F1,Marchionne sobre Brawn: “Parece Moisés a dizer-nos os mandamentos”

Por a 21 Dezembro 2017 16:48

Está instalada a polémica na Fórmula 1 graças às regras de motor para 2021. A Ferrari é a equipa que mais tem protestado sobre isso, ameaçando, já por várias vezes, sair da competição e, inclusive, criar uma competição alternativa.

Sergio Marchionne, presidente da Ferrari, disse que falou recentemente com Chase Carey e que a conversa teria corrido bem, mas depois voltou a atacar Ross Brawn.

“Ele atua como senhor da razão. Ele chega e diz como serão os motores e os chassis. Parece Moisés a dizer-nos os mandamentos. Mas se for falar com o chefe do Moisés, ele diz-me que é apenas o Moisés a dizer a sua opinião. Vamos esperar e ver, não quero que isto seja discutido pela imprensa”, disse Marchionne.

O presidente da Scuderia falou depois do custo dos motores. “Quando ouvi Ross Brawn dizer que os motores são muito complicados perguntei ‘o que ele quer por 15 milhões?’. A Liberty Media está certa quando diz que temos de melhorar o espetáculo. Acho que ninguém ficou excitado com o que se viu na última corrida, foram 50 voltas de nada, mas a culpa não é dos motores. Se isto tudo avançar, não teremos nenhuma outra alternativa que não sair”.

A Ferrari tem um aliado de peso nesta luta, a Mercedes. Toto Wolff também atacou Brawn e disse para este parar de provocar a Ferrari.

“Neste momento existe o melhor motor de sempre nesta categoria, é o mais poderoso e eficiente. Estes novos regulamentos deveriam ser para ainda otimizar mais estas soluções. Desenvolver um novo motor que nada tem a ver com estes, que de certa forma é arcaico, está muito longe do que queremos. Não estou preocupado com o que Marchionne disse. Todos nós sabemos que a F1 é a Ferrari e que a Ferrari é a F1. Mas se eu fosse a Liberty Media não os provocava”.

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ernie
ernie
6 anos atrás

Marchionne e Wolfe têm razão neste aspecto dos motores não poderem retroceder em termos de tecnologia. Eu até iria mais longe, e até liberalizava o número de cilindros até 8, e também a arquitectura. Quanto aos chassis, liberalizava um pouco aerodinâmica na parte central e dianteira do carro, de forma a permitir mais efeito de solo, limitava na traseira a inclinação da asa, tornava obrigatório que todas as derivas verticais da asa e do difusor, fossem absolutamente verticais e paralelas ao eixo longitudinal do carro, de forma a reduzir turbulências e acabava com o DRS, tudo para favorecer as ultrapassagens… Ler mais »

nuz18t
nuz18t
Reply to  ernie
6 anos atrás

Caro Ernie, se a sua visao no que diz respeito á aerodinamica estiver certa e a ser assim tao simples eu só tenho que concordar consigo! Quanto ao resto tenho que discordar, o DRS deixa-va ficar mas de uso livre, ao critério do piloto. 8 cilindros implica motores novos, daí esta guerra e ameacas, e compreendo os fabricantes, depois dos milhoes que estes gastaram. A tecnologia é exelente, e o maior investimento já está feito, na minha opiniao deviam só limar umas arestas, tipo: mais motores e componentes por epoca, mais gasolina, só estas duas mudancas faziam uma grande diferenca.… Ler mais »

ernie
ernie
Reply to  nuz18t
6 anos atrás

A minha sugestão para a aerodinâmica, tem apenas a ver com redução de turbulência na traseira do carros, e até diminuição do arrasto sem diminuir o downforce, daí o reduzir a inclinação ou incidência da asa e os planos verticais da mesma e do extractor passarem a ser isso mesmo (planos). Diminuir o arrasto e torna menos necessário o DRS (se todos o puderem usar quando e sempre que quiserem, isso então torna-o desnecessário e perigoso). Como a redução na asa e a simplificação do extractor diminuem a downforce na traseira, é necessário compensar, e isso pode ser feito permitindo… Ler mais »

nuz18t
nuz18t
Reply to  ernie
6 anos atrás

Eu deixava o drs livre porque é pura performance, nao pesa, nem usa mais combutivel/energia, pelo contrário…Cps

ernie
ernie
Reply to  nuz18t
6 anos atrás

Respeito a sua opinião, mas lembro que o objectivo do DRS, é facilitar artificialmente (falseando o espectáculo) as ultrapassagens em aceleração, ora se for usado indiscriminadamente, deixa de ter essa função, já que o piloto que vai perder posição também o poderá usar para se defender, pelo que deixa de ser útil. Eu sou absolutamente contra o DRS, mesmo com a função que tem, que é a de facilitar artificialmente ultrapassagens, em que o piloto que vai ser ultrapassado, fica literalmente à mercê do que vai ultrapassar, sem qualquer hipótese de se defender, e ainda por cima normalmente nem se… Ler mais »

nuz18t
nuz18t
Reply to  ernie
6 anos atrás

O objectvo do drs é facelitar as ultrapassagens da maneira que esta a ser usado, se fosse livre já nao ia ser artificial, só ia fazer o carros mais rapidos e é isso que os pilotos e adeptos gostam, performance. O efeito solo tambem é perigoso quando falha, assim como o F-duct pois tem que tirar uma mao do volante, as baterias tambem, lembra se do mecanico da bmw, os abastecimentos tambem sao perigosos, acha que a pirelli devia fazer um pneu para durar a corrida toda, para nao haver o perigo de uma roda saír depois do pit-stop… a… Ler mais »

dumberdog
dumberdog
Reply to  ernie
6 anos atrás

Concordo com o que diz nomeadamente no que respeita a uma maior simplificação das formas das asas dos F1 e ao afastamento do DRS, que não traz nada de novo a não ser ultrapassagens em que o único pressuposto é o carro que vai atrás ter que estar a menos de 1 segundo do carro à sua frente e depois é só apertar o botão mágico abrir a asa e já está.
No entanto penso que os V10 e os V8 atmosféricos ainda tinham muito a evoluir!

ernie
ernie
Reply to  dumberdog
6 anos atrás

Atenção, eu não falei em V10 atmosféricos, eu falei em ATÉ 8 cilindros e manter o resto, isto iria permitir maior liberdade no conceito dos motores, que poderiam ser 4,6 ou 8 cilindros em qualquer configuração, em linha, em V ou até Boxer (pode parecer estranho, mas há uns anos a Subaru mostrou interesse em fazer um motor para F1), para além da F1 ser uma modalidade em que a liberdade de conceito deve ser enorme em nome do desenvolvimento e evolução, isto permitiria aos construtores escolherem uma configuração até quem sabe, se mais adequada à promoção dos seus produtos,… Ler mais »

anotheruser
Reply to  ernie
6 anos atrás

Não liberalizava o número de cilindros, mas aumentaria o número de ICE a usar para um número mais razoável. Não acredito que ter mais dois cilindros traga muito mais potencia que optimização dos atuais V6 e do componente híbrido, além de que irá trazer mais peso e maior consumo, mais calor, maiores necessidades de refrigeração, side-pods maiores. Abolir o DRS: de acordo. A principal alteração que tem mesmo de ser feita é nos regulamentos aerodinâmicos do eixo dianteiro para a frente: a asa dianteira perde função na criação de down-force quando se aproxima da traseira dos outros carros, logo torna-se… Ler mais »

ernie
ernie
Reply to  anotheruser
6 anos atrás

Pelos vistos temos ideias bastante diversas,diria mesmo opostas e isso é saudável. No entanto, a meu ver, não se pode retirar a carga no eixo dianteiro e manter na traseira,sem desequilibrar completamente o conjunto, nomeadamente criando um subviragem catastrófica. O problema sentido pelos pilotos na aproximação ao carro da frente, deve-se não à complexidade da sua asa dianteira, mas sim à complexidade da traseira do carro da frente, principalmente no extractor e planos verticais da asa. Liberalizar a altura ao solo,vai fazer com que se ponham os carro a arrastar pelo chão para criar mais efeito de solo, o que… Ler mais »

anotheruser
Reply to  ernie
6 anos atrás

Acho que há uma convergência óbvia de opiniões: – a fórmula actual assenta demasiado numa aerodinâmica demasiado complexa que tem a asa dianteira como ponto central e que falha quando não encontra ar limpo pela frente. O Ernie vai à procura corrigir as causas de seu não funcionamento. Eu prefiro não perder esse tempo e simplificar aquilo que é um sorvedoiro de dinheiro das equipas e que levará a que pequenas equipas nunca consigam lutar com as grandes. Até porque eu acredito na solução do tecto financeiro. Em relação à distância do carro ao solo: as dimensões dos patins de… Ler mais »

ernie
ernie
Reply to  anotheruser
6 anos atrás

O tecto financeiro é uma utopia, sempre há-de haver equipas ricas e equipas pobres. Como em tudo na vida há ricos e pobres. Sempre vão existir equipas que vencem, e equipas que perdem. As que vencem sempre terão maior investimento por parte dos patrocinadores, se impuserem um tecto orçamental, o que se faz ao dinheiro que sobra? Pagam-se impostos, ou reinveste-se? É que não estou a ver a FIA conseguir dar uma de Robin dos Bosques, e tirar aos ricos para dar aos pobres… Quanto muito, e enquanto lá estiver o manhoso do Todt, vai cobrar impostos e comissões para… Ler mais »

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