FOTOGALERIA: A história da Martini Racing

Por a 30 Junho 2012 18:58

Endurance

Foi em 1968 que a Comissão Desportiva Internacional da FIA permitiu a entrada de patrocinadores externos para o desporto automóvel. A Martini & Rossi foi das primeiras a explorar esta nova possibilidade de divulgar a sua marca, e os primeiros logótipos da Martini aparecerem logo nesse ano, com um pequeno apoio a algumas das equipas Porsche, uma maneira de pôr os dedos na água.

Então, em 1969, a Martini entrou a sério, apoiando oficialmente os dois Porsche 907 da German BG Racing Team, para no ano seguinte criar o nome Martini Racing, inscrevendo dois 908 e conquistando várias vitórias à classe no Campeonato do Mundo de Endurance, vencendo também Coupe du Salon, uma prova extra-campeonato na pista de Montlhéry, nos arredores de Paris. Em 1971, a Martini Racing mudou para os mais velozes Porsche 917 e não tardou muito a conquistar a sua primeira grande vitória à geral, nas 12 Horas de Sebring, seguindo-se alguns meses depois a consagração nas 24 Horas de Le Mans e o título de Marcas no Campeonato do Mundo.

Satisfeita com a sua ligação à marca alemã, as faixas azuis, pretas e encarnadas da Martini Racing Team continuaram a adornar os carros da Porsche por muitos anos, acumulando cada vez mais triunfos. Primeiro foi a vez do 911 RSR e do RSR Turbo, em 1973 e 1974 seguindo-se as várias encarnações do 935 (um carro que explorava todos os buracos nos regulamentos para ser mais competitivo que a concorrência) e o protótipo 936, que venceu Le Mans em 1976 e 1977.

Tudo eventualmente tem um fim, e em 1981 a Martini Racing virou os olhos para mais perto de casa, passando a patrocinar os Lancia Beta Montecarlo. Depois de vários triunfos entre os melhores GT até 2 litros, a primeira vitória à geral foi nas 6 Horas de Watkins Glen. No ano seguinte, a Lancia construiu um novo protótipo, o LC1, com o qual a Martini Racing venceu três provas do Mundial de Marcas. Infelizmente, o seu sucessor LC2 não teve sucesso e a Martini abandonou as provas de endurance no final de 1986. O seu derradeiro triunfo foi nos 1000 km de Spa de 1985.

Fórmula 1

Nos anos em que a Porsche baixou dos protótipos para os GT para se reinventar como uma força a ser temida nas corridas de endurance, a Martini resolveu experimentar pela primeira vez o gosto da Fórmula 1. A primeira equipa a usar o famoso cinturão colorido da Martini Racing foi a Tecno, uma estrutura italiana dirigida pelos irmãos Gianfranco e Luciano Pederzani, que tinha no seu palmarés a vitória no Campeonato Europeu de Fórmula 2, em 1970. A Martini patrocinou a Tecno na F1 em 1972 e 1973, mas sem grandes resultados, devido a problemas internos da equipa.

A Martini regressou em 1975 como patrocinadora da Brabham, equipa que na altura era dirigida por Bernie Ecclestone. A ligação da Martini Racing a uma estrutura técnica mais experiente e competitiva deu resultado, com o argentino Carlos Reutemann e o brasileiro Carlos Pace a levarem o Brabham BT44B a uma vitória cada um e ao segundo lugar na classificação de Construtores. No ano seguinte, o novo BT45 recebeu um motor Alfa Romeo e a Martini Racing acabou por perder competitividade, deixando a Brabham no final de 1977. Em 1979, regressou com a equipa campeã Lotus, mas novamente sem grandes resultados.

Insatisfeita com a F1, a Martini regressou em 2006, para uma parceria com a Ferrari. Embora sem estatuto de patrocinador principal, a Martini Racing regressou às vitórias, conquistando o vice-campeonato nesse ano com Michael Schumacher e o título de campeão no ano seguinte com Kimi Raikkonen. Em 2008, festejou o seu 40º aniversário de envolvimento no desporto automóvel, com o segundo lugar de Felipe Massa.

Ralis

A primeira presença da Martini nos ralis ocorreu num evento pontual. Aproveitando a ligação histórica à Porsche, a Martini Racing patrocinou a participação de dois 911 SC no Rali Safari. Vic Preston Jr. foi segundo e Björn Waldegaard quarto, mas o projecto não teve continuação para além desta prova.

Foi em 1981 que a Martini Racing passou a apostar a sério nos ralis, com a sua ligação à Lancia. A primeira grande vitória foi no Giro d’Italia, uma prova mista de ralis e circuito para GT e carros de turismo, onde a Lancia ocupou os dois primeiros lugares com o Beta Montecarlo. No ano seguinte, o 037 Rally, um derivado do Beta Montecarlo, foi desenvolvido para Grupo B e estreou-se no Campeonato do Mundo, no Rali da Córsega. A primeira vitória ocorreu no ano seguinte, com Walter Rohrl a vencer o Rali de Monte Carlo, um triunfo que abriu caminho para ganhar o título de Marcas.

A chegada dos carros de quatro rodas motrizes levou à criação do Delta S4, mas foi com a passagem para Grupo A e as várias encarnações do Lancia Delta Integrale que a Martini Racing conheceu mais sucessos, vencendo quatro títulos de pilotos com Juha Kankkunen e Miki Biasion e sagrando-se campeã de marcas por seis anos consecutivos, entre 1987 e 1992, após o qual o afastamento da Lancia do Mundial de Ralis levou ao fim da aliança.

Depois de se concentrar alguns anos no Campeonato Italiano, onde foi três vezes campeã, a Martini regressou ao Mundial de Ralis em 1999, ligada à Ford. Colin McRae ganhou duas provas no ano de estreia, e a presença do piloto escocês, de Carlos Sainz e de François Delecour permitiu à Martini Racing Ford vencer várias provas até ao final da parceria em 2002, com McRae a sagrar-se vice-campeão em 2001 e a Ford a sagrar-se vice-campeã entre 2000 e 2002.

Turismos

Embora tenha estado geralmente afastada das corridas de turismo nas décadas de 70 e 80, a Martini aproveitou a sua ligação ao Grupo Fiat (através da Lancia), para patrocinar o Alfa Romeo 155 GTA no Campeonato Italiano de Turismo. Nicola Larini sagrou-se campeão depois da marca italiana dominar facilmente a competição.

Entretanto, a equipa oficial da Alfa Romeo mudou-se para o DTM, e quando esta competição alemã se internacionalizou em 1995, a Martini Racing passou a patrocinar os carros de Nicola Larini e Alessandro Nannini, com o melhor resultado da parceria a ser o terceiro lugar de Nannini no campeonato em 1996, após sete vitórias (com mais duas de Larini).

Em resumo, esta é claramente uma ligação que os adeptos relembram com saudade e por isso, aqui ficam algumas das mais emblemáticas imagens dessa longa de frutuosa ligação.

Caro leitor, esta é uma mensagem importante.
Já não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Oferta de um carro telecomandado da Shell Motorsport Collection (promoção de lançamento)
-Desconto nos combustíveis Shell
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI

últimas MAIS MOTORES
últimas Autosport
maismotores
últimas Automais
maismotores
Ativar notificações? Sim Não, obrigado