirir ritmo, e muito sinceramente gostávamos de o ver com uma máquina que lhe permitisse outro taco a taco com os adversários.

Seja como for, na Aboboreira foi quinto do CPR, uma boa prestação para quem já não competia há cerca de dois anos. Teve, logicamente, altos e baixos, dificilmente se lhe poderia pedir mais.

Na segunda prova, o Rali de Portugal, com troços maiores, em que o endurance é bem mais necessário, o madeirense destacou-se pois o tempo que passou no WRC deu-lhe essa experiência. Esteve na luta pela vitória, ainda que Armindo Araújo tivesse mais para dar, se necessitasse.

No Rali de Castelo Branco, o primeiro de asfalto, numa prova que não conhecia, andou quase sempre pelo sétimo lugar até que um problema de caixa de velocidades do Škoda Fabia R5, que ficou encravada em terceira, o atirou para o 20º lugar, terminando depois em 10º do CPR.

No Rali da Madeira, o seu handicap será o mesmo, até porque a última vez que fez a prova foi em 2014 e antes disso em 2012, com o Lotus Exige R-GT. Conhece as estradas, sim, mas não com o carro que guia agora. Não lhe será fácil fazer um bom resultado, sendo curioso o que pode conseguir em ‘casa’.

6º MIGUEL CORREIA 30 pontos

Miguel Correia continua a fazer o seu caminho até ao topo dos ralis em Portugal. Está a lutar quase taco a taco com piloto que têm 10 vezes mais ralis realizados com toda a experiência que isso proporciona. Tem evoluído e continua a evoluir, embora tenha ainda algumas ‘quedas’ pelo percurso, como a que sofreu em Góis, no Rali de Portugal. Nunca é demais lembrar que só em 2019 se mudou para os R5, depois de ter começado nos ralis no fim de 2017. Dois anos depois, de R5, luta por pódios. Em 2020 teve uma evolução superior à que tinha tido em 2019 e este ano mostrou na Aboboreira que pode voltar a subir fortemente de nível, ainda que o acidente no Rali de Portugal o possa ter perturbado um pouco.

No Rali Terras d’Aboboreira Miguel Correia terminou no pódio, chegando à última especial, a 1.7s do líder, no meio de Armindo Araújo e Ricardo Teodósio. Notável. Só que no Rali de Portugal, só fez o troço da Lousã, despistando-se na parte inicial de Góis, perdendo quilómetros importantes para a sua evolução, em troços ‘mundialistas’.

No Rali de Castelo Branco sucedeu-lhe o que habitualmente ‘trama’ os menos experientes: deu um ligeiro toque que lhe retirou confiança, pois pensou que podia ter furado e num rali tão rápido, teve receio. Com o tempo perdido, já não conseguiu andar mais perto da frente, voltando a apanhar um susto no último troço do rali. Contas feitas, terminou em quinto, com uma prova muito apagada para o que já o vimos fazer. Agora na Madeira, uma prova muito específica, dificilmente fará um brilharete, mas deve mostrar evolução, e essencialmente consistência, pois se assim for fará um bom resultado.

7º PAULO NETO 24 pontos

Depois de ter passado por um ‘meio’ ano de adaptação aos Skoda Fabia R5 em 2020, continua a melhorar a pouco e pouco a sua ligação ao carro, e este Rali da Madeira será um bom teste à sua evolução nos RC2, pois foi sexto o ano passado, andou bem no asfalto e as provas que repetir, já poderá subir um pouco o nível. Na terra, este ano, o Rali de Portugal serviu-lhe como um super-teste, mas com uma prova de asfalto pela frente, será curioso perceber o que será capaz. Na Aboboreira, terminou em nono, andou por vezes atrás dos Rally3/R4, mas no Rali de Portugal, terminou a prova do CPR em quinto e depois, fazendo o rali todo, foi o segundo melhor português, acumulando quilómetros que tanto precisa. Em Castelo Branco, fez melhor que o ano passado nos mesmos troços, mas a margem ‘lá para a frente’ continua grande.

8º PEDRO MEIRELES 18 pontos

Pedro Meireles tem uma ligação especial com o Rali da Madeira, sendo essa uma prova em que costuma andar bem. Tem feito nos últimos anos, o quinto lugar em termos de CPR, e no ano em que fez melhor, terceiro, foi campeão. Conhece bem o rali, mas o ritmo com que se anda ‘lá’ na frente já é mais difícil de acompanhar.

Como se sabe, despistou-se nos testes e já não vai participar na prova. Ficou tudo bem com a equipa, e isso é o mais importante.

No Rali Terras d’Aboboreira, foram sétimos do CPR, depois de muitas dificuldades com a tração do VW Polo GTI R5. No Rali de Portugal não participou, devido a problemas físicos, e no Rali de Castelo Branco, terminaram em sexto, uma prova em que não tiveram andamento para andar mais à frente. Um rapport de caixa de velocidades que não foi o indicado, mas a falta de ritmo foi notória.

10º GIL ANTUNES 7 pontos

Gil Antunes está no 10º lugar do campeonato, só disputou duas provas e também não marca presença no Rali da Madeira. Continua a evoluir o projeto do Dacia Sandero R4, e depois de um ‘meio’ ano de aprendizagem, continua a fazer o seu caminho. Os resultados não diferem muito do ano passado, mas em termos particulares mostra mais à vontade com o carro, mas o Dacia Sandero R4 fica muito longe em termos de competitividade dos R5, e a sua melhor bitola é agora o Rally3 de Daniel Nunes com quem fez jogo igual em Castelo Branco. Nenhum deles marca presença na Madeira, vamos ver no Alto Tâmega e até ao fim do ano como se desenrola esta luta particular de conceitos.

11º MANUEL CASTRO 6

Manuel Castro tem como objetivo fazer melhor que em 2020, pois é isso mesmo que tem feito todos os anos, melhor que a temporada anterior. A adaptação ao Skoda Fabia R5 foi boa, permitiu-lhe ser sétimo no campeonato do ano passado, mas para já está longe disso pois as coisas correram-lhe mal em Castelo Branco. A ele e à organização.

Na Aboboreira, Manuel Castro terminou no 8º lugar do CPR. Teve um acidente no shakedown, o Skoda não ficou a 100% e isso condicionou-o na prova. Em Castelo Branco, dum toque logo na PE2 e abandonou. Não regressou porque se desentendeu com a ECB. Para já ainda não há muito a dizer do seu campeonato, mas depois da fraca prestação na Aboboreira, também não esteve bem em Castelo Branco. Melhores dias virão e ainda vai a tempo de recuperar o que perdeu até aqui.

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