Erik Veiby: O empresário ‘chave’ no WRC

Erik Veiby é um empresário norueguês, que tem vindo a ganhar importância devido aos pilotos que tem em ‘carteira’. Tem sido muito ativo na última década no WRC e logo em duas frentes distintas. Primeiro, devido ao facto de ser agente (Manager) de pilotos, como Andreas Mikkelsen (Noruega), Pontus Tidemand (Suécia) e Esapekka Lappi (Finlândia), além do seu filho Ole Christian Veiby.

Perguntámos a Erik Veiby porque o seu filho não esteve no Rali da Alemanha, um dos ralis obrigatórios do WRC2 e a resposta tem lógica: “Tendo ele a oportunidade de fazer o Campeonato FIA Ásia Pacífico com a Skoda este ano, esse tornou-se o nosso maior objetivo. Está a fazer ralis do WRC2, mas para já apenas para aprender e agora o seu principal objetivo passou a ser o Campeonato Ásia Pacífico. O fim de semana passado ele esteve na Malásia, portanto seria muito apertado vir aqui a este rali, não chegaria em boas condições físicas para começar os reconhecimentos na manhã de terça-feira. Este é um rali muito difícil, é preciso estar a 100% e é por isso que ele não veio. Ele esteve aqui o ano passado com a Citroën e vai regressar em Espanha”, disse Erik Veiby cuja ligação à Skoda está bem mais há ainda muita coisa indefinida:

“Penso que não sou a pessoa certa para fazer essa pergunta, mas tivemos conversas sobre o futuro quer do Pontus (Tidemand) quer do deu filho, mas ainda não sei de nada. Penso que ficaremos a saber algo no próximo mês” disse Veiby, que tem Pontus Tidemand muito perto de ser campeão do WRC2: “Será suficiente para ele terminar em quarto, caso o Suninen não vença. Se o Suninen vencesse então teríamos de fazer algumas contas e ficaria em aberto para a Espanha, pelo menos para Suninen. Mas para o Pontus basta ser quarto para ser campeão, isto se o Suninen não vencer (ndr, algo que neste momento já é certo que irá acontecer, se terminar o rali, Tidemand será campeão)” disse Veiby que considera ser o WRC2 a competição perfeita para ‘alimentar’ o WRC:

“O WRC2 o ano passado foi muito competitivo e mesmo este ano está a ser. Gosto do formato, mas não gosto da regra dos três ralis obrigatórios, penso que deveria ser como no campeonato júnior, onde tens de fazer seis ou sete ralis obrigatórios e assim tens sempre de lutar contra os adversários. Mas penso que o WRC2 com os pilotos que tem agora, ou que já saíram, como o Lappi que venceu no WRC rapidamente, ou mesmo o Suninen que esteve também muito bem no WRC. É um bom campeonato e para além disso não vejo grandes diferenças nos carros da Skoda e da M-Sport”.

Com três grande pilotos em carteira, Veiby não está para já a planear trabalhar com novos pilotos, pois os que tem vão dar-lhe muito que fazer: “Neste momento não tenho nenhum plano. Tenho quatro outros pilotos e um do ralicross o que para já é suficiente. Temos já trabalho suficiente, temos muito que fazer com o Andreas e com o Pontus, temos de lhes arranjar um lugar no WRC”. Veiby tem vivido momento felizes, e quando lhe perguntamos que piloto lhe deu a maior satisfação, não foi o filho: “O melhor momento deste ano foi a vitória do Lappi na Finlândia, foi muito emocionante. Fiquei muito feliz com a vitória do meu filho na Polónia (no WRC2), mas a vitória do Lappi foi totalmente fora do que estávamos à espera para já” concluiu.

Martin Holmes