Carlos Fernandes venceu Rali das Camélias: “Havia imensa gente, é muito importante ralis perto de Lisboa”

Por a 15 Abril 2024 10:40

Carlos Fernandes e Valter Cardoso, em Mitsubishi Carisma GT Evo V, venceram o Rali das Camélias depois de triunfarem em quatro dos seus troços da prova do Clube de Motorismo de Setúbal. O piloto, que tem quase duas dezenas de títulos, entre geral e à classe, por exemplo as 2RM do CPR em 2021, o Campeonato FPAK de Ralis 2016, a Taça e Portugal de Ralis 2014, entre muitos outros, juntou agora o triunfo no Rali das Camélias ao seu currículo. Todos os anos tem vencido pelo menos uma prova, umas mais importantes que outras, isto num piloto que é uma pena não ter conseguido montar projetos no campeonato principal, pois o andamento que sempre foi demonstrando sempre mostrou que é um dos bons pilotos de ralis portugueses.

As coisas são como são, e ao AutoSport, Carlos Fernandes fez o balanço do Rali das Camélias: “Esta deu muito trabalho”, começou por dizer, explicando que foi mais difícil do que pareceu, até porque o carro é para cuidar o melhor possível, para poder voltar sempre que possível: “No primeiro troço, Lagoa Azul, fui cuidadoso demais na zona da Peninha, não quis arriscar, pois queira chegar ao fim do troço e fui cauteloso, conversador talvez demais. O carro é pesado, na Lagoa Azul há travagens fortes, fui muito controlado. O segundo troço, Mafra, correu bem, um excesso ou outro, pouco ou nada dava para melhorar, mas o terceiro, Tapada Nacional, correu muito bem”, disse Carlos Fernandes, pois foi aí que assumiu a liderança da prova, tendo ficado com 15.0s de avanço para Gil Antunes.

“No quarto, quando o Gil Antunes fura, tem uma parte do troço em que se consegue ver o troço de um lado para o outro, vi-o furado, apanhei-o passei-o, e depois disso desliguei logo o ALS, e mesmo assim já vínhamos a tirar muito tempo à primeira passagem”, explicou o piloto, mostrando bem o esforço e o cuidado que tem de ter, de modo a evitar ao máximo ter problemas no carro. Se já é difícil sem eles, imagine-se quando os azares surgem: “em Sintra disse logo que não ia ligar o ALS, queria mesmo chegar ao fim, andámos longe do máximo, foi mesmo a controlar o andamento, sei o que fiz e o que o carro pode fazer, mas mesmo assim vencemos o troço por 0.3s. No segundo troço, praticamente a mesma coisa e voltámos a vencer, desta feita por 1.6s2, explicou.

Carlos Fernandes tem pela frente “vamos fazendo alguns ralis esporádicos, é pouco, mas é o que é.

Tenho programado fazer o RallySpirit, o Rally Legends Bussaco e gostava ainda de fazer o Rally legends da Madeira”, disse o piloto que destacou o seu troço preferido da prova: “gosto muito do troço de Mafra. Da Lagoa Azul gosto da parte rápida mas quando entra na Peninha já não tanto, é muito estreito, os pilotos falam muito das quatro direitas a fundo na Peninha, na zona final, mas nunca fiz tudo a fundo porque sair ali aquela velocidade…”.

Carlos Fernandes destaca ainda o facto deste rali ser importante pois é um dos poucos que se realizam no distrito de Lisboa, a zona do País com mais adeptos: “é muito importante fazerem um evento destes ao pé de Lisboa onde não há quase nada, exceto o Rali de Lisboa, com a moldura humana que estava na estrada, os troços estavam mesmo com muita gente. Havia zonas mesmo com imensa gente. Acredito que há provas do CPR que não têm tanta gente como esteve neste rali.

Outra coisa que notei é que no Norte há muito a experiência do público ver ralis, mas aqui as pessoas estiveram muitos anos sem ralis e é normal por vezes haver excessos porque as pessoas não sabem como as coisas se processam. Não estão habituadas”, disse Carlos Fernandes, como que explicando a atitude testemunhada por muito do trabalho da GNR que foi, segundo muitos testemunhos muito zelosa, em muito casos zelosa demais, mas a verdade é que ao contrário do que sucedeu em 2023, em que houve um grave acidente, desta feita tudo correu bem melhor: “Acho que o rali foi um sucesso, não teve mais inscritos por causa das mudanças de datas. A prova é ‘porreira’, é uma das que temos cá em baixo no sul e temos que aproveitar…”, concluiu Carlos Fernandes.

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