Mohammed Ben Sulayem reeleito presidente da FIA

Por a 12 Dezembro 2025 14:47

Segundo mandato de quatro anos à frente da federação…

Mohammed Ben Sulayem, candidato único, foi reeleito presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), após a aprovação da sua lista presidencial pela Assembleia Geral realizada em Tashkent, no Uzbequistão.

O dirigente inicia assim o seu segundo mandato de quatro anos, depois de ter assumido a liderança da organização em 2021.​

Reversão financeira e reformas de governança

Nos últimos quatro anos, a FIA passou por um processo alargado de transformação institucional, com melhorias na governação, na operação e na saúde financeira. A entidade reverteu um prejuízo de 24 milhões de euros em 2021 para um resultado operacional positivo de 4,7 milhões de euros em 2024, o melhor registo em quase uma década, e prevê para 2025 um resultado operativo de 4,4 milhões de euros. Esta estabilidade tem permitido aumentar o investimento de longo prazo nos clubes membros e em programas estratégicos à escala global.​

Expansão da atividade desportiva e de mobilidade

Sob a liderança de Ben Sulayem, a FIA criou uma função comercial dedicada e reforçou a sua identidade institucional global tanto no desporto motorizado como na mobilidade, intensificando a atividade regional, o apoio à base da modalidade e o envolvimento com parceiros internacionais em áreas como segurança rodoviária, mobilidade sustentável e futuro do transporte.​

Muitas polémicas em quatro anos

No primeiro mandato, não faltaram polémicas com a presidência de Mohammed Ben Sulayem. Na FIA desde 2021, teve uma relação tensa com a Fórmula 1, questões de governação interna e declarações públicas muito controversas.​

Nem a própria eleição foi isenta de polémica, já que a forma como o processo se realiza, vai estar sob escrutínio do tribunal, que no início de 2026 irá deliberar sobre o assunto.

Conflitos com a Fórmula 1

Ben Sulayem entrou várias vezes em rota de colisão com a F1 e as equipas, nomeadamente quando travou a expansão imediata do número de corridas sprint em 2023, apesar do acordo unânime entre promotores e equipas, o que foi interpretado como pressão para aumentar as taxas pagas à FIA. Houve ainda fricção pública sobre o comentário a um eventual valor de venda da F1 e sobre o processo de entrada da Andretti Cadillac, em que a FIA mostrou abertura enquanto a FOM e várias equipas se mostraram contra, expondo divisões institucionais.​

Governação, investigações internas e denúncias

O mandato foi marcado por várias saídas de quadros sénior da FIA e por críticas a reformas estatutárias vistas por alguns como forma de reforçar o controlo do presidente e dificultar eventuais desafios à sua liderança. Em 2024, o compliance officer da FIA recebeu denúncias de alegada interferência de Ben Sulayem na certificação do circuito de Las Vegas e nos resultados do GP da Arábia Saudita 2023, mas o comité de ética da FIA acabaria por arquivar o caso por falta de provas, apesar de o episódio ter alimentado dúvidas públicas sobre independência e transparência.​

Comentários sexistas e liberdade de expressão dos pilotos

Foram ainda resgatadas declarações antigas atribuídas a Ben Sulayem num site pessoal, consideradas sexistas, levando a FIA a emitir um comunicado a dizer que essas frases “não refletem as suas atuais crenças”. Em paralelo, a revisão do Código Desportivo Internacional restringindo manifestações políticas e sociais por parte dos pilotos foi criticada por grupos de direitos humanos e por figuras como Lewis Hamilton, que viram na medida uma tentativa de limitar a liberdade de expressão no paddock.​

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