Quentes e frios

Por a 6 Julho 2011 15:17

Muitos clamaram contra esta norma regulamentar da FIA invocando que não se mudam as regras a meio do jogo, dando como exemplo os duplos difusores apresentados pela Brawn em 2009 e o “F-duct system” da McLaren em 2010, mas a entidade federativa sustentou a medida argumentando que o sistema colidia com os atuais objetivos que persegue, no que diz respeito aos elevados recursos alocados ao desenvolvimento desta tecnologia, à fiabilidade dos motores e ao aumento do consumo de combustível.

Sabe-se que a utilização do fluxo de ar quente nos difusores, leia-se gases de escape, principalmente quando os pilotos levantam o pé do acelerador obriga a uma cartografia específica dos motores e a dispositivos especiais que provocam um aumento estimado do consumo em mais de duas casas decimais e colocam sérios problemas de fiabilidade que, para serem resolvidos de forma satisfatória, conduzem a elevados investimentos.

Desta forma, a proibição de utilização de difusores que utilizam ar quente tem sustentação, mas ninguém consegue esconder que cai como mel na sopa, caso a equipa que tem dominado o Mundial de 2011 possa vir a perder competitividade.

Para além de um projeto bem concebido e executado, o facto da Renault ter sido pioneira nesta tecnologia colocou a Red Bull numa posição privilegiada ao conseguir obter índices de carga aerodinâmica que não estavam ao alcance dos seus diretos concorrentes. Veja-se, por exemplo, que nos treinos qualificativos o domínio dos Red Bull sempre foi bem mais evidente do que durante a corrida e esta situação explica-se pelo facto de em treinos não existirem restrições quanto à utilização do DRS.

Claro está que, em teoria, a Red Bull poderá perder, a partir de Silverstone, preciosos décimos de segundo (seguramente mais do que as outras equipas), mas a capacidade técnica e tecnológica dos engenheiros da equipa pode estar à altura de contrabalançar este problema. Só no próximo fim de semana veremos se a ‘montanha pariu um rato’, ou se o avassalador domínio dos Red Bull tem os dias contados.  

Rui Freire

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