Bernardo Sousa: “Mais importante que decidir o carro é garantir o budget”

Depois de ter regressado ao Mundial de Ralis em 2014, Bernardo Sousa está apostado em repetir a experiência este ano no WRC2, com ambições mais alargadas. Contudo e apesar de ter tudo preparado para entrar em ação a partir do Rali de Portugal, o piloto ainda não tem garantida totalmente a presença no campeonato.

Nas suas palavras, “nesta altura, continuo a aguardar respostas dos patrocinadores e só depois de as ter é que posso traçar uma estratégia para o campeonato pois se tiver o budget logo todo garantido poderei entrar em jogo com outra força. Caso contrário, terei que adequar o andamento à gestão de orçamento que tiver. Em qualquer dos casos, o objetivo passa este ano por tentar chegar ao título do WRC2, mas num ano em que parece que vão existir ainda mais e melhores adversários que em 2014, não será, com certeza, fácil atingir esse objetivo”. 

De momento, o piloto madeirense pretende repetir exatamente o mesmo programa que cumpriu em 2014 – Rali de Portugal, Rali da Sardenha, Rali da Polónia, Rali da Alemanha, Rali de França/Alsácia, Rali da Catalunha e Rali da Grã-Bretanha – pois, na sua ótica, “só assim poderei capitalizar a experiência acumulada o ano passado e tentar obter ainda melhores resultados”.

No entanto, antes do arranque em Portugal, Bernardo Sousa pretende fazer um rali internacional “para ganhar ritmo”, prova que, contudo, ainda não está decidida”. E se a presença de Hugo Magalhães como navegador está já confirmada, o piloto, que terminou o último WRC2 na oitava posição, não sabe ainda em que carro alinhará no campeonato.

Neste momento, “tudo depende do orçamento que conseguir reunir pois a situação mais natural é continue com a AT Rally, mas tudo está também dependente dos planos do dono da equipa que poderá trocar de carro ou manter o Fiesta RRC. É por isso que, neste momento, preocupa-me menos saber em que carro vou correr do que em garantir o orçamento que preciso pois com o budget garantido, o leque de opções também se pode alargar”.

Assim, para além do Ford, também não é impossível que Bernardo Sousa possa recorrer a um Skoda R5, Citroën DS3 R5 ou a um Peugeot 208 T16, mas, de momento, qualquer opção dada como certa não passará de especulativa pois a decisão não está ainda tomada.