A visão dos Associados institucionais da FPAK

Por a 12 Junho 2013 15:14

Depois do AutoSport ter dado voz aos clubes, agora foi a vez dos associados institucionais dizerem de sua justiça relativamente ao desempenho da FPAK e da sua situação financeira

No momento em que se decide os destinos da federação, e consequentemente do desporto automóvel nacional, o que vos preocupa no que diz respeito à atual situação financeira da FPAK e à sua política desportiva?

Pedro Calado (Associação Madeirense de Automobilismo e Karting)

“É opinião da AMAK que todo o processo de clarificação das contas da FPAK deva ser muito claro e rápido. Está em jogo a Utilidade Pública e Desportiva da Federação, que representa todos os seus associados, representa todo o País, atletas, dirigentes e agentes desportivos envolvidos, que com certeza não se revêm nesta forma de ser e estar da Federação. O que se passou até aqui foi muito grave e puseram em causa muito esforço de todos aqueles que lutam pela dignificação do automobilismo em Portugal, inclusivamente dos seus patrocinadores. É urgente ‘limpar’ e ‘arrumar a casa’ de raiz, sob pena de voltarmos a ter mais do mesmo ou até mesmo pôr em causa a credibilidade internacional. Toda a política desportiva está dependente do sucesso desta ação, que, como já referi, deve ser rápida, transparente e eficaz. O processo eleitoral com vista a uma renovação global tem de ser muito rápido e objetivo, tendo em conta o superior interesse do automobilismo nacional.”

José Monteiro (Associação Nacional de Praticantes de Automobilismo e Karting)

Quanto à política desportiva seguida ultimamente, consideramos que a FPAK pouco contribuiu para o desenvolvimento do nosso desporto automóvel, porque não promoveu junto do público e marcas o aparecimento de novos troféus/classes, mesmo se essas pudessem ser low-cost. Sendo a ANPAK uma associação de praticantes, o que pretende é que o maior número de pessoas possa estar ligado a este desporto. Se olharmos para outros países, como Inglaterra, temos corridas de praticamente tudo o que tem rodas e motor. Porque não podemos nós também ter, e principalmente, ser apoiado pela federação?

No que respeita ao estado das contas da FPAK, a ANPAK foi, juntamente com outros associados, uma voz ativa contra as contas de 2012, que só foram aprovadas em segunda assembleia e praticamente à ‘força’, por isso espanta-nos e de certo modo é quase insultuoso o comunicado que a FPAK emitiu sobre a última auditoria. A nova direção terá de mudar muita coisa para podermos ter uma federação que apoie e desenvolva o desporto de que todos gostamos.

Luís Ramalho (Associação Portuguesa de Pilotos de Automóvel)

A resposta pode parecer completamente despropositada mas, o que é um facto é que nos preocupa pouco, quer uma coisa quer outra. E preocupa pouco por várias razões.

Quanto à situação financeira, qualquer ‘criatura’ que estivesse um pouco mais atenta à Federação perceberia que esta era uma situação expectável, e era-o desde há vários anos, como a APPA variadíssimas vezes foi dizendo e que agora, estranhamente, parece apanhar muita gente de ‘surpresa’: uma federação que pagava €825 000 de vencimentos (mais encargos sociais) por ano a 17 funcionários…; uma federação que gastava €70 000 de comunicações por ano – embora tivesse uma relação privilegiada com a Vodafone…; uma federação que recebia taxas de calendário independentemente do número de concorrentes que o clube conseguisse angariar e, por isso, era completamente indiferente à questão da promoção e divulgação das provas…; uma federação que não sabia quanto custava um pneu ou quanto custava um litro de gasolina especial… Entre muitas outras coisas só podia redundar nisto. Então porque não me preocupa? Porque qualquer grupo de pessoas que decida assumir a direção da Federação e que ponha cobro a estas questões, num prazo relativamente curto – dois a três anos – consegue sanear financeiramente a FPAK.

No tocante à situação desportiva, é exactamente igual: uma federação que decidia com base na opinião de um homem só; uma federação que não regulamentava, apenas traduzia regulamentos – e graças a Deus, porque quando regulamentava fazia asneira!!; uma federação que tinha comissões que apontavam numa direção, mas cujas recomendações eram sistematicamente contrariadas; uma federação que, durante anos, atribuiu provas em função de votos; uma federação que permitia que comissários desportivos de provas fossem, depois, membros do tribunal de apelação; uma federação que decidia e julgava em causa própria e que ameaçava os seus licenciados com retirada da licença desportiva se ousassem sequer ponderar a hipótese de recorrer aos tribunais civis; uma federação que aniquilou clubes retirando-lhes provas apenas porque não eram daquela ‘cor’… Entre muitas outras coisas, só podia redundar nisto. Da mesma forma, qualquer grupo de pessoas que decida assumir a direção da Federação e que ponha cobro a estas questões, num prazo relativamente curto – dois anos – consegue resolver todas as questões desportivas. Basta ouvir quem está no terreno, decidir depois de ponderar, sem ‘rabos de palha’, nem favores para pagar.

Pode parecer demasiado simplista, reconhecemos, mas se as decisões forem tomadas tendo como base valores de bom senso, honestidade, empenho e trabalho com relativa facilidade conseguiremos atingir este desiderato. Por isso, e por acreditar que ambas as listas conhecidas tomarão decisões em função de pressupostos como estes, não nos preocupa excessivamente o futuro da FPAK nem do automobilismo. Assim (n)os deixem trabalhar…. e haja bom senso!

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