Pedro Matos Chaves: “Falta estratégia à FPAK neste tempo de crise”

Por a 16 Agosto 2011 11:54

Sempre atentos, os leitores do AutoSport ‘bombardearam’ Chaves com questões relativas à sua passagem pela F1, Indy Lights e Ralis, desafiaram-no a regressar ao TT ou ao Campeonato de Portugal de Ralis e como não podia deixar de ser, questionaram-no relativamente à postura e responsabilidade da FPAK no atual estado do desporto automóvel em Portugal.

Qual o melhor ‘mundo’ onde conduziu:  F1, Indy Lights, Ralis… karts com os miúdos?  Jójó, fórum AutoSport

O sítio de que mais gostei foram os Estados Unidos. Pistas citadinas de verdadeira condução (Vancouver, Toronto, Long Beach), sem chicanes, rápidas, num meio profissional com atenção ao detalhe mas de ambiente descontraído, onde as pessoas lidam com a pressão de forma diferente da F1. Identifiquei-me com aquela cultura.

 Não seria interessante regressar à competição, por exemplo ao nacional de TT, onde já teve uma participação interessante com o Toyota RAV4?  Moke, fórum AutoSport

Confesso que esse seria o meio onde gostava de abrir uma porta de regresso. Achei muito divertido fazer tantos quilómetros de improviso, em terra, onde eu sempre gostei de guiar. Acho que os ralis de TT com um bom carro, como o RAV4, seriam a modalidade que me poderia atrair.

Nunca ponderou regressar aos ralis como piloto e oferecer aos adeptos aquele espetáculo a que nos habituou no tempo do Corolla WRC? Rali_lanheses, fórum AutoSport

Gostava imenso mas as coisas estão de tal forma que era necessário fazer o ‘filme’ andar para trás. Quando for possível repetir campeonatos como os que tive com o Adruzilo Lopes, Rui Madeira e Fernando Peres, em WRCs, com ralis decididos ao segundo no último troço… chamem-me.

Como vê a ação e postura da direção da FPAK nestes últimos anos e como a compara com os exemplos estrangeiros de que tem conhecimento?  Alexandre Search, Fafe

Posso dar o exemplo de Espanha onde corri em 1996 e 2002 e, mais recentemente, com o meu filho que correu lá no karting. Em Portugal, a Federação está virada de costas para os praticantes, preocupa-se apenas com os organizadores e segue o seu caminho. Isso tem os resultados que todos vemos. Em Espanha, os responsáveis ouvem organizações, participantes, marcas, tratam toda a gente como se fossem clientes, pessoas que é necessário ouvir e apoiar. É uma postura completamente diferente. E bastava mudar isso em Portugal.

Quando estava a recolher opiniões ou apoios para uma eventual candidatura, o que o fez decidir não avançar?  Alexandre Search, Fafe

Isso nunca passou de pedidos por parte de amigos, jornalistas e praticantes que me incentivaram a avançar para uma candidatura. Na altura, na minha cabeça, não tive vontade de dar esse passo por clara falta de tempo. Estava a tomar conta da empresa de transportes do meu pai e não tinha a disponibilidade que acho necessária para gerir uma federação de forma responsável. Apenas isso.

No atual estado medíocre do desporto automóvel em Portugal, qual a responsabilidade da FPAK e qual a responsabilidade da conjuntura económica?  Rui Reis, Angra do Heroísmo

Eu diria que 75 por cento é da FPAK e 25 por cento da economia. A Federação nunca foi proativa e deixou-se apanhar numa maré negativa que se antevia há muito. Quando tentaram reagir foi tarde. Deixaram disparar os custos, deixaram que se alugassem GPS obsoletos aos participantes a um preço enorme, os preços elevados das licenças, a falta de prémios, a adoção de regulamentos internacionais desajustados à realidade interna, a falta de atrativos para as marcas nos troféus, deixaram morrer o karting durante um ano por estarem de costas voltadas para a modalidade. Enfim, neste clima de crise económica, incontornável, nota-se uma gritante falta de estratégia.

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