Forza Rossa quase certa em 2015
A Forza Rossa deverá ser mesmo a 12ª equipa no Campeonato do Mundo de F1 do próximo ano, depois do estado romeno ter dado uma garantia soberana avultada – mais de 50 milhões de euros, segundo fontes próximas do projeto – que permitirá, no seu devido tempo, que a equipa romena pague a caução de 20 milhões de dólares – cerca de 15 milhões de euros – que a FIA exige para lhe dar a inscrição.
Dentro do que é o procedimento normal nestas situações, os responsáveis da Forza Rossa estão, agora, a negociar com a banca essa garantia soberana, para ser transformada em dinheiro vivo e poderem avançar definitivamente com o seu plano de acção, que deverá incluir a compra de motores Ferrari, pois a Forza Rossa é a importadora dos carros italianos para o seu país.
Em Budapeste, Colin Kolles deu-nos conta do seu otimismo acerca do projecto a que está ligado, explicando que, “os procedimentos que estão a ser feitos pelos proprietários da equipa deverão demorar um máximo de duas semanas e depois de ser entregue a caução à FIA, eles poderão, então fazer o anuncio da sua participação no Mundial de 2015.”
Mas o novo homem-forte da Caterham, fez questão de explicar que, “a Forza Rossa não é a minha equipa, não tenho qualquer cargo na sua estrutura, ao contrário do que tem sido escrito. Eles têm a sua própria estrutura e contrataram-me para fazer a mesma coisa que fazia na HRT. Eu tenho a minha própria estrutura técnica, aqui na Alemanha, tenho a capacidade de projetar e construir monolugares – como estou a fazer com o LMP1, como fiz com a moto Lotus e como fiz com a HRT – e tenho uma estrutura humana, de engenheiros e de mecânicos, que lhes servirá para testar e competir. No fundo, eles são os donos da equipa, tratam de toda a parte comercial e contratam-me para utilizar a minha estrutura humana, técnica e desportiva. Mas a equipa não é minha”, fez questão de precisar.
Sem incompatibilidades
Sabendo-se da ligação de Kolles a este projeto de origem romena, não falta quem estranhe vê-lo a trabalhar na Caterham, pois mesmo se não usa uniforme da equipa de Leafield, não fala em nome da equipa e recusa entrevistas, é evidente que é ele quem toma as principais decisões e que tanto Christijan Albers e Manfredi Ravetto se limitam, no geral, a seguir os seus conselhos e indicações.
Mas Kolles explica esta situação de forma bastante clara: “Uma coisa não impede a outra: continuamos a trabalhar no projecto do carro para a Forza Rossa, mas fui contratado, a nível individual, para aconselhar os novos responsáveis da Caterham, a pedido dos seus novos proprietários. Estou aqui porque gosto de desafios, porque me convidaram e porque me pagam, mas é evidente que só ficarei até ao final da temporada. Mal o projecto da Forza Rossa seja uma realidade, vou trabalhar com eles, pois aí o meu envolvimento será muito maior, muito mais significativo.”
Luis Vasconcelos
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