Recordar

Por a 23 Agosto 2011 17:53

Começam a surgir, com demasiada persistência, rumores sobre a possibilidade de Michael Schumacher não vir a cumprir integralmente o contrato que o liga à Mercedes, admitindo-se que colocará um ponto final na sua carreira já no final desta temporada. Por norma, não há fumo sem fogo e, apesar dos desmentidos com caráter mais ou menos oficial, não restam dúvidas que, quase dois anos após o regresso do hepta Campeão à F1, os resultados estão longe de corresponder aos anseios da equipa alemã, dos muitos seguidores em todo o mundo e, até mesmo, do próprio. Schumacher foi justamente considerado o melhor piloto do mundo ao longo de diversas épocas, tem um palmarés verdadeiramente invejável e que dificilmente será ultrapassado. É um profundo conhecedor de tudo o que passa na competição automóvel e, no entanto, não voltou a conseguir traduzir em resultados as suas valências.

Na primeira temporada com a Mercedes ainda se admitiu que o problema estivesse no carro e nos pneus da Bridgestone, ao que se juntava o efeito penalizante de três anos de afastamento e muitos admitiam que, com um novo carro mais adaptado ao seu estilo de condução, a ‘eterna’ frente muito presa e a secção traseira solta, em conjunto com os Pirelli as coisas iriam mudar para melhor. Lamentavelmente, assim não aconteceu e Michael Schumacher apenas no GP do Canadá deu um ar da sua graça, já que perdeu quase sempre no confronto direto com Rosberg e cometeu muitos erros de palmatória.

Algo falhou na análise e ponderação que certamente fez quando a Mercedes o convidou para regressar à F1 e, hoje em dia, encontra-se numa situação desagradável. Como não é expectável que Schumacher possa melhorar de forma evidente o seu desempenho até ao final do ano e a próxima temporada continua plena de incógnitas, talvez fosse mesmo adequado ponderar a possibilidade de deixar definitivamente a competição ao mais alto nível.

Preferia muito mais recordar os sete títulos conquistados por um grande piloto a olhar para uma qualificação e perceber que está em palpos de aranha para passar ao Q3, constatar que é batido sistematicamente por Rosberg, ou vê-lo durante uma corrida a perder posições, ou a tentar compensar com agressividade aquilo que anteriormente sabia fazer em habilidade. Pessoalmente, não é este o Michael Schumacher que quero ver na Fórmula 1, nem o que quero recordar.   

Rui Freire

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