Rotax Max Challenge arranca este fim de semana em Braga

Disputa-se este fim de semana no Kartódromo Internacional de Braga, a prova inaugural do Rotax Max Challenge de Karting, uma competição que tem vindo a crescer de interesse, ao ponto deste ano ter visto o seu calendário crescer.

Este será o primeiro round de uma competição que o ano passado teve como vencedores Eduardo Leitão (categoria DD2), Miguel Moura (DD2 Master), Bruno Borlido (Max), Mariano Pires (Júnior), Gonçalo Coutinho (Mini-Max) e Adrian Malheiro (Micro-Max). Seis categorias que este ano deverão ser ainda mais concorridas, ainda que, como é habitual, a lista de inscritos definitiva só seja conhecida muito em cima do evento.

No entanto, espera-se que os protagonistas da competição sejam – se não na totalidade, em grande parte – os que mais se destacaram em 2014. Para além dos vencedores, destaque ainda para David Correia, José Sousa e David Simões, na categoria Micro Max, pilotos que ficaram separados por apenas 18 pontos na disputa pela segunda posição em 2014.

Já na Mini Max, apesar de Gonçalo Coutinho, praticamente não ter dado hipóteses à concorrência, Rodrigo Correia ainda deu boa réplica ao terminar em segundo, vencendo três corridas.

A categoria Júnior teve em Miguel Vieira e Pedro Silva, dois pilotos em bom plano, terminando em segundo e terceiro lugar respetivamente, enquanto na Max, Pedro Pinto e Miguel Matos ficaram a 12 e 13 pontos do vencedor, Bruno Borlido, o que diz bem da sua valia. Cenário semelhante teve a categoria DD2, com o segundo classificado, Pedro Paixão a ficar apenas a 10 pontos do vencedor, Eduardo Leitão, e com seis de vantagem sobre Ricardo Leitão.

Já na DD2 Masters, Pedro Loures foi o principal opositor de Miguel Moura, ficando seis pontos do primeiro lugar na categoria. Como é habitual, em algumas categorias existe mais competitividade que outras, mas para se ter uma melhor ideia de como tudo se vai processar esta época, o melhor é mesmo aguardar pela primeira prova…

Calendário alargado

Numa temporada que tem início já no próximo fim de semana, em Braga, a principal novidade passa pelo alargamento do calendário de quatro para cinco provas. A par de dois eventos em Braga e um em Baltar e Viana do Castelo, a nova ronda ainda não tem pista definida. Ao AutoSport, Arnaldo Frias, membro da Comissão Organizadora do Troféu Rotax, explicou que “passámos para cinco provas porque começámos a ver um grande número de pilotos a manifestarem interesse nesse sentido”.

Arnaldo Frias lembra também que “quando reduzimos o calendário para quatro eventos, foi numa época de grande contenção em termos económicos no nosso país, e pensámos que quatro provas seria um bom número, mas houve diversos pilotos a manifestarem o desejo de voltar a ter, pelo menos, mais uma prova. E nós acedemos”.

O novo Rotax 125 Max Evo

Mas as novidades não se ficam por aqui, dado que a “Rotax lançou no final de 2014 o motor 125 Max evo, uma evolução do anterior. Muitos se queixavam um pouco do anterior modelo que, apesar de ser muito fiável e performante, não se podia ir de pé a fundo à saída das curvas porque o motor ‘afogava’, e isso era uma crítica generalizada”, explicando que nesta nova versão, “que é um modelo melhorado, a Rotax mudou o carburador e colocou uma nova caixa eletrónica, o equivalente ao CDI nos carros, que comanda a parte da bobina e da ignição”.

Esta alteração traduz-se numa “subida ligeira da potência, entre 1 a 2 cv e claro, o que redunda numa melhoria do tempo por volta, tornando o kart também mais rápido na saída das curvas, e por isso mais fácil de pilotar”.

O representante da competição lembra também que a “filosofia da Rotax é manter sempre os mesmos motores para que os clientes, de ano para ano, não tenham que investir e ser obrigados a mudar de motor, por isso, todas as evoluções que fazemos são de forma sustentada, e que possam ser aplicadas no motor anterior sem ter que se comprar um novo”.

Porém, este novo modelo não será utilizado em todas as categorias. “Em Portugal, por uma questão de redução de custos, só aplicamos e permitimos esta evolução na categoria Júnior, Max e DD2, porque são categorias internacionais, e por isso, não queríamos limitar a experiência dos pilotos nacionais que eventualmente possam querer fazer uma prova no estrangeiro.

Assim estão em igualdade de circunstâncias, correndo aqui ou num evento internacional. As categorias Micro Max e Mini Max vão manter os motores antigos. A única coisa que alterámos foi o carburador que vem dar uma melhoria significativa, quer na resposta do motor, quer na facilidade com que cada mecânico pode afinar o seu motor”, finalizou.