Avanços e recuos no calendário do WRC

Por a 14 Julho 2013 16:54

Brasil, China, Rússia, África do Sul, Índia. Há muito se ouve falar da possibilidade dos países ‘emergentes’ poderem entrar no WRC, já que é do interesse dos Construtores que assim seja, mas a verdade é que tendo isso mesmo para ‘oferecer’ esses países não têm tradição no WRC, pouco dizem aos adeptos, e a FIA hesita porque tem que manter um bom equilíbrio entre tradição e novidade.

Jarmo Mahonen, director da FIA já revelou que em 2014 um dos ralis será novo. Desconfia-se que será a Polónia, para aproveitar o ‘efeito’ Robert Kubica, mas na calha vão continuar Brasil, China, Rússia e África do Sul.

O que tem mudado

Um olhar rápido pelos calendários na última década permite concluir que o WRC está claramente bem enraizado em alguns países e noutros, apesar das tentativas, não consegue a desejada estabilidade.

Com uma única exceção – Chipre – o calendário de 2000 e 2001 do WRC englobava as mais tradicionais provas da competição, mas foi a partir daí que tudo começou a mudar aos poucos. A primeira ‘vítima’, o Rali de Portugal, que em 2001 perdeu o seu lugar para a poderosa Alemanha.

Em 2002, foi a vez do mítico Safari dar o lugar à Turquia e em 2004 o WRC foi alargado de 14 para 16 provas entrando as provas do Japão e do México. Tudo se manteve inalterado até 2007, ano em que entraram três novas provas, a Noruega e Irlanda, novidade absoluta no WRC e Portugal, agora no Algarve. Saíram Chipre e Turquia, que pouco acrescentaram ao WRC e Austrália, devido a falta de fundos para levar a cabo a prova.

Numa fase de rotatividade do calendário do WRC, Austrália ficou novamente de fora (preparando-se para mudar de local e ‘gerência’), tal como Noruega, Irlanda e Portugal, estreando-se a Jordânia como novidade e reinserida a Turquia.

O ano de 2009 trouxe-nos uma das maiores modificações ao calendário, que foi reduzido de 15 para 12 provas. A maior baixa foi o Rali de Monte Carlo, que trocou o espartilho do WRC pelo IRC e a possibilidade de traçar um percurso à sua vontade, sem o ‘caderno de encargos’ da FIA. A Suécia foi trocada pela Noruega, a Nova Zelândia pela Austrália, e outra das provas míticas, a Córsega, saiu. Regressou uma prova muita antiga (1973) do WRC, a Polónia, que só se aguentou um ano. O Rali de Portugal voltou finalmente a fixar-se na modalidade, e depois de reentrar em 2009, tem presença assegurada, pelo menos até 2013.

Em 2010 o calendário cresceu novamente uma prova, foi fortemente remisturado, com apenas quatro provas (entre elas Portugal) a manterem o seu lugar sendo a única novidade absoluta a Bulgária, um evento, a exemplo (recente) da Polónia, foi exemplo único. Os franceses regressaram, mas agora na Alsácia, terra de Sébastien Loeb.

Novas grandes alterações para 2011, com a Sardenha/Itália, Argentina, Grécia e Austrália a regressarem por troca com a Turquia, Nova Zelândia, Bulgária e Japão, uma prova dum país de grandes Construtores, mas que nunca conseguiu reunir o interesse dos adeptos locais, mesmo com várias alterações de localização.

Em 2012, Austrália e Jordânia saíram dando o lugar a duas provas com grande história no WRC, Monte Carlo e Nova Zelândia, especialmente a primeira, absolutamente fundamental na competição. No calendário de 2013, só se notou a troca da Nova Zelândia pela Austrália.

É bem possível que a FIA consiga globalizar mais o WRC, levando-o para países nunca dantes visitados, tentando alargar o âmbito do WRC por todo o mundo, mas a verdade é que essa será uma tarefa muito difícil e o melhor exemplo é mesmo o Japão. Países com imensas marcas automóveis, algumas delas com grandes passagens pelo WRC, mas que nunca conseguiu ter uma prova muito assídua na competição, pois os seus adeptos nunca tiveram pelos ralis o mesmo tipo de paixão, que por exemplo têm pela F1. E há mais exemplos…

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