Regressa a velha história do GP do Bahrein de F1…

Por a 6 Abril 2017 18:27

Mais um ano, mais uma oportunidade para se fazerem ouvir os protestos dos ativistas dos direitos humanos, que voltaram a pressionar a organização da Fórmula 1 para cancelar o Grande Prémio do Bahrein, corrida que se realiza uma semana depois do GP da China, acusando os governantes do país de utilizarem a corrida para branquear abusos e melhorar a imagem que passa para o exterior.

O maior evento desportivo do Bahrein tem uma audiência mundial de milhões de espetadores e é realizada desde 2004, com exceção do ano de 2011, aquando de uma onda de violência, que forçou mesmo o seu cancelamento: “Uma ação visível é agora exigida à F1, consistente com o seu compromisso com os direitos humanos. Pedimos que que suspendam a corrida deste ano, devido à situação alarmante do país”, disseram os grupos numa carta ao presidente da Fórmula 1, Chase Carey, e aos dois diretores, Sean Bratches e Ross Brawn.

A carta, também endereçada ao chefe executivo da Heineken, patrocinadora da F1, foi enviada pelo Gulf Centre for Human Rights, pelo Bahrein Institute for Rights and Democracy, pelo Article 19 e pelo Americans for Democracy and Human Rights in Bahrein. Os ativistas reconheceram, depois de uma entrevista, que não esperam que o pedido seja atendido.

O Bahrein, ex-território britânico e principal posto da Marinha dos EUA na região do Golfo, intensificou a repressão contra a oposição, proibindo o partido al-Wefaq e prendendo vários ativistas proeminentes. A Fórmula 1, criticada por realizar corridas em países acusados de abusos contra a oposição, publicou um compromisso, em 2015, de respeitar “os direitos humanos internacionalmente reconhecidos, nas suas intervenções a nível global”.

A F1 é agora propriedade da Liberty Media, que assumiu a modalidade em janeiro e substituiu assim Bernie Ecclestone. Ecclestone, de 86 anos, disse à Reuters que estará no Bahrein para a corrida, a primeira a que assiste desde que abandonou a direção.

A carta dos ativistas afirmava que a F1 “se tornaria cúmplice” das violações dos direitos humanos, caso a corrida não seja cancelada. Zainab al-Khawaja, ativista residente na Dinamarca, depois de ser preso e libertado várias vezes no Bahrein, disse aos repórteres que a corrida levantou a questão: “O mundo preocupa-se com o que está a acontecer no Bahrein?”

A F1 é uma mensagem enviada para o povo do Bahrein, dizendo que o mundo não se importa. O governo usa este evento para calar e dar uma imagem diferente do que está a acontecer no país. Enquanto as pessoas sofrem todos os dias, eles querem que os estrangeiros vejam esta corrida, ao invés de todas as imagens de pessoas que são torturadas e mortas”, afirmou. Ninguém da F1 Management esteve disponível para comentar.

Rodrigo Fernandes

 

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Kimi Iceman
Kimi Iceman
7 anos atrás

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