António Costa, um ‘pendura’ que surpreendeu em Mortágua

Por a 18 Setembro 2016 12:26

António Costa e Nuno Rodrigues da Silva foram no Rali de Mortágua uma dupla inédita no Nacional de Ralis, competição em que não é habitual juntarem-se dois…’penduras’. O habitual navegador de Ricardo Moura no CNR, já por várias vezes tem passado para a bacquet do lado esquerdo e assumido o papel de piloto, e depois de alguns ralis de competições ‘menores’ nos últimos anos, desta feita, decidiu tentar a sua sorte face aos melhores pilotos das duas rodas motrizes do CNR, e dessa forma perceber o que ‘vale’ face a eles.

E pelo que se viu, as coisas correram bem pois o piloto esteve na luta pela vitória até ao último troço, quando entrou na derradeira especial apenas a 2.5s de Paulo Neto, mas com uma saída de estrada a 1,5 Km do final a acabar-lhe com o rali: “Foi um rali que encarei para aprender, para ver o que podia fazer numa prova com esta extensão. Quis aprender e evoluir. No primeiro dia, à noite, perdi algum tempo, não conseguia ver nada, mas no sábado encarei o dia para fazer cada vez melhor, ver se conseguia ir melhorando o ritmo. O carro também já estava melhor, e por isso já passei a conseguir andar nos tempos dos melhores dos 2WD” começou por dizer António costa, que chegou mesmo a passar pela liderança dos 2WD quando Gil Antunes teve problemas: “Depois geri e baixei demasiado o ritmo, isso faz parte desta minha aprendizagem, desta minha iniciação. Não consigo ainda ser constante na rapidez, e baixei demasiado o ritmo, poupei demais” disse, perdendo aí a liderança. De qualquer forma, devido às condicionantes próprias dos ralis, “à entrada do último troço estávamos a 2,5s do Paulo Neto, estava a tentar, até que aqui a 1,5 km do fim, numa altura em que já sentia o carro completamente sem pneus, numa esquerda, descolámos às quatro rodas e foi inevitável o toque”, revelou.

Acabou-se aí a luta pelo triunfo, mas ficou a certeza que com ralis regulares será possível rodar ao lado dos melhores: “Nunca fiz uma campeonato seguido, faço ralis pontuais, o mais a sério que fiz foi o Rallye Aguiar da Beira Sernancelhe de 2014, que ganhei num Citroën C2 R2, o ano passado fiz o Rali de Amarante, em terra, com este Renault Clio R3, fiquei em terceiro da geral à frente de dois Mitsubishi, e este ano em Aguiar da Beira, fiz novamente terceiro da geral. Agora quis evoluir para o Campeonato Nacional de duas rodas motrizes, aproveitando o facto do Ricardo (Moura) não estar a competir, para medir forças e ver o que conseguia fazer face a estes pilotos do Nacional. Eu penso que se tiver oportunidade, penso que consigo, porque a minha maior dificuldade é a falta de ritmo e por isso gostava de fazer provas duma competição em que pudesse rodar muito. Consigo fazer três curvas bem mas as duas seguintes já não sai da mesma maneira, tudo isto faz parte, o que me faltam são quilómetros, eu vim para este rali apenas com 20 ou 30 km de testes, quase nada, gostava de ter condições, lá mais para a frente para fazer uma ou outra época inserido num campeonato, porque assim é ingrato. Só no fim do rali e que comecei a andar mais depressa e por isso penso que se fizer ralis mais constantes, consigo andar com eles. Vamos ver se isso será possível…” disse António Costa, que, pela exibição, não lhe falta muito para competir ao nível dos melhores dos 2WD.

Quem esteve ao lado de António costa foi Nuno Rodrigues da Silva, que ficou surpreendido com o andamento do seu piloto de ocasião: “O Tó assumiu totalmente o papel de piloto, não teve a mais pequena atitude de navegador, nem olhou para a carta, tipo que giro, nada, totalmente piloto. Surpreendeu-me, chegámos a fazer melhores tempos que o Diogo Gago já quando ele não teve problemas. Estávamos a discutir a vitória, mas este carro é de uma geração anterior, e gasta mais pneus que os turbo da atual geração, tem menos tração e ainda assim ganhámos vários troços. No fim, um pequeno eucalipto tombou-nos o carro e ficámos a 1,5 km do fim. Falta, naturalmente, acertar o ritmo, tem que ter consciência quando forçar, pois altera-se muito o ritmo durante uma prova” disse Nuno Silva.

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1 Comentário
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kankkunenfan
kankkunenfan
7 anos atrás

Já se viesse ao lado direito do Ricardo Moura, realmente passaria mais despercebido. Mesmo nas vitórias os navegadores nunca têm o merecido destaque.

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