Golpe de azar liquida ambições lusas

Por a 24 Setembro 2007 15:19

Depois das excelentes mangas de qualificação o azar bateu à porta da equipa portuguesa depois de uma aparatosa queda, sofrida por Joaquim Rodrigues Jr.,que colocou o piloto fora da competição e liquidou as ambições portuguesas no Motocross das Nações. Apesar de Rui Gonçalves e Paulo Gonçalves terem correspondido às expectativas, com menos um piloto esfumaram-se as hipóteses de Portugal obter uma classificação relevante.

O acidente aconteceu logo no início da segunda corrida da tarde, que reuniu os pilotos das classes MX2 e Open. Joaquim Rodrigues (Open) arrancou muito bem, aparecendo na primeira curva em quarto, mas após a negociação da primeira curva do circuito “embrulhou-se” com o americano Tim Ferry após um toque de Tommy Searle. O piloto perdeu momentaneamente os sentidos, sendo prontamente assistido pela equipa médica. Passado o susto inicial, os médicos verificaram que “Quim” Rodrigues ficou bastante dorido mas sem lesões graves. Por precaução, os médicos recomendaram que não participasse na restante corrida.

Em consequência, Portugal passou a contar apenas com dois pilotos. Um rude golpe, pois para a classificação colectiva são considerados os cinco melhores resultados individuais, sobre um total de seis, mas as equipas que perdem pilotos são posicionadas atrás das restantes.

Na conjuntura descrita, a selecção lusitana ficou sem hipóteses de conquistar um resultado significativo – entre os cinco primeiros lugares era francamente possível – acabando a prova numa inexpressiva 19.º posição, entre vinte finalistas.

Na pista de Budds Creek, nos Estados Unidos, a primeira corrida juntou os pilotos das classes MX1 e MX2. Nesta prova, Rui Gonçalves (MX2) começou por situar-se no 20.º posto depois de um pouco habitual mau arranque, mas foi evoluindo até conseguir fixar-se no 15.º lugar, o que aconteceu na décima primeira, das dezasseis voltas à pista. Rui Gonçalves esteve um pouco mais apagado do que é habitual pelo facto de ter estado adoentado na noite anterior. Quanto a Paulo Gonçalves (MX1), na primeira metade da corrida oscilou entre os 17.º e 20.º lugares, e na segunda metade rodou sistematicamente em 16.º, até ser superado por dois adversários na derradeira volta, acabando por obter o 18.º posto. Gonçalves rodou grande parte desta corrida sem óculos depois de ter partido o sistema de limpeza “roll off”, o que dificultou ainda mais a sua tarefa para tentar subir mais lugares na tabela classificativa.

Os concorrentes das classes MX2 e Open entraram em acção na segunda corrida. Após o prematuro abandono de Joaquim Rodrigues Jr., Rui Gonçalves ficou sozinho na defesa das cores lusitanas. Mais uma vez, o piloto de Vidago teve um arranque pouco profícuo, pois iniciou a acção apenas no 29.º lugar. Depois, esteve lançado ao ataque para ascender na tabela, culminando a vigorosa recuperação com a conquista do 13.º lugar. Foi sem dúvida a melhor prestação da equipa portuguesa e após ter sido dobrado pelo americano Ryan Villopoto, Gonçalves aumentou de ritmo conseguindo rolar muito perto do piloto da Kawasaki/Monster Pro Circuit que foi, sem sombra de dúvida, o piloto do dia depois de ter ganho as duas mangas que participou à frente de motos bem mais potentes.

A terceira e última corrida agrupou os pilotos das classes MX1 e Open. Único representante português, Paulo Gonçalves rodou inicialmente no 17.º posto, depois desceu alguns lugares, mas uma queda ditou um atraso superior tendo retirado grande parte da energia do piloto de Esposende que foi ultrapassado pelos pilotos da equipa do Canadá com os quais manteve um interessante “ diálogo” ao longo da corrida, acabando por terminar a acção no 22.º posto.

Na classificação final individual por classes, Rui Gonçalves foi o 6.º colocado em MX2, e Paulo Gonçalves o 13.º na MX1. Em termos globais, Portugal teve uma participação digna, e sem o azar sofrido teria certamente alcançado a sua melhor classificação de sempre no Motocross das Nações.

No plano colectivo, a selecção dos Estados Unidos conquistou uma retumbante vitória, com apreciável vantagem sobre as equipas da França e Bélgica, que também subiram ao podium.

Classificação: 1.º Estados Unidos, 8 pontos; 2.º França, 34; 3.º Bélgica, 35; 4.º Itália, 57; 5.º Grã-Bretanha, 63; 6.º Espanha, 68; 7.º Japão, 77; 8.º Suiça, 84; … 19.º Portugal, 68 (menos um piloto); etc.

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