Nelson Piquet: “O resto da temporada não está seguro”

Já em Hungaroring, na Hungria, onde o Mundial de F1 prossegue este fim-de-semana, Piquet disse que “o resto da temporada não está 100 por cento seguro”.

“É por isso que eu vou fazer o meu trabalho e o meu pai vai fazer o dele. Houve um pouco de confusão na última corrida, eu sabia que existia uma grande possibilidade de estar aqui [na Hungria] – trataram-se apenas de conflitos e contratos, e de um conflito de egos entre algumas pessoas. Mas tudo acabou bem”, explicou o jovem piloto brasileiro, admitindo que a dúvida quanto à sua presença na Hungria foi real.

Para Piquet, o problema da instabilidade na performance dos pilotos está na própria modalidade, na qual “os contratos não significam muito, e já vimos vários casos de pilotos e equipas a romperem contratos e fica tudo assim. Por isso a única coisa que eu posso fazer é pilotar e dar o meu melhor, deixando o meu pai fazer o seu trabalho e ver o que ele pode fazer”.

“Tento sempre dar o meu melhor, e agora que tenho uma oportunidade melhor, agora que tenho o mesmo carro [que Fernando Alonso] e parece que o carro é muito rápido. Assim, é uma possibilidade melhor de mostrar algo de positivo”, acrescentou, admitindo ainda que a incerteza quanto ao seu futuro tornou-se um tema pertinente na sua carreira.

“Tenho lidado com este tipo de situações desde o ano passado. Não é nada de novo para mim. Ao nível a que estamos no automobilismo precisamos de saber lidar com isso. Estamos ao mais alto nível do automobilismo e os pilotos precisam de saber como lidar com pressões e esse tipo de coisas. Diria que a pressão que o Lewis [Hamilton] enfrentou no final da sua primeira temporada de F1, ao lutar pelo título, deve ter sido ainda mais duro do que aquela que estou a sofrer agora”, referiu Piquet.