Williams não deverá usar o KERS em 2009

Depois de ter passado metade da época a desenvolver um sistema inovador de recuperação de energia, Frank Williams referiu que a equipa não deverá utilizar o KERS na Fórmula 1, embora admita que o seu desenvolvimento poderá ser bastante útil para os carros de estrada.

“A tecnologia foi muito útil e tem aplicações comerciais muito interessantes. Tem uma vida própria nesse campo”, referiu Frank Williams à agência Reuters.

No entanto, a sua introdução na Fórmula 1 voltou a levantar muitas dúvidas, sendo que até a BMW Sauber, acérrima defensora do KERS nos últimos anos, já admite que foi um erro insistir na sua adopção.

“Se eu soubesse naquela altura o que sei hoje, teria projectado o carro sem o KERS”, afirmou Willy Rampf, director técnico da equipa, ao site Spox.com. Rampf admite que o sistema obrigou a muitas concessões no desenho do carro, que se provaram prejudiciais para a sua performance em pista.

“A melhor abordagem teria sido projectar um carro sem compromissos, como por exemplo o Red Bull”, acrescentou.

Com o acordo unânime das equipas de abandonarem o KERS em 2010, o sistema acabou por se revelar como um ‘flop’ para a Fórmula 1, com Ferrari, McLaren-Mercedes, Renault e BMW Sauber a serem as únicas equipas a usarem-no, pelo menos uma vez, em corrida, sendo que actualmente apenas a equipa italiana e a de Woking se mantêm fieis ao KERS.