Bruno Magalhães: “No IRC posso evoluir mais que no SWRC”

Por a 31 Agosto 2011 11:35

Depois da vitória no Rali Vinho Madeira, Bruno Magalhães está agora muito motivado para o que resta do IRC, competição que o piloto acredita ser a aposta acertada, mas o futuro… a Deus pertence! No IRC é muito complicado bater a Skoda, pois esta tem um orçamento infinitamente superior ao dos seus concorrentes, mas a verdade é que isso não impede que as restantes equipas vençam, como já acontecem também com a Peugeot Portugal, uma equipa que não coloca de parte o regresso ao CPR. Bruno Magalhães falou ainda da fase menos boa do IRC, dos objetivos futuros e das expectativas.

Chegou a passar por uma crise de confiança quando as coisas não correram bem no IRC? Rui Reis, Angra do Heroísmo

Não lhe chamaria ‘crise de confiança’. Depois de acidentes muito fortes, quando cheguei às Canárias não tinha a máxima confiança que desejava. Agora, contudo, penso que essa fase está totalmente ultrapassada.

Qual o seu principal objetivo? Ganhar o IRC? Chegar ao WRC? Ou ambos? Brunoribeiro

Ambos. Mas, neste momento, o objetivo é sempre ganhar o campeonato onde estamos presentes e é no IRC que considero que tenha mais possibilidades de aprender evoluir, inclusive, que no SWRC, para além de considerar que é o campeonato mais competitivo do momento.

O que tem faltado para conseguires andar ao nível dos pilotos do topo do IRC? Buck_port

Nas duas últimas provas, faltou apenas sorte pois em ambas estávamos a lutar pelo pódio. Em Ypres, entre 30 S2000 estávamos em quarto quando tivemos o problema do motor e nos Açores estávamos no pódio e desistimos também. Nas outras, tivemos acidentes grandes e a Córsega foi um rali complicadíssimo onde estava ainda a recuperar a confiança.

Quais são as expectativas para a equipa? Chegar ao pódio no final do campeonato é plausível? Rui Palmeira

Neste momento, é muito difícil porque estamos limitados a nível de orçamento e não fazemos o campeonato todo. Se tivéssemos acabado Ypres e os Açores, estávamos com os mesmos pontos que os melhores Peugeot.

Tens algum piloto como referência no mundo dos ralis? Rossi46fan

A referência tem que ser o Sébastien Loeb, embora não seja o meu piloto preferido pois era o Colin McRae que me enchia as medidas. Mas, o Loeb é o melhor piloto de sempre.

O que mais o marcou no Rali Vinho Madeira? Neo

A vitória, claro. Procurava este triunfo desde 2007 e onde nunca tive sorte. É a minha prova favorita e tinha prometido quando, há dois anos, a perdi por dois segundos, a mim mesmo e à equipa, que a ia ganhar um dia! Foi, por isso, um misto de alegria e de alívio, no final duma prova onde fomos muito rápidos, mas sempre sem erros, o que fez da nossa prova perfeita. Foi mesmo a realização de um sonho.

No IRC é difícil bater a Skoda, mas não acha que a falta de resultados de relevo podem levar ao desinvestimento dos patrocinadores? Não seria mais vantajoso um mini-programa no SWRC com provas europeias? Weltmeister

A Skoda está ao nível oficial no IRC e praticamente tem um orçamento ilimitado, ao contrário da Peugeot e isso faz toda a diferença. Por isso uma equipa da dimensão da nossa nunca poderá concorrer com a formação da Skoda. Quanto ao SWRC, acho que não seria mais vantajoso porque preferimos estar num campeonato que tem muito mais visibilidade e onde podemos ganhar provas do que estar num SWRC que funciona sempre como uma segunda divisão dentro das provas do WRC. Os nossos patrocinadores nunca teriam tanta projeção estando no SWRC como temos no IRC devido ao grande acompanhamento televisivo que o Eurosport faz.

Regresso ao CPR não, mas… nunca se sabe!

Após três anos consecutivos a ganhar o Campeonato de Portugal de Ralis, Bruno Magalhães não exclui totalmente a hipótese de regressar a esta competição no futuro. “‘Jamais’ é uma palavra que não digo como aquele ex-ministro!”, afirma o Tricampeão nacional de ralis. “Neste momento, estou totalmente concentrado no IRC, mas um dia quem sabe senão voltarei. Sou um piloto profissional e, portanto, terei sempre que me ‘sujeitar’ ao que as marcas quiserem fazer. Agora que o CPR não está a passar a melhor fase, não está e é indisfarçável a falta das marcas oficiais e dos S2000 porque chamavam mais público, mas, por outro lado, o campeonato também está competitivo porque os carros e os pilotos equivalem-se”, analisa Magalhães. De resto, ‘essa foi a principal razão porque não nos inscrevemos no campeonato porque ao termos uma arma superior seria fácil sermos campeões e não queríamos ganhar uma guerra que não era a nossa, nem tirar competitividade ao campeonato”, clarifica o piloto da Peugeot Sport Portugal.

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