Azares no Rali Histórico de Fafe para Rui Madeira

O Fafe Historic Rally 2025, a prova que encerrou o Campeonato Europeu de Ralis Históricos (EHRC), teve um desfecho infeliz para Rui Madeira e Nuno Rodrigues da Silva. A dupla demonstrou uma grande competitividade, mas foi forçada a desistir da corrida quando lutava por um lugar no top 5 da classificação geral, devido a uma avaria no diferencial central do seu Mitsubishi Lancer Evo III.

Mesmo a pilotar um carro de Grupo N, Rui Madeira não se sentiu limitado e manteve-se consistentemente entre os mais rápidos. Conquistou o 5.º lugar no shakedown, antes do início da prova, e arrancou para o rali com um ritmo notável, alcançando o 4.º posto na primeira especial e descendo para o 5.º da geral na seguinte. Manteve essa posição durante grande parte da primeira etapa, mas alguns problemas sentidos na fase final levaram Rui Madeira e Nuno Rodrigues da Silva a terminar a jornada inaugural no 6.º lugar.

No segundo dia, porém, a sorte voltou a abandonar a dupla portuguesa. Rui Madeira lamentou: “Não era o resultado que esperávamos no Historic Rally Fafe. Desta vez, o Lancer pregou-nos uma partida. O diferencial central avariou-se na sétima classificativa, quando seguíamos num ritmo forte para recuperar um lugar no top 5. Infelizmente, e apesar de o carro ter sido totalmente revisto para esta prova, uma única peça fez toda a diferença.”

O piloto reconheceu a frustração com o desfecho, mas fez questão de sublinhar a consistência e a qualidade do desempenho demonstrado ao longo de toda a temporada. “Estamos bastante tristes, pois tínhamos muita vontade de terminar o ano com um bom resultado”, afirmou. “Agora é tempo de fazer um balanço do ano desportivo, que teve momentos altos como o Rali das Camélias, o Rally Costa Brava e o RallySpirit, entre outras provas. No Rali de Lisboa, demonstrámos que, mesmo com poucos quilómetros num Rally2, somos competitivos.”

Apesar do abandono em Fafe, Rui Madeira mantém a motivação e a ambição de continuar a representar Portugal ao mais alto nível nas provas históricas internacionais. “Vamos analisar com os patrocinadores a possibilidade de participar, em 2026, em algumas provas do Europeu de Históricos de Terra, em pisos que nos dão muito mais prazer, e também em três ou quatro Rally Legends internacionais”, revelou.

O Fafe Historic Rally encerra, desta forma, uma época intensa e desafiante, na qual Rui Madeira voltou a evidenciar a sua experiência, ritmo e paixão pelos ralis. Estas qualidades continuam a torná-lo uma referência incontornável no automobilismo português.

É interessante notar que o Campeonato Europeu de Ralis Históricos atrai não só pilotos com vasta experiência, como Rui Madeira, mas também entusiastas que procuram reviver a emoção dos ralis clássicos. A competição em carros de Grupo N, como o Mitsubishi Lancer Evo III mencionado, exige uma pilotagem precisa e um profundo conhecimento da mecânica, uma vez que estes veículos, embora potentes, requerem uma gestão cuidadosa para evitar falhas em provas tão exigentes. A participação em eventos como os Rally Legends internacionais sugere uma crescente valorização da história do automobilismo e a oportunidade de ver em ação máquinas icónicas que marcaram gerações.